Em entrevista exclusiva para o Minha Operadora, diretor de mercado da empresa defende que a conectividade é determinante para o desenvolvimento do país.
Nos últimos anos, os pequenos provedores (ISP’s) têm conquistado o protagonismo na expansão da banda larga no Brasil, oferecendo internet fixa onde os grandes players não chegam.
De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações, dos atuais 34,2 milhões de acessos na internet fixa no país, 11,9 milhões já são providos por empresas locais. No estado de Minas Gerais, por exemplo, as empresas de pequeno porte somadas já contabilizam mais acessos do que as operadoras de grande porte.
Geralmente, as grandes empresas iniciam suas redes pelos centros maiores, enquanto as pequenas apostam nas extremidades para depois chegar aos centros. É o caso da operadora regional Unifique, sediada em Timbó/SC, que tem ampliado a sua base de usuários no sul catarinense.
Somente no período de um ano, a operadora saltou de 87,4 mil acessos de banda larga fixa em julho de 2019 para 237,5 mil acessos em julho deste ano, um crescimento de 172%.
Na última Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida, realizada e divulgada pela Anatel, a Unifique também aparece no topo do ranking no serviço de banda larga, ficando a frente, até mesmo, de grandes operadoras nacionais.
Em entrevista exclusiva para o Minha Operadora, Jair Francisco, diretor de mercado da Unifique, afirma que muito mais do que velocidade, a empresa também tem investido em estabilidade, suporte e atendimento ao usuário como um todo.
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“Nosso compromisso é trabalhar incessantemente para facilitar a vida das pessoas. Toda nossa equipe é comprometida a resolver os problemas do cliente com velocidade e eficácia”, afirma Jair.
O executivo é um dos que apoiam a ideia de utilizar os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para expandir as redes de banda larga em regiões remotas.
Além disso, ele cobra um papel maior dos governos na implantação dessa infraestrutura, e ressalta que a expansão de redes é um fator determinante para o desenvolvimento do país.
Enquanto o cenário não muda, o diretor de mercado da Unifique diz que a empresa está atenta às mudanças no setor e no comportamento dos clientes para multiplicar os seus acessos e oferecer seus serviços a cada vez mais brasileiros.
“Crescemos junto com nossos clientes”, completa.
Confira abaixo a entrevista exclusiva com Jair Francisco, diretor de mercado da Unifique.
A Unifique foi eleita a melhor banda larga fixa do Brasil, segundo Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida da Anatel no período de 2019. Na sua opinião, qual o motivo desse bom índice?
A Unifique tem um posicionamento de mercado que consiste na entrega do serviço com alto desempenho. Isso não é apenas velocidade, como também na estabilidade, no suporte, no tempo de resolução e no atendimento como um todo. Posicionar-se desta forma requer um esforço muito grande em termos de provisionamento de recursos, atualização tecnológica e principalmente, na qualificação profissional.
É muito comum usuários reclamarem de que o serviço de banda larga por fibra está disponível em sua cidade, mas não em seu bairro. Hoje, qual é o custo para estabelecer a última milha, até a casa do cliente?
Desafios como esse fazem parte do nosso dia a dia.
Cada residência ou endereço possui um score de viabilidade econômica, isto é, um custo para atendimento e uma compensação financeira sobre o investimento.
Por isso há movimentos contrários entre as grandes operadoras e os pequenos ISP’s. As grandes iniciam suas redes pelos centros maiores, enquanto os ISP’s partem das extremidades para chegarem mais tarde aos grandes centros. Quanto maior a densidade demográfica ou concentração de domicílios, maior a velocidade de retorno dos investimentos. No caso das grandes cidades, o investimento também é proporcionalmente maior.
Áreas mais remotas deveriam ser subsidiadas pelo Fust, que é um imposto recolhido para esta finalidade, mas que desconhecemos sua aplicação.
O custo para atendimento considerando o Score, pode variar entre 200 até mais de 400 dólares.
Na sua opinião, o que os governos federal, estadual e municipal podem fazer para melhorar a oferta de banda larga fixa no país?
Estamos diante de uma grande necessidade de investimentos em infraestrutura no setor de Telecom, o que é fator determinante de desenvolvimento para o Brasil. As empresas sabem disso e estão tentando sobreviver num cenário tributário nada fácil, pois se não investirem poderão sucumbir. De outro lado, os governos estão mais interessados em arrecadar impostos do que exercer algum papel neste processo. Por exemplo, aqui em Santa Catarina, a concessionária de energia precisa de 180 dias para avaliar um projeto de implantação de rede.
Grandes empresas, como a SpaceX, Amazon e OneWeb, pretendem implantar vastas constelações de satélite para prover conectividade para todo o planeta. Ao mesmo tempo, vemos uma crescente popularização de smartphones e a emergência do 5G, prometendo velocidades de até 20 Gbps. Diante desse cenário futuro, por que não esperar simplesmente que essas novas redes conectem todos os dispositivos em vez de continuar a investir na expansão da infraestrutura de fibra óptica?
Os investimentos em redes de conectividade, quer sejam em fibra óptica, 5G ou satélite, vem ocorrendo devido à necessidade absoluta de conexão de todos os seres humanos.
Essas tecnologias precisam se viabilizar economicamente, o que faz da fibra óptica uma opção muito competitiva, por enquanto. Não acredito em substituição de tecnologia e sim na sua complementariedade, dada a necessidade das redes de fibra para a interconexão das redes 5G.
Quais as principais tendências para o mercado de banda larga fixa que você vê nos próximos anos?
Estamos vivendo uma corrida no fornecimento de infraestrutura de telecomunicação, mas o desafio é bem maior que isso. Vai se dar bem quem conseguir entregar mais serviços num mesmo custo de conexão. É como se estivéssemos falando do setor de transportes, sem considerar a carga. Acredito também que haverá uma reorganização do setor, segmentando a parte da infraestrutura de comunicação da prestação dos serviços.
A Unifique e a MHNET Telecom acabam de lançar uma operação móvel, por meio da MVNO “Fique Móvel”. Como foi essa aproximação entre as duas empresas “rivais” e por que essa parceria é considerada estratégica?
Quando se está competindo, cada detalhe significa muito, até mesmo dividir custos com outro player.
Temos várias vantagens em promover este serviço juntos, como atender nossa necessidade de oferta de serviço móvel de maneira mais rápida e com custos menores, promover em conjunto uma marca neutra, aumentando sua visibilidade e por fim, acolher outros ISP’s que possam usufruir das mesmas vantagens.
Existe alguma negociação para estender essa parceria entre a Unifique e a MHNET Telecom para outros serviços além do móvel?
Sim, existem outras sinergias sendo aproveitadas ou em fase de estudo.
Você gostaria de deixar uma mensagem para usuários da região sul que estão considerando contratar o serviço de banda larga da Unifique?
Nosso compromisso é trabalhar incessantemente para facilitar a vida das pessoas. Toda nossa equipe é comprometida a resolver os problemas do cliente com velocidade e eficácia.
Cultivamos valores em nossa cultura interna como: comprometimento com as pessoas, relacionamento transparente e honesto, crescimento coerente e eficaz e conhecimento aplicado e compartilhado. Crescemos junto com nossos clientes.
Biografia
Jair Francisco é formado em Ciências Econômicas e tem Pós-Graduação em Qualidade e Produtividade. É empresário da área de tecnologia e atua desde 2017 na Unifique, como Diretor de Mercado, gerindo as áreas de marketing, vendas e estratégia de mercado na empresa.