Entenda a complexidade que envolve o Hulu e a inclusão de conteúdos adultos no catálogo do Disney+.
Apesar de ser um dos maiores serviços de VOD dos Estados Unidos, o Hulu parou no tempo. A plataforma, que já chegou a ser maior que a Netflix no país, não concretizou sua expansão internacional até hoje.
Sua criação envolveu uma união entre os estúdios para concorrer com a “pioneira do streaming” e levar conteúdo para a internet.
Mas, com o tempo, a estratégia deixou de fazer sentido, pois contribuía para a “morte” dos negócios de TV por assinatura, que também faziam parte da estratégia das empresas controladoras.
Agora, o Hulu caiu nas mãos da Disney, que se tornou dona do serviço após comprar a FOX. No entanto, a Comcast ainda possui participação acionária de um terço no streaming.
O conflito mora exatamente nesse contexto. Uma expansão internacional para o Hulu estava planejada para começar em janeiro de 2020, mas a pandemia atrapalhou o curso dos negócios.
A Disney começou a ter prejuízos nos cinemas e com seus parques temáticos, mas entendeu uma outra lógica.
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A companhia fez um acordo para comprar as ações do Hulu da Comcast e ter o controle total até 2024. O valor mínimo estabelecido foi de US$ 5,8 bilhões. Entretanto, se a plataforma crescer internacionalmente, o preço aumenta.
Isso significa que quanto mais a Disney aprimorar o Hulu, mais ela terá que pagar pelas ações que não estão em sua posse.
Portanto, é provável que a plataforma esteja em um verdadeiro escanteio, ou melhor, limbo. A alternativa da Disney deve ser adicionar suas produções adultas no Disney+.
Entre elas estão séries como Grey’s Anatomy, American Crime Story, American Horror Story e diversas outras de propriedade da marca.
Mas, os planos da empresa quanto a isso ainda parecem confusos. Pois uma expansão da marca Star, para abrigar todo esse conteúdo adulto, também é cogitada.
Com informações de Bloomberg