A GVT foi autorizada pelo Procon a voltar a comercializar pacotes e serviços em Londrina. A empresa foi impedida de seguir com o negócio na última sexta-feira (8), quando o Núcleo Municipal de Defesa do Consumidor publicou decisão administrativa cautelar, com a reclamação de 41 clientes da GVT relacionadas ao mesmo problema. Os consumidores relataram que acertaram a compra de pacotes (de internet, TV a cabo ou telefonia) por um preço específico, mas receberam faturas com valores bem maiores, com acréscimo de até 50%.
A situação dos clientes foi discutida entre Procon e GVT no início da tarde de hoje (11). Participaram da reunião o coordenador do órgão em Londrina, Rodrigo Brum Silva e o vice-presidente nacional da empresa, Roland Hasson, além de diretores e advogado da companhia citada. Durante o encontro, os representantes da GVT conseguiram comprovar, com a apresentação de ofícios e meios eletrônicos, que conseguiram resolver o problema de 39 dos 41 clientes. “A operadora montou uma força-tarefa, envolveu mais de 100 pessoas no trabalho, e conseguiu solucionar quase todo o impasse”, destacou o coordenador do Procon.
Na decisão publicada após a audiência, o Procon deu cinco dias para que a GVT resolva os problemas dos dois consumidores restantes. “Eles têm este prazo para encontrar os clientes e discutir a situação. Caso isso não ocorra, a comercialização dos pacotes volta a ser suspensa na cidade”, garantiu Brum.
Os representantes da companhia admitiu o registro dos problemas durante o encontro. “Eles alegaram que a empresa registrou um crescimento significativo no final do ano passado e não conseguiu controlar a qualidade do atendimento oferecido.”
O órgão municipal também estabeleceu o prazo de 30 dias para que a companhia dê encaminhamento legal às 189 reclamações registradas em todo o ano passado e nos dois primeiros meses deste ano. “A GVT vai ter até o dia 10 de abril para solucionar tudo isso”, disse.
A empresa também aceitou firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Procon para regularizar toda a situação. O acordo, conforme legislação municipal, obriga a a empresa a pagar uma pena pecuniária ao município de Londrina. “O pagamento pode ser feito em dinheiro ou através da doação de bens para o Procon. Ainda vamos calcular os valores e analisar qual é o melhor jeito para o órgão”, explicou Rodrigo Brum.
O #Minha Operadora teve acesso ao documento contendo a autorização do Procon na íntegra, e você pode vê-lo aqui.