CEO da Oi participou de reunião pública para fazer um balanço da companhia durante este ano e falar das expectativas para 2021.
Nesta segunda-feira, 21, Rodrigo Abreu, CEO da Oi (OIBR3/OIBR4) participou de uma reunião pública e online promovida pela Associação dos Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais (Apimec).
Durante o evento, Abreu apresentou aos investidores, analistas e público em geral um balanço do ano de 2020 e as expectativas para o ano de 2021.
Além de Rodrigo, a reunião contou com a presença de Camille Loyo, chefe do setor financeiro e diretora de relação com investidores da operadora.
Também participaram representantes da Apimec, Lucy Sousa, de São Paulo, e Hélio Darwich Nogueira, do Rio de Janeiro.
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O ano de 2020 para a Oi
Rodrigo relembrou a mudança de governança na Oi, a qual considerou um movimento importante que proporcionou uma certa estabilidade para que a companhia pudesse passar pelo processo atual de reestruturação.
O executivo afirmou que a venda de ativos, captação de recursos e a aposta no serviço de banda larga fixa têm gerado uma mudança na curva de receita da empresa e que promoverá a redução da dívida bilionária da Oi.
Segundo Abreu, a companhia tinha em caixa R$ 5,7 bilhões em setembro passado e que ao menos R$ 26,9 bilhões foram levantados nas últimas semanas com os leilões judiciais.
Oi Fibra
Rodrigo também citou que a operadora atingiu em dezembro a marca de 2 milhões de clientes no serviço Oi Fibra, com uma média de 149 mil novos clientes mensais, adicionando 17% mais clientes do que outras operadoras e aumentando em 5 vezes a receita em um ano.
O CEO afirma que a banda larga por fibra da Oi caminha para a liderança no setor, ultrapassando não apenas as grandes operadoras, mas também os provedores regionais.
Ele ressalta que a compra de pequenos provedores não é uma meta da Oi, mas que pode ocorrer alguma consolidação.
Atualmente, a Oi mantêm market share de 14,5% no número de acessos de banda larga fixa, atrás da Claro (28,2%) e da Vivo (18,5%).
2021
Para 2021, Rodrigo acredita no crescimento da receita da operadora como um todo, puxado principalmente pela Oi Fibra.
A expectativa é que o leilão da InfraCo e do serviço de TV por assinatura ocorra no primeiro semestre de 2021 e a alienação da Oi Móvel ocorra até o final do ano que vem.
O encerramento do processo de recuperação judicial está previsto para ocorrer até outubro de 2021.
Abreu projeta que no final do ano que vem a Oi terá de um lado a InfraCo, a maior operadora de infra de telecom no Brasil, para massificar a fibra, habilitar a ultra banda larga, 5G e serviços corporativos.
De outro, terá a Nova Oi, uma plataforma de tecnologia integrada e serviços digitais, para empresas e consumidores.
“A companhia ao final desse processo vai ter dois fortes pilares, ambos muito sustentáveis e com uma proposta de valor clara, uma companhia renovada, uma companhia que não vai depender mais de grandes processos de recuperação para seguir a diante”, afirmou.
Ações da Oi
No momento do fechamento desta matéria, às 12h45, as ações ordinárias da Oi são cotadas a R$ 2,11, queda de 3,65%.
Já os papéis preferenciais são negociados com queda de R$ 2,81 (-4,42%).