Companhia acredita que Vivo, TIM e Claro fizeram um cuidadoso plano de segregação, que mantêm a competição e evita a concentração no mercado.
Apesar das preocupações quanto à redução de competição no mercado móvel, a Oi (OIBR3/OIBR4) está confiante que a venda da Oi Móvel será aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A afirmação é de Camille Loyo Faria, diretora de finanças e relações com investidores da Oi, durante evento online nesta quinta-feira, 14 de janeiro.
Ela ressalta que o plano de segregação da Oi Móvel para as operadoras Vivo (VIVT3), TIM (TIMS3) e Claro foi feito de uma forma “cuidadosa”, para respeitar as regras regulatórias e não haver concentração.
Camille diz que o contrato da venda da Oi Móvel já está adiantado, dependendo apenas da finalização da negociação de anexos.
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Entretanto, a executiva acredita que o Cade deverá usar o prazo máximo de 300 dias para fazer análise do caso, mas que o resultado será positivo.
“A gente não descarta a possibilidade do Cade estipular algum tipo de ajuste no plano de segregação, mas não estamos vislumbrando o risco de recusa de forma nenhuma. Estamos confiantes que a transação será aprovada”, disse a CFO da Oi.
Quanto à representação da Algar Telecom para tentar barrar o negócio, Camille diz que é normal que em um processo desse porte muitas partes interessadas queiram se manifestar.
Entretanto, ela reforça que o consórcio tentou manter a competição do mercado e evitar a concentração demasiada em qualquer região.
InfraCo
Questionada sobre as notícias do interesse do Banco BTG Pactual nos ativos de fibra, a diretora da Oi disse que não comenta sobre os players que participam das negociações por questão de confidencialidade.
Mas afirmou que a Oi pretende escolher uma ou duas empresas para negociar, e que até o fim deste primeiro trimestre deve ser anunciada aquela selecionada para ser a “stalking horse”, que terá o direito de igualar propostas apresentadas por outros concorrentes durante o leilão.
Ela explica que a ideia de vender 51% da InfraCo visa dissociar a marca da Oi e tornar neutra a malha de fibra da operadora, permitindo que a infraestrutura possa ser compartilhada com outros provedores.
Fazendo coro a uma recente fala de Rodrigo Abreu, Camille também disse que a InfraCo pode vir a explorar futuramente o mercado de São Paulo, que ainda não oferta o serviço de banda larga por fibra óptica para consumidores finais.
Ações na Bolsa de Valores
No momento do fechamento desta matéria, às 12h50, as ações ordinárias da Oi são cotadas a R$ 2,50, alta de 2,88%.
Já os papéis preferenciais são negociados a R$ 3,00, valorização de 1,35%.