Há algum tempo, uma equipe da Fundação Telefônica|Vivo visitou o município de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. A agenda incluiu a visita a uma escola rural, às margens do rio Paraguai, na comunidade de Paraguai Mirim, distante seis horas de barco da cidade.
Nessa escola, os alunos se alojavam junto com a professora para ter aulas durante dois meses seguidos, período durante o qual não tinham qualquer contato com a família. Aí voltavam para casa, onde ficavam outros dois meses, para novamente retornar à escola.
Esse é só um exemplo das dificuldades enfrentadas pelas escolas rurais brasileiras, muitas delas com infraestrutura totalmente precária. De acordo com dados do Ministério da Educação, 90% dessas escolas (um total de 68.651 unidades) não têm internet, e a taxa de estabelecimentos sem energia elétrica é de 15%. Apenas 11% das escolas do campo têm biblioteca, 1,1% contam com laboratório de ciências e 12,9% apresentam laboratório de informática.
Não à toa, o governo condicionou a concessão das faixas de radiofrequência 4G a contrapartidas na forma de atendimento a áreas rurais e regiões remotas.
A primeira experiência de conexão de escolas rurais da Vivo já está acontecendo. A “toda poderosa” está levando tecnologia 3G a 100 unidades localizadas em 7 estados brasileiros.
Há pouco mais de um mês, a equipe da fundação esteve em Maratá, cidade de cerca de 2,5 mil habitantes, próxima a Porto Alegre, para entregar equipamentos para a EMEF Pedro Cristiano Höher, e lançar o programa Escolas Rurais Conectadas, que irá capacitar professores e testar impactos das tecnologias na qualidade da educação.
A ideia é que o diagnóstico, elaborado sob licença creativecommons, possa ser um referencial para iniciativas que visem a inserção das unidades rurais no universo digital, sua integração e colaboração por meio das mídias sociais, o desenvolvimento local, a proteção à infância e, sobretudo, a melhoria da aprendizagem de crianças, jovens e adultos dessas regiões.
Para a empresa, a conexão das primeiras 100 escolas é só o começo. Será um grande aprendizado para os novos desafios da chegada do 4G ao País.