24/11/2024

Ações das operadoras despencam na Bolsa de Valores em fevereiro

Boas notícias do setor de telecomunicações não animaram investidores.

Apesar das expectativas para o leilão do 5G e a venda da Oi Móvel, os papéis das operadoras Vivo (VIVT3), TIM (TIMS3) e Oi (OIBR3/OIBR4), na Bolsa de Valores (B3), registraram um desempenho negativo em fevereiro de 2021.

As ações das empresas de telefonia acabaram seguindo a tendência de queda do índice Ibovespa (que indica o desempenho médio da Bolsa), que acumulou perdas de 4,37% no mês passado.

Os motivos para a baixa nas ações negociadas na B3 são vários.

A mais recente delas é a intervenção do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) no comando da Petrobras, um movimento que não foi bem visto pelos investidores.

Além disso, pesa também os 250 mil mortos pela Covid-19, o agravamento da pandemia no país, o programa lento de imunização da população, a indefinição sobre a oferta do novo auxílio emergencial e o pedido de demissão do Banco do Brasil.

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No mercado externo existe ainda a preocupação sobre o aumento da inflação nos Estados Unidos, o que acaba gerando reflexos em todo o mundo, inclusive no Brasil.

A vitória do Centrão na disputa pelas presidências da Câmara e do Senado no Brasil até deu um ânimo no mercado de ações – pela expectativa da aprovação de novas reformas -, mas não foi suficiente para tranquilizar o mercado.

Diante das incertezas, os investidores estão cautelosos em assumir riscos na Bolsa.

Oi

A Oi foi a operadora que mais acumulou perdas na B3.

As ações ordinárias (OIBR3) recuaram no mês 16,81%, de R$ 2,26 em 1º de fevereiro para R$ 1,88 na última sexta-feira, em 26 de fevereiro.

Já as ações preferenciais (OIBR4) o tombo foi ainda maior, de 19,6%, começando o mês com os papéis sendo cotados a R$ 2,86 e encerrando fevereiro com R$ 2,30.

Nem mesmo as notícias sobre aprovação pelo Cade da venda de torres da Oi, a exclusividade do BTG Pactual na InfraCo e a emissão de R$ 2,5 bilhões em debêntures para investimentos na fibra ajudaram a reverter o movimento de queda nas ações da operadora, que se manteve ao longo de todo o mês passado.

Evolução no mês de fevereiro das ações OIBR3 na B3. Imagem: Google
Evolução no mês de fevereiro das ações OIBR4 na B3. Imagem: Google

Vivo

Em 1º de fevereiro, as ações da Vivo (VIVT3) eram cotadas a R$ 45,93. Na última sexta-feira, 26, as ações fecharam o mês valendo R$ 44,00, variação de -4,2%.

Os papéis da operadora atingiram um pico de R$ 48,95, em 11 de fevereiro, e vem caindo desde então.

Nem mesmo a apresentação dos resultados da operadora do quatro trimestre, em 23 de fevereiro, ajudou na recuperação dos papéis.

A companhia apresentou crescimento no pré-pago e fibra óptica, mas teve uma redução de 4,6% no lucro no ano de 2020.

Evolução no mês de fevereiro das ações VIVT3 na B3. Imagem: Google

TIM

A TIM também apresentou um pico na Bolsa de Valores no dia 11 de fevereiro, chegando a figurar entre as 10 maiores altas do dia, sendo cotada a R$ 14,60.

A valorização ocorreu um dia após a apresentação dos resultados do último trimestre, com alta na receita e aumento no lucro em 13%.

A expectativa para a venda da Oi Móvel e o bom desempenho da operadora no móvel pós-pago e na banda larga fixa, tornaram as ações da TIM atrativas.

Entretanto, os papéis da operadora mantiveram o ritmo de queda, variando em fevereiro -4,9%, de R$ 13,46 em 1º de fevereiro e R$ 12,80 em 26 de fevereiro.

Evolução no mês de fevereiro das ações TIMS3 na B3. Imagem: Google

Com informações de Valor.

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