Parceria do Estado com as operadoras visa aferir a concentração de pessoas durante a pandemia da Covid-19.
Nesta quinta-feira, 4 de março, o governo do estado de São Paulo renovou a parceria com as operadoras de telefonia para manter o Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP) até 30 de junho de 2021.
O acordo original firmado com a ABR Telecom, que representa as empresas de telefonia, previa o fim do uso do sistema neste mês de março, com uma possibilidade de renovação por mais três meses.
“As prestadoras Claro, Oi, TIM e Vivo, em atenção às solicitações recebidas dos órgãos de governo, decidiram dar continuidade por mais três meses ao cálculo e compartilhamento, por e-mail, do índice de isolamento”, diz uma nota da ABR Telecom.
Entretanto, diante do agravamento da pandemia do novo coronavírus, existe a possibilidade de o acordo de monitoramento de celulares ser prolongado até o final deste ano.
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SIMI-SP
Criado em abril de 2020, o SIMI-SP utiliza dados das operadoras sobre o deslocamento de celulares por georreferenciamento nos 645 municípios paulistas, com o objetivo de aferir a adoção da população ao isolamento social.
A ferramenta permite gerar “mapas de calor”, indicando áreas de maior concentração de pessoas, por meio da triangulação de sinais de antenas de celular.
No início, o monitoramento de celulares foi considerado um assunto polêmico pela suspeita de riscos à privacidade e de outros direitos, sendo inclusive alvo de ações judiciais.
Entretanto, as operadoras e o governo estadual afirmam que os dados são anonimizados e que não é possível identificar individualmente os usuários.
A renovação do acordo antecede a entrada do estado de São Paulo na fase vermelha, neste sábado, 6 de março, após as taxas de ocupações das UTIs em vários municípios paulistas ultrapassarem a marca de 70%.
O país vive atualmente a segunda onda da pandemia, com média móvel de óbitos em alta, inclusive com índices superiores aos registrados no ano passado.
Desde o início da pandemia, o Brasil já registrou mais de 10,7 milhões de casos e 260 mil mortes.
Com informações de Teletime.