22/12/2024

Mais 28 cidades maranhenses devem receber internet 3G

30 de abril de 2013 é o prazo estipulado pelo governo às operadoras de telefonia para que mais 28 cidades no Maranhão recebam cobertura móvel 3G. O aumento da cobertura faz parte de um pacote nacional de expansão da tecnologia que deve ser executado pelas operadoras até 2014, e envolve cerca de R$ 20 bilhões, sendo R$ 4 bilhões em investimentos imediatos.

Dados da Anatel mostram que, no plano de expansão, 22 cidades estariam ainda por definir qual operadora de telefonia prestaria o serviço 3G. Outras 6 cidades (Açailândia, Caxias, Codó, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Timon) receberiam a tecnologia por parte de todas as operadoras operantes no Estado, e não só da Vivo, até o fim do prazo.

Os mesmos dados também confirmam que algumas dessas cidades estão com somente uma operadora, a Vivo, fornecendo o serviço. Na referência de cobertura dos municípios por faixa de radiofrequência com capacidade para 3G, apenas Timon ainda não aparecia na lista.

Imperatriz, por sua vez, já possui internet 3G há algum tempo. A cidade conta hoje com 52 estações repetidoras de sinal, 6 da Oi, 7 da Claro, 18 da TIM e 21 da Vivo, servindo à telefonia móvel.

Apesar dessa expansão, usuários de 3G ainda acusam diversos problemas no serviço. Priscila Zenkner, advogada, mostra-se desapontada com a qualidade desse serviço no Maranhão: “Trabalho como correspondente de escritórios de outros estados e viajo pelo na região sudoeste do Maranhão, e a internet 3G é lenta e cai muito, isso quando pega. Me alegra saber dessa iniciativa, porém já estamos em 2013 praticamente e o que eu vejo até agora é nenhuma mudança em relação a isso”.

O fato é que tantos investimentos são justamente para evitar o sufocamento do sistema, já conhecidamente saturado em todo o país, não só no Maranhão. O crescimento de acessos de Serviço Móvel Pessoal (SMP) tem sido de mais de 16% nos últimos dois anos e tem previsão de aumento nos anos seguintes.

Ainda no site da Anatel, dados nacionais sobre a evolução das reclamações por serviço revelam que em janeiro e fevereiro deste ano ocorreram 170.790 reclamações de serviço móvel pessoal através de acessos em serviço, um aumento de 20.5% em comparação ao mesmo período de 2011.

A meta do plano de investimentos apresentado pelas operadoras, ainda em 2012, segue obrigações dos editais de licitações do serviço móvel pessoal e faz parte de um plano maior de expansão da infraestrutura de telecomunicações do país, impulsionado pelas demandas criadas com a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014, e exigido pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) para realização destes eventos.

A respeito do impacto econômico que a expansão da tecnologia 3G traz a região tocantina, o diretor de tecnologia da Júpiter Telecomunicações, Luciano Inácio Gonçalves Lima, afirma: “Creio que de imediato beneficiará mais o uso doméstico, pois as empresas só verão maiores vantagens caso precisem que dados sejam transferidos constantemente por funcionários que trabalham longe. É provável que a maioria dos usuários aqui a use para entretenimento apenas, mas a maior mobilidade que isso trará pode significar muito em longo prazo, para as outras empresas, mais dinâmicas”.

Apontado pelo governo como um dos maiores mercados do mundo, e tendo aproximadamente 7% do PIB nesse setor, o Brasil alcançou 259 milhões de linhas ativas em 2012, com acréscimo de 28 milhões a mais em comparação ao mesmo período de 2011.

Em outubro, o Maranhão deteve uma fatia de apenas 2.29 % das linhas ativas no país, perto de seis milhões. No entanto, isso equivale a ser o 13º estado no país e 4º no Nordeste em participação de linhas ativas.

O Maranhão já alcança uma densidade de 89 acessos por cada 100 habitantes, sendo mais de 90% pré-pagos. Além disso, a lista de áreas de prestação de Serviço Móvel Pessoal (SMP), fornecida em suporte online da Anatel, indica haver 1.312 registros desse serviço no Estado, sendo 99 aptos a implantação de internet 3G.

A telecomunicação no país é dividida em três macrorregiões de atuação, e o Maranhão é um dos 16 que formam a Região I, que possui quase metade das estações repetidoras licenciadas no país (46,5%), e que deteve em outubro, dentre as três regiões existentes, a maior participação de linhas ativas do mercado (50,36%).

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