Ao final do mês, impacto no caixa da empresa foi de R$ 1,4 bilhão.
A Oi registrou uma geração de caixa operacional líquida negativa de R$ 970 milhões em fevereiro deste ano, segundo o relatório mensal de atividades da empresa feito pelo escritório Arnold Wald.
Vale destacar que, em janeiro, o registro havia sido de R$ 517 milhões, portanto, os números atuais mostram um grande crescimento em relação ao mês passado.
No total, o impacto no caixa da operadora foi de R$ 1,4 bilhão, ao final do mês. O montante registrado em fevereiro representa uma diferença de 53,2% em relação ao mês anterior.
No documento consta que, em fevereiro, a empresa com mais uma obrigação acordada no Plano de Recuperação Judicial, no valor de R$ 937 milhões.
Esse montante se refere ao pagamento da terceira parcela dos fornecedores parceiros, no valor de R$ 494 milhões, além dos juros bond de R$ 443 milhões.
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Além disso, a empresa afirma que essa queda registrada no saldo final de seu caixa financeiro não compromete a execução de seu plano estratégico de aceleração dos investimentos, principalmente em fibra óptica.
Além disso, a companhia destaca que vem tomando medidas para recompor a posição de caixa e que, em março, recebeu R$ 1,122 bilhão relacionado a alienação da UPI Data Center e UPI Torres.
Recuperação Judicial
A Oi entrou com um pedido de recuperação judicial em junho de 2016, com dívidas de R$ 65 bilhões. Na época, a empresa alegou que a decisão foi tomada para preservar o valor das empresas, manter a continuidade do negócio e proteger os interesses da companhia e dos clientes.
O pedido de recuperação judicial serve para que uma empresa tente evitar uma possível falência, quando perde a capacidade de pagar os seus credores.
O diretor-presidente da Oi, Rodrigo Abreu, afirmou no final de março deste ano, enquanto comentava os resultados do quarto trimestre de 2020 da empresa, que a companhia pretende encerrar seu processo de recuperação judicial no quarto trimestre deste ano.
Com informações de Money Times e Valor Investe.