22/11/2024

Vivo usa cloud para demarcar território no M2M

Em um rápido evento em São Paulo, a Vivo anunciou ter superado a marca de 1 milhão de acessos máquina-a-máquina (M2M) no País em setembro e aproveitou a ocasião para lançar uma plataforma de gerenciamento de serviços M2M baseado em cloud, batizada de Smart Center. O serviço conta com gestão online que também permite consultar históricos de utilização, incluir limites de consumo e programar alarmes de monitoramento com aviso por e-mail, entre outras funções. Como primeiro grande passo, a operadora fechou parcerias com empresas como a OnStar, subsidiária de serviços de telemetria da General Motors, para comunicação embarcada em automóveis.

De acordo com a Vivo, a plataforma já está preparada para atender ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) no aprimoramento do gerenciamento da frota brasileira de veículos. Pela Resolução 245 do órgão, as montadoras precisam equipar de fábrica os carros com SIMcards para rastreamento a partir de 2013. “Os carros virão com os chips no módulo embarcado, mas quem decide se vai ativar o serviço é o próprio usuário”, afirma Maurício Azevedo, diretor de segmento de grandes empresas da tele.

O serviço será ofertado por fabricantes de automóveis e seguradoras, que podem inclusive subsidiá-lo para o consumidor. “Algumas seguradoras podem pagar isso para diminuir os próprios custos de monitoramento”, diz. Segundo Raphael Denadai, diretor de pequenas e médias empresas da Vivo, isso não significa que os carros já saiam da fábrica com os SIMcards ativados. “Caberá ao cliente decidir se quer ativar o chip”, diz. Caso prefira, o usuário poderá, inclusive, optar por outra operadora.

O modelo de negócios será baseado tanto na conectividade quanto na gestão, com a plataforma Smart Center. A tele afirma que a comunicação M2M toda é baseada na tecnologia GSM. “O M2M é utilizado para localização, monitoramento, que faz trafegar poucos dados. A menos que seja preciso grande banda, como sistemas de câmera de alarme: aí usamos o 3G”, explica Estanislau Bassols, diretor executivo de negócios para empresas da Telefônica. Ele diz que os serviços de smart metering para utilities (como smartgrids para rede elétrica), em geral, utilizam os SIMcards GSM, como o projeto piloto em Búzios (RJ) de smartgrid da operadora.

Outra iniciativa, pelo menos nos planos da Vivo, é a de implantação para serviços de saúde (m-health), com o monitoramento de pacientes crônicos, embora não exista nenhuma iniciativa em prática no momento.

Com a redução do Fistel para comunicação M2M sancionada em outubro, o negócio passou a ser viável para as operadoras. Já no demonstrativo financeiro divulgado nesta semana, a Telefônica apontava para iniciativas máquina-a-máquina, comemorando 1,033 milhão de acessos em setembro e afirmando ser a companhia de maior crescimento na base de acessos atualmente, com 100 mil mais conexões no mês. Em geral, a tele ainda está atrás da Claro (com 2,991 milhões) e TIM (com 1,243 milhão) em número de acessos, embora afirme que vá conquistar posições até o final do ano. No total, o Brasil conta com 6 milhões de acessos M2M, o que representa 2,41% das conexões no País.

“Temos um milhão de acessos M2M com apenas 15% sendo máquinas pontos de venda (POS)”, diz Paulo César Teixeira, diretor geral da Vivo. “É um tema que vamos trabalhar bastante e temos confiança de que temos a estrutura adequada e a tecnologia de estado da arte”, completa sem querer abrir uma previsão sobre projeções da empresa.

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