Em seis meses, companhias instaladas no Brasil foram atacadas cerca de 800 vezes por semana.
Relatório de inteligência de ameaças divulgado pela Check Point Software aponta que o Brasil está sob ataque hacker, com média de investidas superior ao patamar mundial.
São cerca de 803 ataques por semana contra uma empresa no país comparados a 694 ataques a nível global. Segundo o relatório, o principal vetor para inserir arquivos maliciosos nas companhias foi o e-mail.
A principal vulnerabilidade explorada por aqui é a execução remota de código (do inglês, Remote Code Execution), que permite ao atacante rodar códigos maliciosos na máquina da vítima remotamente.
Esta semana o Minha Operadora reportou sobre empresas brasileiras de energia, peças para carros e até órgãos do judiciário como alvos de ataques hacker por meio de vírus que sequestram sistemas (ransomware).
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Só em março, o número de investidas hacker com o uso de ransomware subiu 57%, na esteira das vulnerabilidades encontradas no serviço de e-mail Microsoft Exchange.
De acordo com a Check Point Software, esse tipo de malware custou cerca de US$ 20 bilhões às empresas durante o ano de 2020, o que representa um aumento de 75% em relação a 2019.
Desde o mês passado, os pesquisadores vem identificando uma média de 1.000 organizações sendo atacadas semanalmente por vírus que sequestram sistemas.
Os principais alvos são empresas e órgãos nos setores de saúde (média de 109 ataques semanais), utilities (média de 59 ataques) e seguros/judiciário (34 ataques).
Para Claudio Bannwart, country manager da Check Point Brasil, o ano de 2021será o da segurança de todo e qualquer lugar. Diante da sofisticação dos ataques, é preciso que as empresas adotem estratégias para se proteger.
Pensar em como defender cada ponto da organização evita situações como a do oleoduto Colonial Pipeline nos EUA, que pagou US$ 5 milhões para ter de volta os sistemas que foram sequestrados por hackers.
E num cenário como o atual, com o mundo em situação de pandemia com mais gente trabalhando de casa, acaba se tornando mais uma possível vulnerabilidade a ser explorada se a segurança não for bem trabalhada.
Com informações de Convergência Digital