Empresas concorrem no negócio mundial de produtos e serviços para o setor de telecomunicações.
Nesta segunda-feira, 24 de maio, a fabricante sueca Ericsson sinalizou que pode ter uma menor participação internacional no mercado do 5G por conta dos bloqueios que estão sendo impostos à Huawei.
Apesar de a fabricante chinesa ser a principal rival da Ericsson, as sanções contra a Huawei podem diminuir o mercado da empresa sueca, em vez de aumentar.
Isso ocorre porque um dos principais mercados de infraestrutura de telecomunicações da Ericsson está localizado justamente na China.
Como o governo da Suécia decidiu excluir a chinesa das redes 5G do país, a Ericsson teme que a China possa “devolver na mesma moeda” e também bloqueá-la em solo chinês.
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Hoje, a Ericsson mantém negócios na China, incluindo uma filial.
A empresa afirma que embora tenha sido convidada para várias licitações de infraestrutura de telecomunicação em andamento na China, o resultado final ainda permanece incerto.
“A avaliação atual da empresa é de que aumentou o risco de que a Ericsson, nessas licitações, receba uma participação de mercado significativamente menor do que sua participação de mercado atual”, disse em comunicado.
Em janeiro passado, o CEO da Ericsson, Borje Ekholm, chegou a fazer lobby no governo sueco, inclusive, fazendo ameaças de retirar a empresa do país caso não fosse revogado as restrições.
O bloqueio da Huawei na China é motivado pelas preocupações quanto à segurança dos equipamentos chineses, iniciadas ainda no governo de Donald Trump, nos Estados Unidos.
Em contrapartida, a fabricante negou todas as acusações e entrou com um processo para anular a decisão do governo sueco.
Uma decisão pode ser emitida nas próximas semanas, o que pode afetar diretamente a participação da Ericsson na China.
Com informações de Money Times.