22/11/2024

Para American Tower, compartilhar infraestrutura é o caminho para o 5G

Companhia foi uma das pioneiras na construção de redes neutras de fibra óptica no Brasil.

Abel Camargo, vice-presidente de estratégia e novos negócios da American Tower, disse durante evento online de telecomunicações esta semana que enxerga muitas oportunidades no compartilhamento para viabilizar o 5G.

A American Tower foi uma das primeiras companhias a trabalhar com infraestrutura de torres e com a construção de redes neutras de fibra óptica no Brasil, tanto para fibra até a casa do assinante (FTTH) como também para backhaul.

Ela também é a principal operadora de uma rede voltada exclusivamente para o mercado de Internet das Coisas (IoT). Esses continuarão sendo os nortes da companhia após o leilão do 5G.

De acordo com Camargo, há muito o que se aproveitar em acordos que envolvem torres e também na oferta de fibra óptica. Em outras palavras, a American Tower não deve participar do certame.

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Já empresas concorrentes, como a EB Fibra no mercado de redes e a Highline no mercado de torres, demonstram ter interesse no leilão da tecnologia de quinta geração em telecomunicações.

Mas apesar da perceptível tendência de mercado relacionada a oferta de 5G no país, a American Tower prefere focar na redução de custos proporcionada pelo compartilhamento de infraestrutura.

Essa economia, para a empresa, seria o principal elemento viabilizador da tecnologia 5G.

Diante disso, o foco da companhia é expandir sua atuação para cidades de pequeno e médio porte que não possuem o mercado saturado, contando com pouca concorrência.

“Praticamente em qualquer cidade do Brasil hoje existem concorrentes com redes de fibra, mas estamos falando em levar (…) qualidade suficiente para dar suporte a uma rede de 5G com segurança”, explica Camargo.

Outra oportunidade observada pela American Tower é tornar a infraestrutura de suporte às torres e antenas atuais em pequenos centros de dados responsáveis por várias funções e aplicações da rede 5G.

Para Gerson Freire, diretor de enterprise architecture da Dell, a tecnologia 5G trará consigo a necessidade de descentralizar funções para prover alguns serviços, em especial os que possuem menor latência.

A indústria que fabrica servidores dedicados ao processamento de dados voltados para estas funções já busca viabilizar equipamentos que sejam compatíveis com as condições do ambiente onde serão instalados.

Isso envolve lidar com vibrações, temperatura e condições de limpeza encontrado nos sites das operadoras.

Com informações de Teletime

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