Nova tecnologia móvel demandará frequências mais altas e maiores larguras de faixa.
O 5G ainda não desembarcou no Brasil, mas a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já tem planos para iniciar os preparativos para a chegada da geração móvel seguinte, o 6G.
Na última semana, a agência reguladora aprovou o “Plano de Uso do Espectro para o período 2021-2028”, que traça os planejamentos operacionais, táticos e estratégicos da Anatel para os próximos anos.
Entre os objetivos traçados para 2025 e os anos seguintes está o início das discussões da Anatel com a indústria e as universidades sobre os requisitos e as tecnologias necessárias para a implantação do 6G no Brasil.
Estudos apontam que faixas de frequências acima de 90 GHz poderiam ser utilizadas pelas redes de sexta geração, ampliando as larguras de faixa disponíveis.
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Entre as características dos novos sistemas 6G estão a virtualização e a desagregação; integração avançada entre as redes de acesso e o backhaul; além de arquitetura de rede centrada no usuário.
A Anatel aponta que o 6G permitirá a evolução de diversas aplicações, assim como a criação de novas, em áreas como realidade virtual e aumentada; e-Saúde; conectividade difusa; indústria 4.0 e robótica; e de mobilidade autônoma.
“Em termos de uso do espectro, espera-se que o 6G continue a tendência de que as redes móveis utilizem frequências mais altas e maiores larguras de faixa. Adicionalmente, vislumbra-se que os sistemas massivos de múltiplas entradas e múltiplas saídas (Massive MIMO, na sigla em inglês) continuarão sendo uma tecnologia-chave para o 6G e que a taxa de transmissão de dados e a eficiência espectral continuarão a ser o foco dos sistemas móveis”, afirmou a agência no plano.
Quanto ao 5G, o edital para o leilão de frequências segue em análise do Tribunal de Contas da União (TCU).
A realização do certame está prevista para ocorrer no segundo semestre deste ano.
Com informações de Anatel.