Grupo espanhol pretende aproveitar o processo de digitalização e a crescente demanda por serviços de dados da região.
Nesta quinta-feira, 29 de julho, Angel Vila, diretor de operações da espanhola Telefónica – que controla as operações da Vivo (VIVT3) – afirmou que pretende concentrar fortemente os negócios na América Latina. Ele também disse que a companhia está estudando novas aquisições no mercado brasileiro, mas sem revelar maiores detalhes.
“No Brasil, estamos buscando aquisições complementares”, disse. Ele aproveitou para ressaltar que o grupo pretende tornar 24 milhões de residências brasileiras aptas a receber a fibra até 2024.
O discurso é parecido com o de Christian Gebara, presidente da Vivo. Durante teleconferência de apresentação dos resultados financeiros do segundo trimestre, ele afirmou que a Vivo está disposta a comprar pequenos provedores (ISPs) em um futuro próximo, onde permita complementar a rede de fibra da empresa. O executivo da Vivo explicou que essas aquisições só farão sentido onde a Vivo não esteja presente, pois a empresa quer evitar a sobreposição de redes.
“Com a FiBrasil podemos fazer fusões e aquisições. Mas precisamos encontrar candidatos com rede no padrão técnico, com a disciplina fiscal e financeira que nos interessa e com preço justo”, afirmou Gebara.
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Recentemente, o grupo espanhol lançou – por meio da Vivo e em conjunto com a canadense CDPQ – a FiBrasil, uma empresa de fibra neutra focada na oferta de banda larga no atacado. Além disso, outro negócio de fibra semelhante também foi anunciado na Colômbia, a partir de um acordo entre a Telefónica e a americana KKR.
“Na América Latina, estamos buscando fibra, sem dúvida”, disse a vice-presidente financeira da Telefónica, Laura Abasolo. Ela completa que em breve a Telefónica anunciará um outro veículo de infraestrutura na região, mas que ainda está em busca de parceiros.
Com informações de Reuters e Telesíntese.