Em audiência, o ministro do TCU, Aroldo Cedraz, disse que no edital 5G standalone prevê a instalação de poucas estações base.
Em audiência promovida pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados na terça-feira (21), Aroldo Cedraz, ministro do Tribunal de Conta da União (TCU), afirmou que a promessa de implementação da tecnologia 5G standalone até julho de 2022 para as capitais do país é para “inglês ver”.
O ministro se refere à declaração feita por Fábio Faria, ministro das Comunicações, toda vez que o mesmo se declara sobre a realização do leilão.
O ministro do TCU explicou que o edital do 5G prevê a instalação de poucas ERBs (estações rádio base), cujo equipamento envia e recebe sinais para aparelhos celulares. Sendo assim, o sinal da rede 5G standalone ficará restrito a áreas pequenas das cidades.
“O que nos permite afirmar, sem exagero algum, que a implantação do 5G em julho de 2022 seria apenas para inglês ver, sem efeitos práticos para quase a totalidade da nossa população”, afirmou Cedraz.
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A versão final do edital está prevista para ser votada na sexta-feira (24), pela Anatel. E até lá, ainda pode sofrer alterações.
No edital, as operadoras que vencerem a licitação serão obrigadas a instalar uma estação rádio base a cada 100 mil habitantes até julho de 2022, uma a cada 50 mil habitantes até dezembro de 2023, uma a cada 30 mil até julho de 2024 e uma a cada 10 mil habitantes até julho de 2025.
Para entender melhor, Cedraz deu como exemplo a população do Distrito Federal.
“Como a população do DF [Distrito Federal] é de aproximadamente de três milhões de habitantes, a cidade [Brasília] receberia apenas 30 estações rádio base em 2022, sendo esse número duplicado somente em dezembro do ano seguinte”, explicou o ministro do TCU.
“Pudemos verificar que o serviço em julho de 2022 estaria praticamente restrito às áreas em torno do Eixo Monumental [área central de Brasília], e só teríamos estações 5G para cobertura suficiente do plano piloto em dezembro de 2023”, complementou.
Com informações de g1.com