Os memes e a repetição do “Batatinha frita 1, 2, 3” estão por todo lugar. A repercussão é fruto do sucesso da série “Round 6”, que além de ter se tornado a mais vista da Netflix, virou uma espécie de “salvação da lavoura” para a empresa. Isso não significa que a marca estava em situação ruim, mas com toda certeza sua soberania de mercado estava ameaçada.
Além do efeito reverso ao grande impulso de assinaturas registrado durante a pandemia da COVID-19, a concorrência chegou sem colocar o pé no freio. Gigantes de Hollywood como Warner Bros, Disney e Paramount esvaziaram o catálogo da concorrente e lançaram suas próprias plataformas no mercado.
Para compensar, ainda possuíam caixa para operar no prejuízo, ou seja, investir muito em conteúdo até ter uma base de assinantes relevante. O mesmo vale para a gigante da tecnológica Apple, que apostou no Apple TV+. Já a Netflix se viu em momento de começar a ter que pagar seus movimentos com a própria receita, o que gerou um reajuste no valor de assinatura.
Só que, mais uma vez, ficou provado que a grande matéria-prima no streaming ainda é o conteúdo. O sucesso de “Round 6” tornou a ‘gigante do streaming’ US$ 19 bilhões mais valiosa. Já as ações (BVMF: NFLX34) subiram 7,1% desde o lançamento da trama.
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A empresa superou até mesmo as ações da Apple e Alphabet, proprietária do Google. Ambas podem ser vistas como concorrentes, já que a Netflix se intitula como empresa de tecnologia.
O lucro reportado no terceiro trimestre foi de US$ 7,48 bilhões. É um crescimento de 16% no comparativo anual. Já a receita operacional salta para US$ 1,76 bilhão, com crescimento de 23,5%.