A Apple, multinacional norte-americana, foi obrigada a retirar da App Store um aplicativo da Bíblia Sagrada e uma das plataformas mais populares do Alcorão (livro sagrado do Islã), o Quran Majeed, pelo governo da China.
De acordo com a Apple, os aplicativos foram derrubados pelo argumento do governo chinês de que o conteúdo dessas plataformas possuem textos religiosos que são ilegais no país.
Segundo o governo chinês, a retirada dos aplicativos é pela falta de documentos adicionais que esclarecem o conteúdo, mas o governo não deu justificativas mais claras sobre esse argumento.
Mesmo o Partido Comunista da China reconhecendo o Islamismo como religião oficial, o governo tem sido acusado de xenofobia, violação de direitos humanos e até genocídio contra os muçulmanos Uigures, grupo que habita Xinjiang (China).
LEIA TAMBÉM:
–> Google e Apple são acusadas de “censura” por líder político russo
–> Google e Apple estão sendo processadas por infração de patentes
–> Mais um para conta: Google e Apple estão sendo investigados no Japão
A empresa PDMS, criadora do aplicativo Quran Majeed, afirmou em comunicado oficial:
“Segundo a Apple, nosso aplicativo Quran Majeed foi removido da App Store chinesa, pois inclui conteúdos que requerem documentação adicional das autoridades chinesas”.
Ainda de acordo com a PDMS, o aplicativo é bem popular entre os mulçumanos no mundo e que já tinha quase 150 mil resenhas na App Store.
Quanto ao aplicativo da Bíblia Sagrada, a Apple alega que foi suspenso por decisão própria da empresa, e justifica que faltava a licença para aprovar a atualização e disponibilizar na loja de aplicativos.
Vale ressaltar que a China é, atualmente, um dos maiores consumidores da Apple. Além disso, a empresa norte-americana depende muito da fabricação chinesa e da produção para seus serviços.
A Apple tem sido alvo de muitas críticas por se submeter a exigências do país, visando apenas a economia da empresa. Diferente de outras empresas de serviços digitais que também sofrem pressão do governo, mas estão planejando retirar seus produtos e romper com o governo chinês.