A Claro, operadora de telefonia móvel, foi multada em US$ 250 mil por utilizar sem autorização dados de milhões de clientes de outras operadoras para realizar campanhas de marketing e vender seus produtos na Colômbia.
De acordo com a Superintendência da Indústria e Comércio (SIC), a Claro usou a base de dados de portabilidade numérica para atrair novos clientes. A portabilidade numérica é uma lista onde fica registrado todos os números de celulares registrados na Colômbia.
Essa lista foi criada para facilitar a transferência de dados de uma operadora para outra, preservando o número, por meio da interação de todas as prestadoras de serviços.
Em comunicado da SIC, entre janeiro de 2020 e abril de 2021, a Claro utilizou uma base de 7,4 milhões de clientes pertencentes a outras operadoras, que passaram a receber “ligações não autorizadas” com ofertas da operadora. Ainda de acordo com o comunicado, a Claro conseguiu “lucros” de US$ 3,5 milhões por meio do uso indevido da base de dados.
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A operadora tem cerca de 33,8 milhões de clientes de telefonia móvel somente na Colômbia, sendo a principal operadora do país, que tem 50 milhões de habitantes. A Claro pertence ao grupo América Móvil, que tem até dez dias para recorrer da decisão.
Na decisão, a Claro deve descontinuar a utilização dos números de telefones da base de dados, assim como apagar todas as informações que foram colhidas pela ligações indevidas em um prazo de 90 dias.
Essa não é a primeira vez que a Claro é multada pela Superintendência da Indústria e Comércio (SIC) da Colômbia por causa de atos indevidos da Claro. Em 2020, a operadora de telefonia celular também foi condenada a pagar uma multa semelhante por ter omitido solicitações de cancelamento de contratos de milhares de clientes.