A expectativa é que Claro e Vivo levem as licenças W e X. As operadoras TIM e Oi devem disputaar as V1 e V2, sendo que uma delas ficará de fora e poderá concorrer aos lotes regionais. Os contratos serão de 15 anos prorrogáveis para mais 15 anos.
“Senti falta da Nextel e da GVT no leilão, mas, no caso da primeira, ela ainda está correndo atrás para cumprir os prazos do leilão de 3G”, diz. A Sky e a Sunrise são operadoras de televisão por assinatura e devem concorrer pelas faixas regionais, analisa o advogado. “As áreas com maior mercado consumidor, como as capitais, o interior de São Paulo e o Rio de Janeiro devem ser as mais disputadas regionalmente”, fala Campos.
Ele avalia ainda que, para as grandes operadoras de telefonia estrangeiras, como a britânica Vodafone e a francesa Orange, não valeria a pena participar do certamo. A explicação é que o Brasil não é mais um país onde se possa começar do zero, pois possui elevado nível de concorrência interna com empresas bem estabelecidas. O ideal para essas multinacionais seria entrar no mercado via fusões e aquisições.
A expectativa da Anatel é arrecadar ao menos 3,85 bilhões de reais com a licitação – valor que corresponde à soma dos lotes caso todos sejam comprados pelo preço mínimo, sem disputa e ágio. Por ora, esse dinheiro ainda não tem destino conhecido.
Tanto Campos quanto Tude acreditam que as prestadoras vão conseguir cumprir o cronograma de implantação exigido pelo governo. A própria presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou no ano passado, ao lançar o edital para o leilão das frequências, que já haveria 4G antes da Copa do Mundo. “Isso significa que brasileiros e quem vier para o Brasil acompanhar os jogos terão acesso à internet pelo celular em altíssima velocidade”, disse.