A Nubank tem expandido seus negócios, para além do seu banco digital, para novas geografias e em “setores adjacentes”. Dessa vez, após iniciar a abertura de capital (IPO) na Bolsa de Nova York, a empresa acredita que o setor de telecomunicações pode ser uma possível área para sua atuação. O assunto foi mencionado em prospecto preliminar protocolado no último dia 1º na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
No documento (prospecto preliminar), o Nubank relatou que a empresa já tem uma base de usuários de 48,1 milhões no final do terceiro trimestre deste ano, sendo 35,3 milhões de clientes mensais ativos. Vale ressaltar que o banco digital faz intermediação com as teles nas recargas de pré-pagos móveis dos usuários.
Para que o Nubank inicie sua entrada e cresça no segmento, é necessário que haja uma amadurecimento da infraestrutura doméstica, já que a dependência do modelos de negócios da empresa frente às redes de telecomunicações é um fator de risco para a operação, assim como relação com outros fornecedores de TI, sistemas e hospedagem.
“O crescimento é limitado por infraestrutura inadequada, incluindo potencial escassez de energia e deficiências nos setores de transporte, logística e telecomunicações, greves gerais, falta de mão de obra qualificada e falta de investimentos privados nessas áreas, o que limita a produtividade e a eficiência”, declarou a fintech.
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Quanto à sua abertura na Bolsa de Nova York, a fintech pretende vender cerca de 289 milhões de ações ordinárias no IPO, onde poderá levantar até US$ 3,6 bilhões ao longo do processo. De acordo com o documento, os recursos líquidos deverão ser direcionados para o capital de giro, despesas operacionais, de capital, investimento e eventuais aquisições. No prospecto preliminar, a Nubank também protocolou a oferta de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) na B3.