24/11/2024

Provedora de internet é suspeita de pagar traficantes por serviços em comunidades

Empresa suspeita de monopolizar o serviço nas comunidades do Rio de Janeiro realiza pagamento mensal para traficantes dessas áreas.

Na manhã desta sexta-feira (19), a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação contra uma empresa provedora de internet suspeita de pagar a traficantes para explorar com exclusividade o serviço de internet em algumas comunidades. A operação foi denominada de “Tráfico.com” e atua a partir da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio.

A ação foi realizada nas comunidades do Morro dos Macacos (Vila Isabel), Manoel Correa e Jardim Nautilus (Cabo Frio), Vila Tiradentes (São João de Meriti), Jacaré (Niterói) e Dendê (Ilha do Governador), onde há suspeita dessa atuação dos traficantes com a provedora.

Segundo investigação da DDSD (Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados), a empresa, que não teve seu nome revelado, paga valores semanais aos líderes do tráfico para distribuir sinal de internet, telefonia e TV a cabo nessas comunidades, impedindo assim a atuação de outras operadoras nas localidades.

Com o pagamento realizado, os cabos das outras empresas eram cortados pelos criminosos, que ainda ameaçavam de morte as equipes que iam fazer reparos na rede. Com isso, era criado um verdadeiro monopólio da provedora na região, que estima ter mais de 20 mil clientes, o que totaliza um faturamento bruto mensal de mais de R$ 1 milhão.

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Segundo relatos de funcionários da Vivo, Claro e Oi, quando eles chegavam as comunidades dominadas pela empresa que pagava aos traficantes, homens armados os abordavam e os expulsavam sob ameaças de morte. A maioria das chamadas realizadas para essas áreas estão relacionadas a serviços de reparos em equipamentos que foram vandalizados ou incendiados pelos criminosos.

No entanto, as ameaças dos criminosos também eram feitas para as equipes que iam nas comunidades instalar redes que não pertenciam ao provedor associado ao trágico.

FonteG1

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