Parece que os problemas da Telecom Italia não param de surgir. Desde a proposta de aquisição da KKR para a empresa, o conselho de administração enfrentou uma crise por causa da oferta. Dessa vez, devido a uma expressão de preocupação sobre o futuro da companhia dada pelo sindicato das telecomunicações, os mais de 42 mil funcionários da Telecom Itália estão em estado de greve.
O Sindicato dos Trabalhadores em Comunicações ameaça convocar uma greve com o objetivo de evitar que os empregos dos trabalhadores fiquem em risco, além de exigir a participação em todas as decisões sobre a organização do grupo.
O fundo de investimento KKR ofereceu um valor de 10 bilhões de euros pelo controle total da Telecom Italia, onde foi criado um comitê para avaliar a oferta. Para facilitar a ação, até o CEO da companhia renunciou ao cargo, que foi ocupado pelo atual CEO da TIM Brasil, Pietro Labriola.
Embora o conglomerado francês Vivendi esteja indicando que não está interessado em vender sua participação de 24% na companhia, somente o apoio do conselho de administração da Telecom Italia e do governo italiano, teoricamente, seria o suficiente para que a companhia seja vendida para o fundo norte-americano.
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A Vivendi, uma das principais acionistas da empresa, resiste à oferta da KKR, por acreditar que a Telecom Italia tem um valor de mercado maior do que o valor que o fundo está ofertando. Enquanto que a autorização do governo para a liberação da transação depende dos planos da KKR em relação à rede fixa da empresa, uma vez que é a principal infraestrutura do país.
É percebível que a oferta do fundo KKR afetou substancialmente a estrutura da empresa e de seus funcionários. Desde a proposta apresentada, a Telecom Italia tem enfrentado momentos de tensão. Agora, basta aguardar para saber onde essa história vai dar.