22/11/2024

Itália quer o controle dos principais ativos da TIM em oferta da KKR

Fundo norte-americano apresentou proposta de compra da Telecom Italia para tornar a empresa um grupo de telecomunicações privado.

Desde que o fundo norte-americano KKR propôs a compra da Telecom Italia, a empresa se tornou o centro das atenções em relação ao setor de telecomunicações no país italiano. A cada dia, novas declarações são feitas por causa da proposta. Dessa vez, o ministro da Indústria, Giancarlo Giorgetti, disse que quer controlar os principais ativos estratégicos da empresa em qualquer aquisição.

A declaração foi dada nesta quarta-feira (12), em um sinal claro ao grupo de private equity norte-americano KKR (KKR. N). A TIM recebeu uma abordagem não vinculativa de 10,8 bilhões de euros (US$ 12,27 bilhões) do fundo com sede em Nova York, que pretende tornar o maior grupo de telecomunicações da Itália privado.

O antigo monopólio possui a maior infraestrutura de telecomunicações da Itália e Roma tem o poder de bloquear qualquer negócio envolvendo ativos considerados de interesse nacional.

A proposta de aquisição da KKR está condicionada ao apoio do conselho da Telecom Italia, assim como do governo, que detém 10% do controle da empresa por meio do banco estatal Cassa Depositi e Prestiti (CDP).

O impasse da venda também está relacionado ao maior acionista da TIM, a Vivendi (VIV.PA), que possui participação de 24% da telecom, e se faz contrária ao valor que foi oferecido, dizendo que a proposta da KKR não reflete o valor da empresa, enquanto que o CDP solicitou que elal reformule um projeto de fundir os seus ativos de rede com os da rival Open Fiber.

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Mudanças na Telecom Italia

Desde que foi apresentada a proposta da KKR, houve mudanças na TIM, como a caso do CEO Luigi Gubitosi, que deixou o cargo da empresa em novembro, após uma semana da abordagem de compra. Atualmente, os poderes do CEO da telecom foram divididos entre o presidente da TIM Brasil, Pietro Labriola, nomeado diretor-geral, e o presidente da TIM, Salvatore Rossi.

Entretanto, um grupo de diretores da Telecom Italia, incluindo a Vivendi, solicitaram ao presidente do grupo a convocação de uma reunião especial do conselho para determinar um novo chefe executivo, que está previsto para acontecer em 16 de janeiro.

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