O problema bem inusitado ocorreu na França, com os moradores de Messanges. O que aconteceu foi que o acesso a internet foi cortado na região entre a meia noite e 3 da manhã, todos os dias do dia 18 (sexta-feira). Só que o problema não foi no provedor, e uma investigação chegou à conclusão de que o corte foi causado por um bloqueador de sinal que um pai usou para evitar que o filho acessasse a rede nas madrugadas.
O problema foi reportado a ANFR, órgão público responsável pela gestão de espectro de radiofrequência no país, por uma operadora que se intrigou com a falta de acesso à internet na região quanto às reclamações de moradores. Com isso, uma tecnologia do órgão foi investigar o caso no município.
No local, enquanto aguardava próximo a antena de telefonia celular da operadora, ao dar meia-noite, o técnico observou que os equipamentos indicavam uma alteração no sinal, cujo gráfico não deixava dúvidas, havia um bloqueio em uso ali. A questão era descobrir quem estava usando o equipamento e o porquê.
Para descobrir causador de toda a confusão, o técnico usou um localizador de rádio no teto do seu veículo e um receptor portátil de sinal, e chegou a uma casa no município próximo. Ao retornar a casa ao amanhecer o dia, o dono da residência admitiu que estava usando um bloqueador de sinal comprado pela internet.
Ao ser questionado sobre o horário de ativação (entre 0:00 e 3:00), o homem afirmou que seus filhos estavam viciados em internet, principalmente devido ao confinamento imposto pela pandemia e que pretendia evitar que eles acessassem a rede durante as madrugadas.
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Embora tenha roteador que programe o horário de funcionamento da rede Wi-Fi, o morador optou por comprar um bloqueador, após pesquisar uma solução fóruns, uma vez que na primeira opção, os filhos ainda podiam acessar a internet via 4G. No entanto, ele não esperava que o aparelho fosse afetar seus vizinhos e outros moradores de Messanges.
Proibição
Na França é proibido o uso de bloqueadores de sinais, sendo assim além de ter deixado muita gente sem internet, o homem ainda infringiu a lei francesa. Com isso, ele teve o equipamento apreendido e enfrenta processos judiciais, que podem resultar em até seis meses de prisão e multa de 30.000 euros.
No Brasil, esse tipo de equipamento é restrito a uso em presídios ou áreas de segurança e deve ser autorizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).