As operadoras de telecomunicações já têm mais trabalhadores em seus call centers do que os empregos gerados diretamente com os serviços de telecomunicações. Conforme o estudo divulgado pela Telebrasil (associação mantidas pelas empresas), o setor de telecomunicações (o que inclui indústria e serviços) fechou o ano com 469,5 mil trabalhadores, crescimento de 10% frente a 2010 (com 425,7 mil). Deste total, 220,4 mil estão trabalhando em quatro empresas de call centers das operadoras de telecomunicações.
Se forem excluídos os empregos da indústria (33,1 mil vagas), o número de empregos diretos gerados pelas operadoras de telecomunicações no ano passado foi de 210,9 mil. Deste contingente, ainda conforme a entidade, 50,6 mil empregados atuam diretamente com a implantação de rede e infraestrutura e 165,5 mil com a prestação do serviço de telecom.
O número de contratações de trabalhadores para os serviços de telecomunicações cresceu na mesma proporção da contratação de mão-de-obra para o call center. Houve um incremento de 11,6% no número de trabalhadores alocados para a prestação do serviço frente a 2010 (que contava com 197,5 mil empregados), igual crescimento em relação às contratações para o call center (que passou de 197,5 mil em 2010 para 220,4 mil em 2011).
Esse contingente leva em consideração apenas os trabalhadores contratados diretamente pelas operadoras de telefonia fixa e de celular, não incluindo os empregados que atuam nas empresas fornecedoras.
A entidade acompanha apenas o nível de empregos das empresas de call centers diretamente vinculadas às operadoras de telecomunicações: Brasil Center (da Claro); Atento (Vivo); Contax (Oi) e ACS (CTBC).
A indústria registrou crescimento maior na contratação de mão-de-obra, embora empregue muito menos pessoas. Os fabricantes do setor aumentaram em 13% os postos de trabalho em relação da 2010, que tinha 29,3 milhões de empregados.