22/11/2024

EUA interrompe o fornecimento de chips da Intel e Nvidia para a Rússia

Medida do país norte-americano corta o acesso do país russo à indústria de chip como resposta à invasão da Ucrânia; entenda o caso.

Nos últimos dias temos observado atentamente a invasão da Rússia à Ucrânia, e tal ação já está tendo reação dos governos ocidentais. Uma dessas reações veio dos Estados Unidos, que cortou o acesso do país russo à indústria de chips. Essa é uma das consequências imediatas ao controle de exportações anunciado pelo governo dos EUA de Joe Biden em resposta à invasão da Ucrânia.

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.

As consequências dessa guerra terão fortes impactos na indústria de tecnologia digital, inclusive deverá ser um possível tema para a maior feira e congresso do setor que será iniciado nesta segunda-feira (28), o MWC 22.

Entre essas medidas dos governos também está o corte do sistema de compensação de recursos financeiros internacional, chamado de Swift, presente no controle de exportação anunciado pelo presidente Biden, onde o objetivo é impedir que os fabricantes de chips vendam esses produtos para as mais de 40 fábricas militares russas.

De acordo com o anúncio dos Estados Unidos, foram listadas 49 entidades militares que terão acesso negado a semicondutores de ponta e outras importações de tecnologia críticas para o avanço militar.

De acordo com o jornal Financial Times, tal medida interrompe o fornecimento das principais fabricantes dos EUA, a Intel e a Nvidia. Ainda segundo o jornal, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, a maior fabricante de chip por encomenda do mundo, com mais da metade do mercado global, afirmou que também não irá realizar contratos com o país russo.

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Outro ponto da questão envolve os fabricantes chineses de chips, que segundo os analistas do setor divergem sobre o resultado da medida. A indústria chinesa foi banida do mercado estadunidense, e poderá então contar esse inesperado e enorme mercado russo que se abre, a depender de como a crise avance.

Embora haja a possibilidade das fabricantes chinesas fecharem contrato com a Rússia, há quem acredite que a produção da China não será capaz de atender a enorme demanda, além de que não teria tecnologia para os semicondutores mais sofisticados, utilizados na indústria bélica.

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