Para que negociação ocorra, Anatel terá que aumentar limite máximo de espectro por operadora. |
A TIM e a Claro entraram para a lista de empresas que querem comprar a Nextel, além da Vivo que já havia manifestado seu interesse em junho.
A NII Holdings, dona da Nextel no Brasil – com 70% de participação -, contratou o grupo Rotschild para ajudá-la a vender seu controle da operadora brasileira de celular.
Segundo a Reuters, a NII Holdings espera receber propostas de aquisição em setembro.
Apesar de ter registrado prejuízo operacional consolidado de US$ 20 milhões no segundo trimestre de 2018, a Nextel está atraindo o interesse das operadoras pelo constante aumento da sua base de clientes.
A operadora apresentou uma adição líquida de 65,7 mil clientes e fechou o semestre com 3,1 milhões de clientes.
A NII Holdings pretende arrecadar US$ 75 milhões em títulos conversíveis para se manter.
Entraves
Para que a TIM ou a Vivo consigam comprar a Nextel, será necessário mudar uma regra da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
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Trata-se do “spectrum cap”, ou seja, o limite máximo de espectro que uma operadora pode deter.
Caso a TIM ou a Vivo comprem a operadora da NII Holdings, elas irão estourar o limite máximo de espectro nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Assim, pelas regras atuais, para realizarem a nova aquisição, elas precisariam abrir mão de faixas de frequência, o que não seria muito vantajoso.
A Anatel vem estudando aumentar o “spectrum cap” para cada operadora, mas esse processo deve demorar.
A agência fez uma consulta pública sobre o assunto, que agora está sob análise na área técnica.
A proposta deverá ser encaminhada à Advocacia Geral da União (AGU) e, se aprovada, seguirá para votação no Conselho Diretor.