Inicialmente, a ação está focada em Goiás e no Distrito Federal; posteriormente, deve ser estendida para o Rio de Janeiro e Espírito Santo. |
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já bloqueou 243 mil celulares ‘piratas’ em dois meses de operação no estado de Goiás e no Distrito Federal. É um dado curioso já foi divulgado: a maioria dos aparelhos sem IMEI são ‘chipeiras’.
As chipeiras são equipamentos que permitem o roteamento direto entre redes IP, digitais e analógicas para as redes GSM de telefonia celular.
Segundo a Anatel, o maior problema são as fraudes de telecomunicações e o uso de chipeiras não homologadas. Celulares piratas efetivamente são aproximadamente 10% do total.
Em maio, mês em que o bloqueio começou, o projeto Siga interceptou 140 mil aparelhos sem IMEI, código de 15 algarismos que serve como registro mundial de equipamentos que usam redes de telefonia móvel. Desses, somente 13 mil seriam celulares.
Com os números de junho, o total de aparelhos sem IMEI identificado já chega a 243 mil.
Até o fim da semana, a agência espera saber quantos deles eram celulares, mas a proporção deve se manter.
Para o órgão regulador, o sistema está pronto para seguir o cronograma, que estende o bloqueio ao Rio de Janeiro e Espírito Santo, Sul, Centro-Oeste e parte do Norte a partir de 8 de dezembro.
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A ampliação dos bloqueios para além dos DDDs 61 e 62 vai dar traços mais nítidos ao verdadeiro perfil do que teles, fabricantes e Anatel consideram equipamentos irregulares, não homologados e sem o carimbo do mercado oficial representado pelo IMEI.
A antecipação do Rio de Janeiro, que trocou de lugar com São Paulo no cronograma do bloqueio, atende a pedido da intervenção federal e supostamente vai influenciar o uso de celulares em presídios.
Desde 2015, o Brasil se vale da lista internacional de IMEIs para identificar celulares roubados.
Para isso, é utilizado um sistema de Cadastro Nacional de Estações Móveis Impedidas (CEMI) que permite o bloqueio, já na delegacia de polícia, a partir do registro de ocorrência.
É essa familiaridade que indica o ingresso de 1 milhão de aparelhos ‘irregulares’ por mês nas redes móveis.
O Distrito Federal e Goiás têm juntos cerca de 10,8 milhões de chips de celular ativos. Isso representa 4,6% do total de chips no Brasil.
Os sem-IMEI bloqueados até aqui por sua vez são 2,2% desses quase 11 milhões de acessos ativos.