Mesmo fazendo a transferência ao falar com um falso funcionário da operadora, vítima quer denunciar a Vivo e exigir ajuda do banco. |
O Minha Operadora constantemente noticia casos de golpes por telefone, de supostos funcionários de operadoras que ligam para dar um prêmio ao consumidor. Já aconteceu usando o nome da Vivo e também da Claro e, na semana que passou, aconteceu mais um caso grave em Salvador, na Bahia, fazendo uma cliente da Vivo perder R$ 2 mil.
A mulher recebeu uma ligação de um suposto funcionário de sua operadora, dizendo que ela havia sido sorteada para ganhar um prêmio de R$ 10 mil, além de dois celulares gratuitamente. Para recebê-lo, precisava fazer uma transação bancária.
Durante a ligação, ela disse que não percebeu que se tratava de um golpe, e que o “atendente” sabia várias informações sobre seu plano de telefonia móvel.
Somente depois de depositar o valor, seguindo as instruções do homem em seu aplicativo do banco e preenchendo números de um suposto código de cliente, que ela percebeu que havia sido mais uma vítima. O código “99971” passado, na verdade, era o valor de R$ 999,71 de uma transferência.
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O Jornal da Manhã de Bahia, da Rede Globo, fez uma reportagem sobre o caso e mostrou que a prima da mulher ligou para o número para desmascarar o bandido. Para a surpresa das duas, o homem ainda fez uma chamada de vídeo pelo celular e mostrou de onde fez a ligação: de dentro do presídio. Aproveitou para zombar da vítima do golpe e dizer que “já estava preso”.
Ao noticiário, a mulher disse que deve processar a Vivo, porque acredita que os dados sobre seu plano podem ter vazado, já que o bandido falava informações sobre pacotes e linhas que ela tinha em seu nome. Uma página de promoção da operadora foi usada pelo bandido para enganá-la, mas, claramente, não se tratava da oferta anunciada pelo suposto funcionário no telefone.
Nem a Vivo nem o banco da mulher devem devolver os R$ 2 mil perdidos. O banco informou para ela que não há como recuperar o dinheiro, já que a transferência foi feita por livre e espontânea vontade por parte da cliente. O que fará, no entanto, é investigar o usuário da conta que foi feita a transferência, já que é do mesmo banco.
Como já anunciou outras vezes em nota, a Vivo apenas afirmou que nenhum funcionário faz contatos com clientes para informar sobre prêmios, e nem para solicitar dados bancários ou sugerir transações financeiras desse tipo.