Acesso à internet em casa e no celular é restrito no país, que deve iniciar a expansão do 3G, enquanto outros países já avançam no 4G e até no 5G. |
A internet de qualidade no Brasil está longe de ser oferecida para todos, mas há países onde a situação é ainda pior. Imagine morar em um país onde menos de 40% da população acessa a rede? Onde redes sociais podem ser bloqueadas? Onde jornalistas e médicos podem ter internet, mas não cidadãos comuns? Em Cuba, esses são apenas alguns problemas que os usuários enfrentam.
Mas a situação pode mudar, já que a internet móvel começou a ser liberada para os moradores, através da operadora estatal ETECSA. De acordo com uma reportagem da Reuters, Cuba deve lançar a internet nos celulares de seus 5 milhões de clientes de telefonia móvel em todo o país até o final de 2018.
A campanha de expansão pretende aumentar o acesso à internet para impulsionar a economia e ajudar os cubanos. A ação também deve enfraquecer o controle do governo sobre quais informações chegam às pessoas. Para alguns, a mudança tem sido radical no país.
Até 2013, a internet em Cuba só estava disponível para o público em hotéis turísticos. Com o tempo, o governo começou a priorizar a conectividade, oferecendo pontos de acesso Wi-Fi externos em cibercafés e em algumas residências.
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Em um documento de 2015 sobre estratégia para a internet, o governo cubano disse, na época, que pretendia conectar pelo menos metade das casas até 2020 e pelo menos 60% dos telefones. Mas, de acordo com a presidente da operadora ETECSA, Mayra Arevich, em dezembro apenas 11 mil casas foram conectadas no ano passado.
Além de tudo, a maioria de smartphones que estão sendo conectados à rede móvel estão apenas com a tecnologia 3G, embora a maior parte da América Latina já esteja passando para o 4G.
De toda forma, o preço ainda deve ser um empecilho para a população. Os pontos de acesso de Wi-Fi atualmente cobram US$ 1 por hora, enquanto o salário médio mensal no país é de US$ 30. Se a internet móvel será cobrada dessa forma não se sabe, mas, por enquanto, a operadora já cobra de empresas e embaixadas o valor de US$ 45 por mês a cada 4GB.
Com informações da Reuters