Comissão de Valores Mobiliários chegou a essa conclusão após dois anos e meio de investigações. |
De acordo com um relatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), após dois anos e meio de investigações, diversos ex-executivos da operadora Oi receberam valores indevidos, sem prévia aprovação de assembleia geral ou do conselho de administração. As informações foram reunidas com base na análise da oferta global de ações da Oi em 2014.
Os valores pagos de forma indevida foram os seguintes:
– Bônus de R$ 40 milhões pagos ao então presidente Zeinal Bava;
– R$ 8 milhões para Bayard Gontijo, que atuava como diretor financeiro. Além desse valor, pela oferta pública, Gontijo também recebeu R$ 12,4 milhões, pelas negociações com a Portugal Telecom;
– Gontijo também determinou o pagamento de R$ 6,07 milhões ao então diretor jurídico, Eurico Teles, que é o atual presidente da Oi;
– José Mauro Cunha, presidente do conselho, foram pagos R$ 2 milhões;
– José Augusto Figueira, secretário do conselho e membro suplente, recebeu R$ 1 milhão.
VIU ISSO?
Segundo a CVM esses pagamentos irregulares geraram graves irregularidades nas demonstrações financeiras de 2014. “Esses personagens estiveram nas duas pontas do negócio, isto é, tanto participaram do arranjo que envolveu o pagamento e recebimento de vantagens indevidas, quanto elaboraram ou aprovaram as demonstrações financeiras que escamotearam as operações irregulares”, diz o relatório do inquérito que deu origem PAS CVM Nº 19957.004416/2016-00.
A Oi não irá se pronunciar sobre o caso.