O Minha Operadora conheceu o espaço de TI da companhia em São Paulo, voltado às soluções tecnológicas para o mercado corporativo e seus consumidores finais. |
Assim como fazemos com outras operadoras, o Minha Operadora vem acompanhando as transformações da Oi, que passou por um longo processo de recuperação judicial até ter seu plano aprovado, vem investindo em transformações digitais voltadas aos consumidores de celular, TV e internet e busca crescer seu market share no Brasil. Mas, entre seus grandes destaques como operadora nacional, está algo ainda pouco divulgado: as soluções para o mercado corporativo.
E aí você se pergunta: o que eu tenho a ver com as empresas que podem contratar serviços da Oi no segmento B2B? Bem, muita coisa, se considerar que são os dados dos clientes B2C, através de seus chips Oi, que são analisados pela empresa ao fornecer campanhas aos seus clientes corporativos. Sabe aquela rede varejista que você faz compras, a companhia aérea que conhece? Seguradoras, empresa de área financeira ou mesmo o governo? São para eles que a Oi oferece soluções tecnológicas. A ideia é que o resultado final da compra desses serviços seja utilizado justamente pelos clientes desses clientes da Oi. O que significa que, de uma forma ou de outra, chegará até você.
Atualmente, a Oi possui 5 mil clientes no segmento corporativo. Nos últimos três anos, cerca de R$ 100 milhões foram investidos em soluções de TI para esse público, com portfólio baseado em soluções que passam por quatro pilares de atuação:
- Cloud/Data Center (Nuvem/Centro de processamento de dados);
- Segurança;
- IoT (Internet das Coisas);
- Big Data (baseado em um grande volume de dados).
Em 2018, a Oi deve apostar principalmente em soluções de cloud (nuvem), segurança e gestão de serviços. Dentro de três anos, a empresa pretende ampliar a sua receita de TI em pelo menos 25%.
Transformação digital no Showroom
Segundo o executivo, o site, a loja física e o 0800 de uma empresa devem caminhar sempre juntos, e a ideia é que toda essa transformação que vem sendo falada possa sair de palestras motivacionais e entrar em negócios reais, fazendo o cliente ganhar dinheiro, ao mesmo tempo em que melhora a experiência do seu consumidor.
Videoconferência como comunicação unificada
Exemplos práticos
- Hospital: Imagine que você chega em um hospital e precisa do atendimento de um especialista, mas que não está disponível no local naquele momento. Segundo a Oi, a videoconferência pode ser utilizada para garantir, na área da saúde, um primeiro atendimento via câmera para sanar a crise.
- Rede farmacêutica: Em uma rede de farmácias, a exemplo do que já ocorreu nos Estados Unidos, já é possível que uma pessoa entre em uma sala virtual e seja consultada por um farmacêutico que não necessariamente está ali a sua frente, e sim fazendo um primeiro atendimento à distância – com entrevistas e indicações para que a pessoa possa medir sua pressão sozinha, por exemplo. Com isso, um bom profissional pode atender várias unidades sem precisar se locomover de um lugar para outro. “Tem toda a questão da indústria 4.0, a saúde 4.0. Todo mundo sabe que tem, é legal, mas por enquanto é só legal. Mas já existe a preocupação grande de deixar de ser legal e passar a ser um fato”, garante Malta.
- Varejo: No varejo, é possível levar essa dinâmica para treinamentos, tomadas de decisão e algumas convenções. Todo o monitoramento ou a comunicação podem ser feitos pela nuvem, a princípio através de uma pequena caixa entregue pela Oi por meio de um motoboy. Ao ligá-lo na tomada, junto com uma rede 4G, por exemplo, é possível prestar todo o serviço de comunicação para a loja.
Sensores de IoT
Exemplos práticos
- Elevatórias/empresas de energia: nesse caso, o cliente consegue saber o tempo em que esteve sem energia, com energia e com a bomba desarmada. Os gestores operacionais de uma empresa de energia, por exemplo, conseguem ter uma visão ampla sobre seu funcionamento e, através dos sensores de IoT, podem evitar a falta de energia, detectar problemas e direcionar os times certos de manutenção para solucioná-los.
- Farmácias: checar se o sistema de pagamento de uma rede farmacêutica está funcionando ou, na parte de infraestrutura, inserir sensores que monitorem a temperatura de geladeiras que refrigeram medicamentos, além de controlar a abertura de porta (quantas vezes foi aberta), a programação de horários para a retirada, etc.
- Estabelecimentos no geral: é possível instalar sensores que alertem se o ar-condicionado caiu em uma loja ou outro estabelecimento. Dependendo da gravidade da situação, os gestores conseguem saber se acionam a concessionária (problema de energia), ou apenas um técnico.
Varejo Conectado
- Supermercados: É dono de um supermercado? Que tal monitorar as geladeiras e prateleiras? Elas estão cheias, vazias? Precisam de abastecimento? Por meio dos sensores, de câmeras instaladas, as máquinas começam a reconhecer objetos e alertar automaticamente quando determinado produto não está mais disponível. Se quiser, é possível até interagir com elas, pedindo fotos, por exemplo. E por ser baseada em inteligência artificial, a máquina vai reaprendendo e se autoalimentando, como provavelmente acontecerá em algumas casas futuramente.
- Fabricantes: A tecnologia passa a ser interessante não apenas para supermercados, mas também para fabricantes que têm uma geladeira instalada no local. Imagine, por exemplo, que a Coca-Cola instalou ‘geladeiras conectadas’ apenas com seus refrigerantes em uma rede de mercados. A própria tecnologia consegue manter a temperatura gelada e gerar dados que possam evitar experiências negativas para o cliente.
Oi Wi-Fi Business
- Varejo: para as empresas de varejo, o Wi-Fi Business funciona exatamente para entender onde seus clientes mais circulam, os hábitos que têm e para que, assim, possam tomar ações específicas. A partir da conexão espontânea do cliente, as lojas e os mercados passam a conhecer melhor seu consumidor, com informações que vão além do CPF informado no caixa: idade, sexo, região onde mora – todos esses dados podem ganhar valor. Já os clientes, ganham ao receber alertas sobre produtos que gostam, ou podem acessar mapas da loja, descobrindo de forma mais prática como chegar onde querem, seja em busca de um produto ou a localização do banheiro.
- Hotéis: Para clientes da rede hoteleira, é possível explorar as informações que ajudam o usuário conectado. Facilitar o check-in, check-out, ajustar a temperatura do quarto ou a programação da TV de forma antecipada são algumas possibilidades.
- Financeiro/Saúde: Tanto bancos quanto hospitais podem explorar a tecnologia de interação para oferecer senhas de atendimento também antecipadas, além de analisar o atendimento oferecido.
- Educação: Na área de educação, as escolas podem adquirir a tecnologia para reunir informações relevantes sobre os alunos, como dados de frequência. Também é possível programar o envio de alertas aos pais ou sugestões de leitura.
Big Data e Analytics
- Turismo
- Mobilidade urbana
Apenas através da movimentação que fazem com seus celulares, a Oi consegue analisar o comportamento de um determinado grupo de pessoas. E é justamente essa análise de dados que vende para seus clientes corporativos.
As informações que a operadora consegue não aparecem da coordenada do GPS de seus clientes, e sim do chip, que mostra uma região de quatro quadras pela qual o usuário se movimenta. O lugar acaba não sendo exato para dar uma folga na privacidade e proteger a segurança dos clientes.
Lembra do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco? Por meio das redes de telefonia e seus chips de celular, as operadoras puderam ajudar a polícia ao informar exatamente quantos aparelhos fizeram ligações ou mandaram mensagens nas proximidades do crime, mas alegando que há sempre uma proteção de dados por trás desse processo.
O governo, por outro lado, pode contratar o mapeamento para fazer campanhas de vacinação. De acordo com o objetivo do cliente corporativo, a Oi consegue remodelar o sistema e criar novas associações de dados.
Segurança (SOC – Security Operation Center)
Diferenciais