O RCS é a resposta das operadoras ao sucesso de apps como o WhatsApp; confira como funciona esse padrão de mensagens apontado como sucessor do SMS. |
Você já ouviu falar no RCS, sigla correspondente à Rich Communications Service? Bom, saiba que essas três letrinhas estarão cada vez mais em evidência no noticiário sobre telecomunicações, já que é uma tecnologia apontada como sucessora do tradicional SMS, e que inclusive já está disponível no Brasil, através da Oi, que anunciou a chegada do recurso no início do mês.
Com o avanço dos smartphones e a popularização de apps, as tradicionais mensagens de texto – os SMS – parecem nos dias de hoje uma gota de retrocesso em um mar de renovações constantes. As limitações da tecnologia fizeram com que mensageiros instantâneos, como o WhatsApp, virassem o centro das atenções, deixando o SMS como uma forma de importunar os usuários com propagandas.
O embrião do RCS surge justamente dessa virada de mesa a favor dos aplicativos de mensageiros instantâneos. Em 2016 a associação global de operadoras se juntaram ao Google para delimitar um novo padrão de mensagens, o Rich Communications Service – Serviço de Comunicação Rica. Mas, rica em quê? Recursos e possibilidades
Esse novo padrão deixa de lado conceitos ainda carregados pelos SMS – como um curto limite de caracteres por mensagens, cobranças por mensagem envia ou por um pacote fechado que faz parte do plano e recursos multimídia limitados.
O RCS mira justamente nos mensageiros, oferecendo recursos que hoje em da está no dia a dia de boa parte das pessoas.
Dentre eles: suporte ao envio de áudio e vídeo, envio de imagens e adesivos, envio de mensagens que excedam 160 caracteres, criação de grupos, funcionamento via Wi-Fi, entre outras coisas. Ainda tem um detalhe crucial: a cobrança é baseada na sua franquia de dados, e não em algo extra, baseado numa quantidade de mensagens que você pode enviar.
Lembrando que embora seja baseado na mecânica de operação de apps como WhatsApp e Telegram o RCS não é um app em si, então para sua utilização não é necessário um aplicativo extra instalado, o que é essencial é que tanto a operadora quanto o sistema operacional do aparelho suportem a tecnologia.
A comunicação com essa abordagem mais atual depende que as operadoras adentrem no projeto, que estejam interessadas em também oferecer a tecnologia, o que criará uma malha em que não haverá restrições entre a comunicação de clientes com operadoras distintas.
Ao enviar uma mensagem RCS ela vai direto para os servidores da operadora que então repassa para um servidor certificado pela GSMA – associação de empresas do setor de telecomunicações, chamado Jibe Cloud. Esse servidor certificado é o responsável pelo repasse da mensagem ao destinatário. Caso você entre em contato com alguém que não tem o RCS a mensagem será enviada, à moda antiga, através do SMS.
Essa relação de ganho de mercado do RCS depende do apoio de operadoras, fabricantes de aparelhos e companhias responsáveis pelo desenvolvimento dos sistemas operacionais. A lista de apoiadores inclui 55 operadoras, 11 fabricantes de smartphones e 2 desenvolvedoras de sistema.
Como citamos no início a operadora Oi é a primeira a oferecer o RCS no Brasil. TIM e Vivo se manifestaram recentemente sobre o assunto. É bem provável que ambas também adotem o padrão ainda este ano, porém ainda estão em busca de parceiros.
VIU ISSO?
Entre as fabricantes de smartphones a Samsung é uma das que mais está alinhada ao Google na implantação da tecnologia. No ano passado a gigante sul-coreana divulgou um comunicado garantindo que a partir do Galaxy S8 e S8+ os Samsung Galaxy suportam nativamente o RCS.