Gigante chinesa enfrenta crise sem precedentes após suspeita de espionagem. |
A lista de países que anunciaram boicote a Huawei está aumentando a cada dia. A França informou recentemente que não pretende comprar equipamentos da companhia para implantar o 5G.
Com a nova adesão, já são seis países que estão impondo restrições a Huawei. Na semana passada, as três maiores empresas de telecomunicações do Japão disseram que não irão negociar com a fabricante chinesa e nem com a ZTE.
No final do mês passado, a agência de inteligência da Nova Zelândia rejeitou o primeiro pedido da indústria de telecomunicações do país para usar equipamentos 5G fornecidos pela Huawei Tecnologies.
O boicote à Huawei se deu diante da suspeita sobre a segurança dos equipamentos fornecidos pela empresa chinesa.
Em breve, o número de países barrando a Huawei pode ir a quase duas dezenas, já que a Deutscke Telekom indicou que pode se unir a esse movimento.
Além de ser a matriz da norte-americana T-Mobile, a alemã possui outras subsidiárias presentes em 11 países além dos Estados Unidos.
A Deutscke Telekom também aguarda análise sobre sua oferta de US$ 26 bilhões para comprar a Sprint.
Evitar comprar equipamentos da Huawei pode ser usado como moeda de troca para que as autoridades norte-americanas aprovem o negócio, conforme informações da Reuters.
VIU ISSO?
VIU ISSO?
O posicionamento da Deutscke Telekom não é consenso na Alemanha, onde outras empresas de telecomunicação já negociam com fornecedores chineses à medida que elaboram suas propostas para participar do leilão do 5G no início de 2019 no país.
Para analistas, as operadoras alemãs enfrentariam uma tarefa bastante árdua caso quisessem boicotar a chinesa, já que dependem muito da Huawei.
Como o boicote começou?
Os Estados Unidos levantaram sérias dúvidas sobre a segurança dos aparelhos da Huawei e apontam que os laços da empresa com o Governo chinês podem ser usados para haver espionagem cibernética.
O Governo norte-americano impediu que aparelhos da chinesa fossem comprados e iniciou uma onda de boicote pelo mundo.
Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Japão compunham a lista até a francesa Orange anunciar que vai recorrer a rivais da Huawei.
O caso dos britânicos é curioso, já que a Huawei abriu um laboratório de pesquisa na região para que as autoridades pudessem inspecionar aparelhos e códigos em busca de algum indicativo de que favorecessem algum monitoramento por parte do governo chinês.
Os norte-americanos também acusam a chinesa de ter furado o embargo imposto ao Irã e ter vendido ao país aparelhos que continham propriedade intelectual de companhias dos EUA.
A diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, chegou a ser presa à pedido dos Estados Unidos, mas foi solta na semana passada após pagar fiança milionária.