A receita em 2018 foi 7% mais baixa que a de 2017. |
A Oi revelou seu balanço financeiro referente ao quarto trimestre de 2018, e os números não foram nada animadores. A companhia, que perdeu 4,4% da sua base de telefonia móvel no ano passado, registou no período um prejuízo líquido de R$ 3,3 bilhões – aumento de 48,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O lucro líquido, considerando 2018 de forma completa, foi de R$ 24,6 milhões, enquanto a receita líquida registrada foi R$ 22,06 bilhões, valor que está 7% abaixo do que foi alcançado em 2017. Essa queda na receita tem relação com a retração do segmento residencial (11,7%) B2B (8%) e 3,1% em mobilidade pessoal (3,1%).
O prejuízo da Oi registrado no quarto trimestre de 2018 surpreendeu negativamente analistas do mercado de telecom. O valor é 5,5 vezes maior que a média das projeções de analistas do bancos Bradesco, BBI, Credit Suisse, Itaú BBA e Santander.
Para mudar o jogo, a empresa que está em recuperação judicial desde 2017 e que tem uma dívida bruta de R$ 16,45 bilhões (em 2017 era de R$ 54, 62 bilhões), terá que “suar a camisa”. Em 2018 a Oi investiu R$ 6,112 bilhões – 8% a mais que em 2017, e em 2019 pretende investir R$ 7 bilhões.
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Isso sem contar que a empresa também caminhará para a venda de ativos. Conforme já adiantou Carlos Brandão, diretor financeiro da Oi, em declaração ao jornal “O Globo”, inicialmente serão vendidos seis mil quilômetros de fibra ótica em São Paulo, cinco data centers espalhados pelo Brasil e um conjunto de 400 torres.
Até a divisão de telefonia móvel e fixa da Oi também poderia entrar na lista. Falando nelas, esses segmentos fizeram feio em 2018.
Em relação a telefonia fixa a receita retraiu 10,4% em relação ao ano anterior, fechando em R$ 8,2 bilhões. Já com a telefonia móvel a Oi fechou o ano com 35,03 milhões de clientes, valor 4,4% menor que o de 2017. Entre pré e pós, o pré é o que tem mais clientes – 27,2 milhões de linhas ativas, contra 7,7 milhões do pós. Já com a TV paga a Oi apresentou no quarto trimestre de 2018 um aumento de 6,1% no faturamento comparado ao mesmo período de 2017.