Dívida bruta da empresa fechou o ano em R$ 16,4 bilhões, queda de 69,9% na comparação com 2017. Leia as informações completas divulgadas pela operadora. |
No 4º trimestre de 2018 (4T18), o resultado financeiro líquido da Oi totalizou uma despesa de R$ 916 milhões, em comparação a uma despesa de R$ 1.455 milhões no 3º trimestre de 2018 (3T18) e a uma receita de R$ 1.927 milhões no mesmo trimestre do ano anterior.
No ano, a Companhia acumulou receita financeira de R$ 26.609 milhões vs despesas de R$ 3.197 milhões em 2017, resultado dos efeitos positivos resultantes da conclusão do processo de Recuperação Judicial da Companhia, homologado em 05 de Fevereiro de 2018, a saber, a reversão de juros e IR sobre a dívida, o haircut dos bonds e o ganho de Ajuste a Valor Justo (AVJ).
A redução trimestral é explicada principalmente pela contabilização de receitas de R$ 235 milhões no item “Resultado Cambial Líquido” por conta da valorização de 3,2% do Real vs Dólar no período (vs desvalorização no 3T18). Soma-se a isso, menores despesas de “Juros Líquidos”, principalmente nos juros das dívidas denominadas em moeda estrangeira, também beneficiado por tal apreciação.
Contribuindo negativamente para o comparativo trimestral, o item “Outras Receitas / Despesas Financeiras” somou R$ 663 milhões, decorrente de maiores despesas com tributos e contingências e despesas financeiras com juros sobre depósitos judiciais.
Menores despesas de “Juros Líquidos” e “Resultado Cambial Líquido” registradas no 4T18 vs 4T17 são explicadas pelo início da contabilização da dívida reestruturada no primeiro trimestre. Vale ressaltar que o item “Outras Receitas / Despesas Financeiras” no 4T17 contempla receitas de R$ 4.631 milhões, que reflete o impacto positivo gerado na revisão dos critérios de cálculo da provisão das contingências com a ANATEL.
No consolidado anual, a receita financeira de R$ 26.609 milhões registrada em 2018, é decorrente, principalmente, do impacto positivo em “Outras Receitas / Despesas Financeiras” da receita do ajuste a valor justo da dívida reestruturada (R$ 13,3 bilhões), do haircut dos bonds (R$ 11,6 bilhões) e da reversão de juros e IR acumulados durante o período de Recuperação Judicial (R$ 5,8 bilhões).
Lucro (Prejuízo) Líquido
No 4T18, o resultado operacional da Companhia antes do resultado financeiro e dos tributos (EBIT) foi negativo em R$ 5.694 milhões, comparado ao 4T17 também negativo em R$ 3.181 milhões e comparado ao trimestre anterior, negativo em R$ 6 milhões. No trimestre, a Companhia registrou resultado financeiro líquido negativo de R$ 916 milhões e resultado positivo na linha de Imposto de Renda e Contribuição Social, no valor de R$ 3.267 milhões, resultando em um prejuízo líquido consolidado de R$ 3.343 milhões.
Endividamento e Liquidez
A Oi S.A. apresentou dívida bruta consolidada de R$ 16.450 milhões no 4T18, um aumento de 1,9% ou R$ 313 milhões em relação ao registrado no 3T18. Quando comparado ao 4T17, a dívida bruta consolidada foi reduzida em 69,9% ou R$ 38.170 milhões. A redução no comparativo anual, conforme mencionado anteriormente, é resultado da conclusão do processo de Recuperação Judicial da Companhia, uma vez que os efeitos contábeis das condições contratuais das novas dívidas passaram a valer a partir de 05 de fevereiro de 2018, data da homologação do Plano.
O aumento no trimestre, por sua vez, é atribuído, principalmente, ao efeito do accrual (acumulado) de juros sobre as dívidas e da amortização do ajuste a valor justo (AVJ) no período, compensado, parcialmente, pelo impacto positivo da valorização do Real vs Dólar (3,2%) sobre a parcela da dívida denominada nesta moeda.
Ao final do 4T18, a parcela da dívida em moeda estrangeira representava 53,7% da dívida a valor justo e o prazo médio consolidado encontrava-se em cerca de 12 anos.
A companhia encerrou o 4T18 com caixa de R$ 4.624 milhões, uma redução de 10,4% em relação ao 3T18 e de 33,9% quando comparado a Dezembro de 2017, resultando em uma dívida líquida de R$ 11.826 milhões no trimestre. A redução no caixa no trimestre ocorreu, principalmente, em função da aceleração do Capex (montante de dinheiro despendido na aquisição de bens de capital) no período, além de obrigações pontuais relacionadas à implementação do Plano, incluindo pagamentos aos credores. Cabe ressaltar que, em janeiro de 2019, a companhia concluiu o aumento de capital, conforme previsto no PRJ, reforçando o caixa consolidado no montante de R$ 4,0 bilhões.
Receita Líquida
No 4T18, a receita líquida consolidada atingiu R$ 5.365 milhões, queda de 7,9% em relação ao 4T17 e de 2,1% em relação ao trimestre anterior. No trimestre, a receita líquida das operações brasileiras (“Brasil”) totalizou R$ 5.317 milhões (-8,0% em comparação com o 4T17 e -2,1% em relação ao 3T18) e a receita líquida das operações internacionais (África e Timor Leste) foi de R$ 48 milhões.
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No acumulado de 2018, a receita líquida total consolidada foi de R$ 22.060 milhões, queda de 7,3% em relação a 2017. A receita líquida das operações brasileiras (‘Brasil”) totalizou R$ 21.860 milhões em 2018, redução de 7,2% comparada a 2017, ao passo que a receita líquida das operações internacionais totalizou R$ 200 milhões em 2018, queda de 14,0% em relação ao ano anterior.
Brasil
No 4T18, a receita líquida das operações brasileiras totalizou R$ 5.317 milhões, redução de 8,0% na comparação anual e de 2,1% na comparação trimestral. A comparação anual ainda está parcialmente impactada pelo reajuste de tarifas ocorrido no 3T17, com reflexo nos segmentos residencial, mobilidade pessoal e pequenas empresas. Já a queda na comparação sequencial é explicada pela piora na performance do residencial, sendo parcialmente compensada pela boa performance da mobilidade.
Os três segmentos (Residencial, Mobilidade Pessoal e B2B) continuam sendo impactados pela queda do tráfego de voz. Por outro lado, a receita de dados do segmento de Mobilidade Pessoal e a receita de TV Paga do Residencial seguem crescendo, compensando parcialmente essa queda.
A receita líquida total de serviços, que exclui a receita de venda de aparelhos, totalizou R$ 5.253 milhões no 4T18, -8,2% em comparação ao 4T17 e -2,4% em comparação ao 3T18, enquanto a receita líquida total de clientes, que exclui a receita de venda de aparelhos e a receita de uso de rede, totalizou R$ 5.083 milhões no período, -7,9% versus o 4T17 e -2,8% versus o 3T18.
Resultados Operacionais
Residencial
A receita líquida do segmento Residencial totalizou R$ 2.003 milhões no 4T18, apresentando uma queda de 11,7% em relação ao 4T17. Na comparação trimestral, a receita do segmento reduziu 3,9% versus 3T18. A queda da receita de telefonia fixa e de banda larga foi parcialmente compensada pelo crescimento anual de 2,2% da receita de TV paga.
No 4T18, a Companhia acelerou ainda mais os investimentos em fibra para levar banda larga de altíssima velocidade até a casa do cliente e oferecer uma melhor experiência, dando sequência à estratégia estruturante para rentabilizar o segmento. Este projeto utiliza uma abordagem inovadora chamada de “Reuso de Rede”, em que alavanca-se a robustez da sua rede de transporte e a capilaridade da rede de fibra metropolitana para expandir a disponibilidade de Fiber-to-the-home (FTTH) com mais agilidade, a um custo, em média, 30% menor que a abordagem tradicional e de forma mais eficiente comercialmente, atendendo o aumento da demanda de mercado.
A Companhia registrou 14.746 mil UGRs no segmento Residencial ao final do 4T18, queda anual de 7,2% em comparação ao 4T17 e de 2,8% em relação ao 3T18, devido principalmente à redução da base de telefonia fixa, seguindo a tendência natural do mercado de redução do uso de voz, e da base de banda larga.
ARPU (Receita Média por Cliente) Residencial
No 4T18, o ARPU do segmento Residencial foi de R$ 79,6, queda anual de -2,1% e de -0,8% na comparação trimestral.
Fixo
A Oi encerrou o 4T18 com 8.276 mil clientes de telefonia fixa no segmento Residencial, redução de 10,4% comparada ao 4T17 e de 3,5% comparada ao 3T18. Essa queda reflete a continuidade da tendência de mercado de redução de demanda por voz e substituição pela móvel, mais especificamente, por dados. Como consequência, o ARPU do fixo, considerando a interconexão, caiu 9,3% em relação ao ano anterior.
A estratégia da Companhia vem sendo focar cada vez mais em ofertas convergentes e de maior rentabilização, como também em fidelizar a base de clientes, reduzindo as taxas de churn do segmento. No trimestre, os clientes que possuíam mais de um produto da Oi em suas residências cresceram 1,6 p.p versus o 4T17 e +0,2 p.p. versus o 3T18.
Banda Larga
A Companhia registrou 4.883 mil UGRs (Unidades Geradoras de Receita) de banda larga fixa no segmento Residencial ao final do 4T18, apresentando uma queda de 5,3% versus 4T17 e de 2,6% versus 3T18. A acentuada competição, especialmente com os players locais que atuam na oferta de serviços de banda larga em pequenas cidades, fora dos grandes centros urbanos, tem continuado a ser o principal ofensor ao crescimento do produto.
Como estratégia, a Companhia continua a intensificar a atividade comercial com diferenciação de mercado regionalizada e adotando medidas pontuais para adequar as ofertas para cada tipo de cliente.
A base atual de banda larga da companhia é formada quase em sua totalidade por acessos via cobre (VDSL e ADSL). Em paralelo às ações comerciais descritas acima, que visam defender a base existente, no segundo semestre do ano, a Companhia acelerou o projeto de implantação de rede de fibra até a casa do cliente (FTTH – Fiber to the home) como principal alavanca para a retomada do crescimento, com base no diferencial de infraestrutura da Oi.
FIBRA
No 4T18, a Companhia acelerou os investimentos em fibra, com a estratégia do “Reuso”, que é capaz de entregar banda larga de alta velocidade, de maneira mais rápida e eficiente, na casa do cliente. Ao final de 2018, a Oi atingiu 1,2 milhão de casas passadas com fibra (Homes passed), construindo a metade disso, aproximadamente 600 mil casas, apenas nos últimos 5 meses de 2018. A companhia já está operando com capacidade de construir mais de 200 mil Homes Passed por mês e planeja encerrar o ano com mais de 3.600 HPs.
A Oi encerrou o ano com 92 mil clientes conectados à Fibra, alcançando a marca de 100 mil clientes nos primeiros dias de janeiro de 2019. O Oi Fibra estava presente em dezembro de 2018 em 27 municípios, sendo 10 capitais e o plano da Companhia é chegar a 62 cidades ao longo de 2019.
Adicionalmente, com a estratégia de aceleração da venda de FTTH, a Oi passou a comercializar também o IPTV na fibra.
TV Paga
No 4T18, a base de TV paga do Residencial manteve os crescimentos dos últimos trimestres, apresentando um aumento de 6,1% comparada ao 4T17 e de 0,5% em relação ao trimestre anterior, atingindo 1.587 mil UGRs.
As adições líquidas (net adds) de TV paga totalizaram 91 mil UGRs em relação ao 4T17 e 8 mil UGRs em relação ao 3T18. A penetração da TV paga em residências com telefonia fixa alcançou 19,2% no trimestre, um crescimento anual de 3,0 p.p. e sequencial de 0,8 p.p. No trimestre, o ARPU do produto ficou em linha com o apresentado no 3T18.
O Oi TV é um produto fundamental na estratégia de convergência do segmento Residencial e vem contribuindo diretamente para a expansão das vendas do Oi Total. É um produto diferenciado que oferece um amplo leque de conteúdo, com canais HD (incluindo canais abertos) em todos os planos, sendo que a oferta mais completa inclui 186 canais, com 64 em HD. Também oferece serviços como o PenVR (serviço de gravação de conteúdos e live/pause via pen drive disponível para contratação em qualquer plano) e iPPV (compra de eventos Pay Per View pelo controle remoto). Além disso, a Oi também disponibiliza o serviço de TV Everywhere, que contempla a plataforma virtual “Oi Play”, reforçando o posicionamento da Oi em oferecer uma melhor experiência e maior autonomia aos seus clientes por meio da digitalização dos serviços.
Mobilidade Pessoal
A receita líquida de Mobilidade Pessoal totalizou R$ 1.829 milhões no 4T18, queda de 3,1% em relação ao 4T17 e crescimento de 0,9% em comparação ao 3T18. A comparação anual ainda está parcialmente impactada pelo reajuste de tarifas ocorrido no 3T17 e pela receita de voz, cujo mercado está encolhendo. O crescimento na comparação trimestral ocorre pautado no crescimento das receitas do pós pago (+1,1%).
O pré-pago, que representa parcela relevante do total de receita de mobilidade, segue uma tendência de retração no mercado, impactado tanto pelas altas taxas de desemprego, como pela redução das tarifas de interconexão e o processo de migração de voz pra dados, que promovem uma consolidação de chips no mercado, eliminando a necessidade de que um cliente tenha um chip para cada operadora.
Esse movimento observado no pré-pago beneficia o pós com a migração de clientes pré para ofertas mais atraentes, em especial nos planos controle. Em 2018 a base de usuários pós-pagos apresentou crescimento de 1 milhão.
Este desempenho positivo da Mobilidade Pessoal é resultado não só da estratégia de conversão dos clientes de pré-pago em controle, mas também do novo portfólio de ofertas da Oi, que estão muito mais simples e alinhados à tendência do mercado de migração de serviços de voz para dados. O lançamento do novo portfólio foi possível graças ao aumento de investimentos em 4G e 4,5G, que proporcionam aumento de capacidade de tráfego na rede, com melhor performance de uso e, consequentemente, melhoria substancial da experiência do cliente. A Companhia está acelerando o processo de refarming da faixa de frequência de 1.8Ghz para o 4G e 4,5G, já alcançando 23 cidades com estas funcionalidades este ano e a expectativa é de que atinja 41 cidades ainda no primeiro semestre de 2019.
No pós-pago, a Oi apresenta ofertas com franquias de dados de até 50GB, com serviço de voz ilimitado, compartilhamento de franquia entre os demais usuários do plano e a possibilidade de compra de pacotes adicionais, de acordo com as demandas dos usuários. No pré-pago e controle, as ofertas passaram a oferecer a possibilidade de escolher entre a utilização de voz ou dados, sem limites de trocas e nem custos adicionais, diretamente pelo aplicativo Minha Oi. Em 16 de outubro, foi lançado o Novo Oi Livre, que concede franquia de voz e dados pelo mês inteiro para qualquer valor de recarga, além de WhatsApp e Messenger sem descontar da franquia. No Controle, além de ter WhatsApp e Messenger liberado, os clientes do plano Intermediário podem usar o Facebook sem descontar da franquia e os do plano mais premium também contam com acesso liberado para Instagram, YouTube e Netflix.
A receita de clientes, que exclui interconexão e aparelhos, totalizou R$ 1.664 milhões no 4T18, queda anual de 1,7% e em linha com o trimestre anterior (-0,4%), devido aos motivos explicados anteriormente. No mesmo período, a receita de dados totalizou R$ 1.338 milhões, crescimento anual de 28,9% e sequencial de 6,3%, atingindo 80,4% do total da receita de clientes no trimestre (contra 61,3% no 4T17). No ano, a receita de clientes encolheu 4,4 %, quando comparada a 2017, fechando em R$ 6.608 milhões.
Já a receita de uso de rede somou R$ 103 milhões no 4T18, -23,8% versus 4T17, e aumento de 8,0% versus 3T18, a comparação anual é impactada pela redução das tarifas de VUM. Em fevereiro de 2018, as tarifas reduziram para R$ 0,02606, R$ 0,02815 e R$ 0,04141 nas Regiões I, II e III, respectivamente. A ANATEL aprovou os seguintes cortes futuros para 2019: R$ 0,01379, R$ 0,01471 e R$ 0,02517, nas Regiões I, II e III, respectivamente.
No que tange as vendas de aparelhos, a receita totalizou R$ 62 milhões no 4T18, comparada aos R$ 60 milhões no 4T17 e R$ 48 milhões no 3T18.
A Oi encerrou o 4T18 com 35.033 mil UGRs em Mobilidade Pessoal, queda de 4,4% em relação ao 4T17. A análise sequencial, apresentou encolhimento de 3,9%, devido principalmente ao encolhimento do segmento pré-pago, que representa a maior parte da nossa base de clientes móveis. De 1.615 mil desconexões líquidas no 4T18 versus 4T17, 2.624 mil desconexões líquidas foram no pré-pago e 1.009 mil adições líquidas no pós-pago, ao comparar com o trimestre anterior, o pré-pago apresentou redução de 6,2% em adições líquidas enquanto o pós-pago cresceu 5,2%.
No 4T18, a base total de clientes móveis da Oi (Mobilidade Pessoal + B2B) totalizou 37.703 mil UGRs, sendo 35.033 mil no segmento de Mobilidade Pessoal e 2.670 mil no segmento B2B. No trimestre, as adições brutas totais de clientes móveis da Oi totalizaram 4,6 milhões e as desconexões líquidas foram de 1.203 mil comparadas ao trimestre anterior.
Pré-pago
No 4T18, o segmento pré-pago apresentou 27.293 mil UGRs, redução de 8,8% em relação ao 4T17, em função da política de desconexão de clientes inativos e da migração de clientes de pré-pago para pós-pago e controle. O total de recargas (pré + controle) subiu na comparação com o 3T18 (1,8%), mas permanece no mesmo patamar que no 4T17 (-0,1%). Já o número de inseridores diminuiu em 7,1%, comparando 4T18 com 4T17. Duas razões que contribuíram para essa redução: (i) encolhimento do mercado de pré-pago como um todo e (ii) a alta taxa de desemprego, que tem efeito direto na receita do segmento. Assim, a receita, incluindo longa distância, caiu 3,4% na comparação anual. Embora tenha um maior número de recargas, reflexo da oferta que estimula os clientes a aumentarem a quantidade das mesmas, esse aumento ainda não é sentido na receita devido ao menor número de inseridores.
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A principal oferta do segmento é o Oi Livre, que já representa 72,3% da base do pré-pago e tem obtido sucesso em rentabilizar a base, dado que a recarga média dessa oferta é maior que as demais ofertas do pré-pago.
Com isso, o ARPU do pré-pago continuou crescendo, aumentando 9% em relação ao 4T17 e 4,1% em relação ao 3T18. Pelo aplicativo Minha Oi, os clientes podem escolher entre a utilização de voz ou dados, sem limites de trocas e sem custos adicionais.
Pós-pago
A Oi encerrou o 4T18 com 7.741 mil UGRs no pós-pago + controle, crescendo em 15% a base no ano e 5,2% no trimestre, reflexo da estratégia adotada de fidelizar o cliente através da conversão de pré-pago para pós e controle. As adições brutas cresceram 40,1% no ano e 12,6% no trimestre, resultando em net adds de 1.009 mil UGRs no ano e 386 mil UGRs no trimestre. No 4T18, o segmento passou a representar 22,1% da base total de Mobilidade Pessoal (20,2% no 3T18 e 18,4% no 4T17).
Os resultados positivos nos físicos são percebidos em termos de receita, que incluindo longa distância, cresceu 1,0% na análise anual e 1,1% na comparação com o trimestre anterior. A simplificação e inovação das novas ofertas, intensificação comercial, estratégia de ofertas regionalizadas e início do refarming da faixa de frequência de 1.8 Ghz para o 4G e 4,5G são as estratégias adotadas que resultaram na reversão de tendência pós-pago e no controle.
Cobertura 2G, 3G e 4G LTE
No final do 4T18, a Oi possuía cobertura 2G em 3.446 municípios (correspondendo a 94% da população urbana do país). No mesmo período, a cobertura 3G abrangia 1.644 municípios (+2,6% versus 4T17) ou 81,6% da população urbana brasileira.
No trimestre, o acesso 4G LTE alcançou 902 municípios, aumento de 11% em relação ao 4T17 e 8% em relação ao 3T18, representando 74% da população urbana brasileira, +0,7 p.p. em relação ao 4T17. A Companhia está acelerando a estratégia do refarming da faixa de frequência de 1.8Ghz e, futuramente de 2,1Ghz, para a expansão da cobertura do 4G e 4,5G.
ARPU Móvel
O ARPU móvel da Companhia subiu para R$ 16,50 no 4T18, valor 1,6% maior que o apresentado no 4T17 e 2,0% maior que o do 3T18. No ano, o ARPU médio da móvel ficou em R$16,24, alta de 1,7% em relação a 2017.
Excluindo a receita de VU-M, o ARPU móvel cresceu 3,3% na comparação 4T18 contra 4T17 e 1,5% na comparação com o trimestre anterior.
B2B
No 4T18, a receita líquida do segmento B2B totalizou R$ 1.434 milhões, uma queda de 8,0% em relação ao 4T17, devido basicamente à redução do tráfego de voz, que é uma tendência em todo o mercado, e ao corte nas tarifas reguladas de interconexão (VU-M) e de ligações fixo-móvel (VC). Na comparação com o 3T18, a receita líquida apresentou queda de 2,8%.
A Companhia seguiu o cenário de crescimento em relação aos trimestres anteriores, encerrando o 4T18 com 6.727 mil UGRs no segmento, um aumento em relação ao 4T17 de 3,3% e em relação ao 3T18 de 2,5%, impulsionado pelo aumento da base móvel (+15,3% versus 4T17 e +8,9% versus 3T18) e da base de TV paga (+14,1% versus 4T17 e +2,6% versus 3T18). As adições líquidas no 4T18 totalizaram 215 mil UGRs em relação ao 4T17 e 162 mil UGRs em comparação ao 3T18.
O segmento Corporativo apresentou um crescimento anual e sequencial das UGRs. A estratégia da Companhia para reverter a tendência da receita é intensificar a oferta por soluções digitais e de TI, atendendo o crescimento das demandas por projetos corporativos, diminuindo ou compensando os impactos da queda da demanda por serviços tradicionais, que é uma tendência do mercado.
Em relação às Pequenas e Médias Empresas (PMEs), a Companhia está adotando a estratégia do Corporativo para Médias Empresas e a estratégia do B2C para as Pequenas Empresas, dadas as suas semelhanças. A Oi está regionalizando as ofertas e intensificando suas ações comerciais em conjunto com a abordagem do “Reuso de Rede” para a oferta de FTTH.
No segmento de Atacado, a estratégia continua sendo de aumentar a participação das receitas não reguladas no total de receitas, visando otimizar a criação de valor com a infraestrutura existente. Em 2018, 56% das receitas do Atacado já eram não reguladas, um aumento de 5 pontos percentuais comparado com 2017. Para 2019 o segmento ainda busca capturar oportunidades na expansão da fibra e na preparação da rede para o 5G.
Resultados Operacionais
Custos e Despesas Operacionais
No 4T18, os custos e despesas operacionais consolidados de rotina, que incluem as operações internacionais, totalizaram R$ 4.108 milhões, redução anual de 9,3% e um crescimento de 2,1% na análise trimestral.
O Opex (capital utilizado para manter ou melhorar os bens físicos de uma empresa, tais como equipamentos, propriedades e imóveis) de rotina das operações brasileiras totalizou R$ 4.030 milhões no 4T18, queda de 10,1% no comparativo anual e crescimento de 1,3% no comparativo sequencial. Considerando a taxa de inflação (IPCA) de 3,7% nos últimos 12 meses, este desempenho significou uma redução real de 13,3% em relação ao 4T17. No total do ano, o Opex de rotina das operações brasileiras ficou em R$ 15.997 milhões, diminuindo em termos nominais 7,9% o montante de 2017 e 11,2% em termos reais.
Pessoal
As despesas de pessoal atingiram R$ 710 milhões no 4T18, uma queda de 14,3% no comparativo anual, em função da menor despesa de remuneração variável, salários e encargos e também devido ao ganho de eficiência operacional e aumento na produtividade. Na comparação sequencial, as despesas de pessoal aumentaram 8,6%, principalmente graças às provisões para pagamentos de remuneração variável relacionada ao cumprimento de metas operacionais, financeiras e de qualidade do ano de 2018, salários, encargos e benefícios.
No acumulado, as despesas de pessoal das operações brasileiras totalizaram R$ 2.554 milhões em 2018, uma redução de 7,1% comparada ao ano anterior. Os motivos são os mesmos dos relacionados acima.
Interconexão
No trimestre, os custos de interconexão das operações brasileiras totalizaram R$ 161 milhões, redução anual de 16,0% devido principalmente ao roaming internacional e a redução das tarifas de interconexão. A comparação sequencial apresentou um crescimento de 10,5%, devido principalmente ao maior tráfego off-net sazonal observado no 4T18 comparado ao trimestre anterior.
Serviços de Terceiros
No 4T18, os custos e despesas com serviços de terceiros no Brasil somaram R$ 1.494 milhões, ligeira alta (+1,0%) em relação ao 4T17 e permanecendo estável em relação ao 3T18 (+0,2%).
É importante ressaltar que, no acumulado, parte da redução nas despesas com comissão é reflexo do impacto do IFRS 15, norma que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2018, que determinou o diferimento de custos incrementais para obtenção de clientes.
Serviços de Manutenção de Rede
No trimestre, os custos e despesas com serviços de manutenção de rede das operações brasileiras totalizaram R$ 266 milhões, queda de 11,6% em relação ao 4T17. Essa queda é reflexo do menor volume de ocorrências, graças às iniciativas focadas em ações preventivas e melhoria da produtividade, com maior eficiência das operações de campo e dos ganhos de produtividade com a digitalização de processos e atendimento (CO Digital).
Na comparação com o trimestre anterior, os custos e despesas com serviços de manutenção de rede apresentaram queda de 7,6%.
Custos de Aparelhos / Outros (CPV)
No 4T18, os custos de aparelhos das operações brasileiras foram de R$ 72 milhões, 14,9% maior que no 4T17 e R$ 27,9 milhões maior em relação ao 3T18 (+63,9%), principalmente devido ao maior volume de vendas de handset.
Publicidade e Propaganda
No trimestre, as despesas com publicidade e propaganda totalizaram R$ 143 milhões, aumento de 12,2% em comparação ao 4T17 e de 95,8% em relação ao 3T18. Em ambos os casos, o maior volume de atividade comercial ocorreu através das campanhas Oi Livre Natal, Pré Natal, Pós Black Friday e Banda Larga.
Aluguéis e Seguros
No 4T18, as despesas com aluguéis e seguros nas operações brasileiras somaram R$ 1.009 milhões, crescimento de 5,8% em relação ao 4T17, em função do aumento dos custos relacionados a direito de passagem e postes, torres e equipamentos e atenuado por EILD (Exploração Industrial de Linha Dedicada). Em relação ao 3T18, houve queda de 8,7% nas despesas, devido a EILD.
Provisões para Contingências
No trimestre, as provisões para contingências nas operações brasileiras totalizaram R$ 35 milhões, em comparação a R$ 145 milhões no 4T17 e R$ 7 milhões no trimestre anterior. Na comparação anual, a queda é explicada pelo menor volume de entradas nas esferas fiscal, trabalhista, Anatel, cível consumidor e Juizado Especial Cível (JEC) e atenuado pelo cível estratégico. Esse resultado é fruto da melhoria operacional e de qualidade dos serviços que a Oi vem apresentando de forma constante ao longo dos últimos trimestres. Em relação ao 3T18, o aumento deve-se principalmente ao cível estratégico e JEC.
Provisões para Devedores Duvidosos – PDD
No 4T18, as provisões para devedores duvidosos totalizaram R$ 131 milhões, queda de 22,2% no ano, devido principalmente à melhora na adimplência no Varejo e no B2B e ao efeito do IFRS 09 (SEDUC), norma que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2018 e que alterou o critério de provisionamento para devedores duvidosos. Na comparação trimestral, as provisões para devedores duvidosos caíram 16,6%, devido principalmente à melhora da inadimplência no Varejo e no B2B e ao efeito do IFRS 09.
EBITDA (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização)
No 4T18, o EBITDA consolidado de rotina alcançou R$ 1.257 milhões, queda de 3,2% em relação ao 4T17 e de 13,9% em relação ao trimestre anterior. No acumulado de 2018, o EBITDA consolidado de rotina totalizou R$ 5.851 milhões, queda de 6,3% em relação a 2017.
O EBITDA de rotina das operações brasileiras atingiu R$ 1.287 milhões no 4T18, uma queda de 1,0% em relação ao 4T17 e de 11,5% em relação ao 3T18. A margem EBITDA de rotina das operações brasileiras foi de 24,2% no 4T18, crescimento anual de 1,7 p.p. e queda sequencial de 2,6 p.p. No acumulado de 2018, o EBITDA de rotina das operações brasileiras totalizou R$ 5.863 milhões, queda de 5,3% em relação a 2017, enquanto a margem foi de 26,8%, +0,5 p.p. versus 2017.
O EBITDA de rotina das outras operações internacionais (África e Timor Leste) totalizou R$ -30 milhões no trimestre, comparado a R$ -48 milhões no 4T17 e a R$ 6 milhões no 3T18. No acumulado de 2018, o EBITDA de rotina das operações internacionais foi de R$ R$ -12 milhões, comparado a R$ 8 milhões em 2017.
Os Itens não rotina, no valor de R$ 5.464 milhões se referem a: (i) reconhecimento de contrato oneroso de fornecimento de capacidade de transmissão de telecomunicações, no montante de R$ 4.884 milhões (*); (ii) impairment de ativos, no montante de R$ 292 milhões; (iii) reconhecimento do acordo para encerramento de litígios com a Pharol, no valor de R$ 159 milhões; (iv) multas contratuais de anos anteriores no valor de R$ 88 milhões e (v) ajuste de PDD de anos anteriores no valor de R$ 41 milhões.
(*) A Companhia e suas controladas mantém um acordo de fornecimento de capacidade de transmissão de sinais de telecomunicações através de cabos submarinos que conectam a América do Norte à América do Sul.
Dado que (i) as obrigações do contrato excedem os benefícios econômicos que se espera receber ao longo do contrato, e (ii) os custos são inevitáveis, a Companhia e suas controladas, consoante o CPC 25/IAS 37, reconheceram uma obrigação onerosa mensurada ao menor custo líquido de saída do contrato trazido a valor presente.
Investimentos
Os investimentos (Capex) consolidados da Companhia, considerando as operações internacionais, totalizaram R$ 2.091 milhões no 4T18, aumento de 13,6% no comparativo anual e de 37,0% no comparativo sequencial. Já as operações brasileiras apresentaram um Capex de R$ 2.085 milhões no 4T18, +13,6% em relação ao 4T17 e +38,8% em relação ao 3T18. No acumulado do ano 2018, a Companhia registrou um aumento de 7,5% no volume consolidado de investimentos, atingindo R$ 6.112 milhões, alavancado pelo crescimento de 8,0% no volume de investimentos das operações brasileiras neste mesmo período, que totalizou R$ 6.078 milhões.
O crescimento do Capex no 4T18, em especial, reflete a continuidade da aceleração dos investimentos previstos no Plano de Recuperação Judicial da Companhia, com foco principal na expansão de FTTH, oferecendo banda larga de alta velocidade e mantendo o foco na cobertura móvel 4G e 4,5G.
Fluxo de Caixa Operacional (EBITDA de rotina – Capex)
No 4T18, o fluxo de caixa operacional consolidado de rotina (EBITDA de rotina menos Capex) foi negativo em R$ 834 milhões e, nas operações brasileiras, foi negativo em R$ 798 milhões, devido principalmente à aceleração dos investimentos no período, conforme já mencionado anteriormente, na seção de Investimentos.
Depreciação / Amortização
No 4T18, as despesas com depreciação e amortização da Companhia totalizaram R$ 1.486 milhões, um aumento de 12,9% em relação ao 4T17 e aumento de 1,5% em relação ao 3T18. No acumulado do ano de 2018, estas despesas aumentaram 13,7% em relação ao ano anterior.
Informações Complementares
Eventos Subsequentes
- Em 08 de janeiro de 2019, a Companhia divulgou que os Conselhos de Administração da Oi e Pharol aprovaram por unanimidade o acordo que encerrou a totalidade de litígios judiciais e extrajudiciais entre Oi e Pharol, seja no Brasil, em Portugal ou em qualquer outro país onde houvesse discussões envolvendo sociedades dos dois grupos.
- Em 14 de janeiro de 2019, a Oi comunicou ao mercado que selecionou a consultoria Boston Consulting Group para assessorá-la em seu processo de revisão estratégica. Adicionalmente, a Companhia informou que selecionou o Bank of America Merrill Lynch como assessor financeiro para prospectar e estruturar operações que envolvam a monetização de ativos non core e oportunidades de M&A, em mais um passo para maximizar a criação de valor e ampliar as fontes de financiamento para a execução do seu plano de investimentos com foco em FTTH e cobertura 4,5G.
- Em 28 de janeiro de 2019, a Oi divulgou, por meio de Fato Relevante, a conclusão do Aumento de Capital da Companhia mediante a emissão privada de novas ações ordinárias, representando um aporte de novos recursos para a Companhia no valor de R$ 4.000.000.000,00.
- Em 28 de fevereiro de 2019, a Companhia divulgou, por meio de fato relevante, a decisão final proferida pelo Tribunal Arbitral constituído no âmbito da arbitragem iniciada na Câmara de Comércio Internacional pela PT Ventures, subsidiária da Oi e detentora de 25% da Unitel. O Tribunal entendeu que os Outros Acionistas da Unitel violaram diversas previsões do “Acordo de Acionistas” e com base nisso, determinou que paguem à PT Ventures o valor de US$ 339,4 milhões, correspondente à perda do valor da participação da PT Ventures na Unitel, acrescido de juros, até a data do pagamento. O Tribunal Arbitral também entendeu que os Outros Acionistas deixaram de assegurar, depois de novembro de 2012, que a PT Ventures recebesse o mesmo montante de dividendos e determinou que paguem à PT Ventures, o valor de US$ 314,8 milhões, correspondente aos danos resultantes, acrescido de juros. A decisão reafirma os direitos da PT Ventures como acionista detentora de 25% do capital da Unitel e retém todos os seus direitos previstos no Acordo de Acionistas, incluindo o de nomear a maioria dos membros do Conselho de Administração da Unitel e o de receber dividendos passados e futuros da Unitel.
- Em 19 de março de 2019, foi realizada a incorporação pela Oi S.A, da Copart 5 Participações S.A., subsidiária direta da Companhia. A incorporação constitui uma das etapas do processo de reestruturação societária e patrimonial do Grupo Oi e tem como objetivo a otimização das operações.
- Em 19 de março de 2019, a Companhia comunicou ao mercado o resultado da Assembleia Geral da Unitel S.A., na qual foi eleito um novo Conselho de Administração, composto por cinco membro, sendo dois deles indicados pela PT Ventures, subsidiária indireta da Oi. Informou ainda que destes dois membros indicados, um deles exercerá o cargo de Diretor Geral da Unitel.
* Com informações de Press Release 4T18 Oi RI – disponível para download.