Companhia que ainda está em recuperação judicial, tem atualmente uma dívida de R$ 10.107 bilhões. |
O operadora Oi registou uma receita líquida de R$ 5,130 bilhões no primeiro trimestre de 2019, uma queda de 9,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Considerando apenas as operações no Brasil, a receita líquida de serviços registrou queda de 9,6% (R$ 5.038 bilhões).
O lucro líquido consolidado foi de R$ 766 milhões, resultado que representa queda de 97,5%.
A EBTIDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) diminuiu 20,4% (R$ 1,250 bilhões), e a margem EBITDA caiu 3,4%, fechando em 24,4%. O lucro líquido atribuído a acionistas responsáveis pelo controle da empresa foi de R$ 568 milhões – redução de 98,1% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
A dívida líquida aumentou 38,3% – R$ 10.107 bilhões. O CAPEX aumentou 53% no mesmo período para R$ 1,720 bilhões, já que a Oi acelerou a disseminação da fibra e 4G. Isso levou ao fluxo de caixa operacional negativo (EBITDA-CAPEX) de R$ 479 milhões, comparado aos R$442 milhões positivos do ano passado.
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Oi disse que acrescentou cerca de 480.000 casas com fibra para sua rede no primeiro trimestre de 2019, alcançando de 1,7 milhão de residências no final de março.
No final de março, a Oi tinha um total de 14,3 milhões de unidades geradoras de receita (UGRs) – queda de 8,1% em relação ao ano anterior. Do total, as linhas fixas no serviço caíram 11,1%, fechando em 8,004 milhões de contratos, e as conexões de banda larga fixas caíram 6,4% – 4,7 milhões.
O segmento de TV paga cresceu 4%, registrando 1.574 milhão de contratos. As receitas de serviços residenciais registam queda 14,6% ano-a-ano, registrando R$ 1.880 bilhão no Brasil.
A companhia diz que a queda na receita líquida no segmento residencial tem relação direta com a redução do mercado de telefonia fixa, serviço que ainda é altamente representativo no balanço financeiro das operadoras. Lembrando que quase 700 mil linhas lixas foram desativas no Brasil entre fevereiro e março.
No segmento de telefonia móvel, a Oi possuía 31,9 milhões linhas até o fim do trimestre – queda de 4,2%. Desse montante, 26,8 milhões correspondem ao pré-pago (-9,7%), enquanto 8,1 milhões são pós-pago (+19,8%).O ARPU (Receita Média Mensal por Usuário) foi de R$ 16,10 – queda de 1,9%.
No segmento B2B, a Oi apresentou 6,8 milhões URGs (+ 3,6%). Na telefonia fixa a queda foi de 3,9% (3,471 milhões de acessos), na banda larga fixa o recuo foi de 4% (524 mil acessos). Na telefonia móvel o crescimento foi de 16,7%) (2,7 milhões de acessos). A TV paga registrou crescimento de 14,2% (14.00 acessos).