17/11/2024

Prejuízo da Oi é de R$ 1,2 bilhão no trimestre, mas diminui 70,4%

Operadora registrou queda em receitas no segundo trimestre do ano, agora com 59 milhões de clientes e 74% da população coberta pelo 4G.

A Oi apresentou, no segundo trimestre de 2018, um prejuízo líquido de R$ 1,2 bilhão. De acordo com o balanço financeiro divulgado nesta terça-feira (14), o número já é 70,4% menor em relação ao mesmo período do ano passado, quando a operadora ainda buscava uma solução para diminuir a lista com mais de 55 mil credores e R$ 64 bilhões em dívidas.

No segundo trimestre de 2018, todas as receitas acabaram sendo negativas para a Oi: R$ 5,45 milhões em serviços (-4,9%), sendo R$ 2,11 milhões de residencial (-5,1%) e R$ 1,75 milhão em mobilidade pessoal (-3,2%); R$ 5,28 milhões em receita líquida de clientes (-5,3%) e um EBITDA de rotina em R$ 1,55 milhões (-2,8%).






Por outro lado, a margem EBITDA de rotina alcançou 28,3%, um aumento de 0,7 pontos percentuais. O CAPEX, que representa os investimentos da operadora, também foi superior em 11,1%, atingindo R$ 1,36 milhões no trimestre. O número foi 21,5% maior do que no primeiro trimestre do ano.
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Em questão de clientes na base, a Oi destacou que suas novas ofertas aceleraram a venda de pós-pago, e que a limpeza na base ainda impacta a queda no pré-pago. No ARPU residencial, a estratégia é a de convergência, enquanto o mercado B2B se mantém estável. 
Veja como ficaram distribuídos os 59.071 milhões de clientes da Oi, e qual foi a queda ou crescimento na base em cada segmento:
  • Residencial: 15.413 (-5,3% no ano e -1,2% no trimestre)
  • Telefonia fixa: 8.821 (-8,7% e -2%)
  • Banda larga: 5.049 (-3,3% e 0,7%)
  • TV paga: 1.544 (+10,6% e +2%)
  • ARPU Residencial: 79,4 (+3,7% e -1,7%)
  • Móvel: 36.477 (-8,4% no ano e +0,1% no trimestre)
  • Pré-pago: 29.443 (-10,7% e -0,7%)
  • Pós-pago: 7.033 (+2,8% e +3,8%)
  • B2B: 6.541 (+0,6% e 0%)
A Oi ainda tem 640 telefones públicos em operação no Brasil, apenas uma unidade a menos do que no segundo trimestre de 2017.
Quanto à cobertura 2G, 3G e 4G, a operadora fechou o trimestre com 3.407 municípios cobertos pelo 2G, 1.629 no 3G (81,6% da população urbana brasileira) e 834 municípios no 4G, um aumento de 192% em relação ao ano passado, mas que ainda cobre somente 74% da população.
Em relação ao seu plano de recuperação judicial, a Oi concluiu a conversão da dívida no segundo trimestre e se prepara para consolidar uma nova governança, que deve ser votada durante uma reunião com acionistas, que acontecerá no dia 3 de setembro.
Além disso, ela ainda deve executar seu aumento de capital nos próximos meses, que financiará o crescimento de seu negócio, além de estruturar um plano de Capex adicional, que servirá para aumentar e melhorar a banda larga em FTTH e FTTC, e acelerar a expansão do 4G com o refarming de 1800MHz e o compartilhamento de rede, o que resultará em uma melhor experiência no uso de dados.

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