Para conseguir acompanhar a concorrência do setor de TV Paga, e de olho na comunicação das Olimpíadas Rio 2016, Embratel lançou novo satélite. |
A maior empresa de satélites do Brasil e da América Latina, Star One, lançou com sucesso, da base de Kourou, na Guiana Francesa, mais um satélite da quarta geração da Star One, chamada “série C”. O C4 vem para acompanhar os já em operação Star One C1, C2, C12 e C3.
Com o novo satélite, a Embratel pretende expandir sua cobertura satelital tanto no Brasil, como no restante da América do Sul e América Central. O serviço de TV por Assinatura Claro hdtv deve ser o principal beneficiado com a operação de mais um satélite, já que poderá adicionar novos canais à sua grade de programação, além de oferecer serviços adicionais, como locadora virtual e on-demand.
“Com esse importante lançamento, reforçamos a liderança absoluta no mercado brasileiro e nosso posicionamento como o maior operador regional de satélites da América Latina”, disse José Formoso, presidente da Embratel, que também lembrou que o primeiro satélite colocado em órbita pela companhia, o Brasilsat A1, foi lançado em 1985, ou seja, completa 30 anos de operação.
Gustavo Silbert, presidente da Embratel Star One, também prometeu que a empresa vai continuar investindo fortemente para aumentar a sua frota, inclusive com um novo lançamento previsto já para o ano que vem: o Star One D1, equipada com a banda Ka. “Estamos na liderança do mercado desde a primeira comunicação via satélite no Brasil […] Possuímos vasta experiência na oferta de soluções de telecomunicações para grandes eventos esportivos nacionais e internacionais. Viabilizamos a transmissão da primeira Copa do Mundo no Brasil, em cores em 1970, transmitimos importantes competições como Jogos Olímpicos, Panamericanos, Copas do Mundo, Fórmula 1, Rio Open, entre outros”, afirmou o executivo.
O novo Star One C4 foi produzido pela empresa canadense-americana Space Systems Loral, e foi lançado por um foguete da empresa Arianespace. Ele vai utilizar a banda Ku para permitir o crescimento de capacidade da Claro TV no Brasil e na América Central, ocupando a posição orbital de 70º W, considerada de grande importância principalmente por ser utilizada para transmitir o sinal das principais redes de televisão do país, além de possuir um parque de 22 a 25 milhões de parabólicas apontadas para esta posição.
O último satélite lançado para uma empresa de TV fechada via DTH foi o SES-6, que subiu com o selo de exclusividade da Oi para operar com banda Ku na posição orbital 40,5º W. Após o início das operações do novo satélite, a operadora ganhou um upgrade enorme no seu serviço de televisão por assinatura:
- passou a contar com o maior número de canais em alta-definição (HD) do mercado, ultrapassando inclusive operadoras de cabo como a NET;
- conseguiu deixar o seu sinal mais forte, suportando estar em conexão com o satélite mesmo em dias com chuvas moderadas;
- fechou uma parceria gigante com a Rede Globo, possibilitando a transmissão do sinal de quase todas as suas afiliadas espalhadas pelo Brasil, levando a emissora até os lugares mais remotos do país;
- fez a primeira transmissão com tecnologia 4K do Brasil – resolução que exige muita banda disponível para ser suportada – durante a Copa do Mundo, em parceria com o canal SporTV;
- e começou a oferecer serviços adicionais como gravação de até dois canais simultâneos com capacidade para salvar até 500 horas de programação, pausa ao vivo, locadora de filmes pay-per-view (Oi Filmes), e filmes on-demand.
Com isso podemos notar todas as melhorias que um satélite novo pode trazer para uma operadora de televisão. Portanto, é bem provável que novidades desse nível cheguem na Claro TV nos próximos meses.
Outra operadora que pretende lançar em breve o seu satélite é a Sky. Há anos que é possível notar que a operadora está precisando reformular o seu serviço de TV paga, afinal, cada vez é menor o espaço disponível no seu satélite atual, que está em operações desde o tempo da DirecTV. A Sky vive removendo canais da sua grade (desagradando os clientes), para conseguir adicionar outros que considera de “mais importância”. No entanto, a expectativa pelo lançamento do equipamento não passa disso por enquanto: uma expectativa.
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