17/11/2024

Telefônica Brasil apresenta lucro líquido recorde de R$ 8,9 bilhões

Companhia investiu R$ 8,2 bilhões em 2018. Valor representa 18,9% da Receita Operacional Líquida; Segmento pós-pago já representa 55,2% dos acessos móveis.



A Telefônica Brasil divulga, nesta quarta-feira (20), o balanço financeiro e operacional de 2018. No ano, a empresa registrou um crescimento no EBITDA recorrente – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – de 5,5%, totalizando R$ 15,4 bilhões, com margem recorrente de 35,6%. Já o lucro líquido, de R$ 8,9 bilhões – valor recorde apresentado pela Companhia – cresceu 93,7% quando comparado com o ano anterior.

O resultado histórico é reflexo da estratégia da empresa em focar em negócios de maior valor com planos pós-pagos e expansão da rede de fibra, além dos esforços de simplificação, digitalização e forte disciplina financeira, aliados a efeitos não recorrentes no segundo e terceiro trimestre de 2018. Mesmo sem os efeitos não recorrentes ao longo do ano, ainda assim o lucro líquido apresentaria alta de 13%.



O fluxo de caixa livre da atividade de negócio apresentou crescimento de 75,3% no quarto trimestre de 2018, atingindo R$ 2 bilhões, impulsionado pela expansão do EBTIDA e otimização dos investimentos em comparação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de 2018, o fluxo de caixa livre foi de R$ 6,9 bilhões, representando um aumento de 20,6%, ou R$ 1,2 bilhão, quando comparado com o ano anterior, em função da melhora no resultado operacional.

“Mesmo em um ano de incertezas econômicas, conseguimos evoluir de maneira relevante na transformação digital da Companhia, executando nossa estratégia de expansão acelerada de fibra, enquanto seguimos incentivando o uso de canais digitais na relação com nossos clientes, melhorando sua experiência e aumentando nossa rentabilidade”, explica o Chief Financial Officer da Telefônica Brasil, David Melcon.

A receita operacional líquida apresentou crescimento anual de 0,6%, influenciada, principalmente, pelo bom desempenho das receitas de pós-pago, terminais e ultra banda larga. No quarto trimestre de 2018, o avanço foi 0,5%, quando comparado com igual período anterior.

Os custos operacionais recorrentes mantiveram a trajetória de queda e apresentaram redução de 2% em 2018, alcançando R$ 28 bilhões. No quarto trimestre de 2018, os custos registraram redução de 1,4%, alcançando R$ 6,9 bilhões, em um período em que a inflação foi de 3,7%. Com o resultado, a empresa registra o 12° trimestre consecutivo de redução de custos.
“De fato, atingimos, em 2018, o terceiro ano consecutivo de redução de custos, o que nos permitiu alcançar sólidos aumentos de rentabilidade, geração de caixa e lucro, viabilizando uma remuneração ao acionista 52% maior em relação ao ano anterior: foram R$ 7 bilhões em JSCP e dividendos declarados sobre os resultados de 2018, e ainda deliberamos, em fevereiro, R$ 700 milhões adicionais em JSCP, já com base no balanço de 2019”, acrescenta Melcon.

Investimentos em alta

Os investimentos da empresa alcançaram R$ 8,2 bilhões no ano, representando 18,9% da Receita Operacional Líquida. O aporte se concentrou, essencialmente, na expansão da rede de fibra – presente hoje em 241 cidades do país – e na maior cobertura e capacidade na tecnologia 4G e 4.5G.

“Encerramos 2018 com 3.100 cidades com a rede 4G, e mil cidades com a rede 4.5G, que permite transmissão de dados com velocidades ainda maiores. Na rede fixa, expandimos nossa rede de fibra para 30 novas cidades, liderando o segmento em toda América Latina, com cerca de 9 milhões de lares passados com a tecnologia fiber-to-the-home (FTTH)”, explica Christian Gebara, presidente-executivo da Telefônica Brasil.

Pós-Pago se destaca no segmento móvel

A Receita Líquida Móvel apresentou aumento de 3,3% no ano, influenciado por atividades comerciais dentro do segmento, como a expansão de 10,6% da Receita de Dados e Serviços Digitais – que já representa 78,9% do total da receita do serviço móvel –, e maior receita de aparelhos, que cresceu 56,5% no ano, após expandir 70% no quarto trimestre. O resultado se deve à estratégia da empresa de acelerar e ganhar participação em um mercado relevante e em expansão, por meio do poder da marca Vivo e dos canais de venda da Companhia, que vem atraindo consumidores de alto valor tanto para as lojas virtuais quanto físicas. Esse movimento também é reflexo da atenção e da experiência digital que a Vivo oferece aos seus clientes, seja pelo atendimento via app e com poucos cliques, ou nas novas lojas da empresa, que estão sendo projetadas para oferecer ao consumidor um ambiente conectado, flexível e tecnológico, com atmosfera colaborativa e integrada.

O total de acessos móveis em 2018 foi de 73,2 milhões. O segmento pós-pago seguiu com crescimento consistente, alcançando mais de 3,6 milhões novos acessos no ano – 990 mil somente no último trimestre de 2018 –, um aumento anual de 7,5%. A base pós-paga já representa 55,2% dos acessos móveis, representando um crescimento de 6,2 pontos percentuais no comparativo anual.

No ano, a Telefônica Brasil liderou o mercado novamente em termos de adições líquidas pós-pago, com 31,1% de share, registrando 40,5% de market share em dezembro de 2018. A Companhia continua sendo líder em terminais com tecnologia 4G, com participação de 31,3% – o que representa uma distância de 4,7 pontos percentuais do segundo colocado – mantendo a qualidade da base de clientes e estratégia da empresa centrada em dados e serviços digitais.



No mercado de Machine-to-Machine (M2M) a base de acessos segue em forte expansão e atingiu 8,2 milhões de clientes em dezembro de 2018, representando um crescimento de 29,9% quando comparado ao ano anterior. A Vivo segue como líder neste negócio, com 41,5% de market share em dezembro de 2018.

Crescimento em Fibra impulsiona a transformação do negócio fixo

A Receita Líquida Fixa apresentou queda anual de 3,8%, influenciada pela queda natural das receitas de voz e pela redução da tarifa de interconexão fixa. No quarto trimestre de 2018, a redução foi de 3,5%, em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, parte desta redução na receita foi compensada pela evolução positiva em banda larga, que fechou 2018 com crescimento de 13,7%, influenciado pelas receitas em Ultra Banda Larga, que registrou evolução anual de 26,4%. No quarto trimestre do ano passado, comparado ao igual período do ano anterior, o aumento foi de 33,8%.

Já as receitas exclusivamente de fibra cresceram 44% no último trimestre de 2018 em relação ao igual trimestre do ano anterior. O sólido crescimento da receita do segmento acompanha o volume de acessos, que cresceu 46,8% no trimestre, com 152 mil novas adições líquidas.

“Esse resultado é reflexo do aumento da base de clientes e da migração para velocidades mais altas com o FTTH. Para se ter uma ideia, somente no quarto trimestre do ano passado expandimos nossa fibra para 14 novos municípios, praticamente a mesma expansão que ocorreu em todo o ano anterior. Para 2019, manteremos nosso ritmo acelerado de expansão”, explica Gebara. “A estratégia para o segmento móvel acompanha a da fibra. Com incentivo aos nossos clientes, por meio das ofertas de planos com mais serviços agregados, tivemos um aumento considerável da migração do pré-pago para o pós-pago”, finaliza.

No segmento de TV por assinatura, a receita registrou crescimento anual de 1,2% após expandir 4,9% no quarto trimestre. Tais resultados refletem a estratégia mais seletiva para o serviço, com foco em produtos de maior valor, como o IPTV, cuja receita cresceu 59% no trimestre em relação ao igual período do ano anterior. A evolução da receita acompanhou o aumento de 52,1%, no quarto trimestre, nos acessos desta tecnologia.

A Receita de Dados Corporativos e TI apresentou queda de 2% no último trimestre do ano, devido à volatilidade característica desta receita e eventual negociação de grandes contratos B2B.  No fechamento do ano, a redução foi de 4,0%. Todavia, as receitas de novos serviços como dados, cloud e outros serviços de TI continuaram apresentando bom desempenho ao longo dos trimestres.

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