Cade aceitou empresas de telecomunicações como interessadas na análise da aquisição. |
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aceitou os pedidos de empresas de telecomunicações que atuam no Brasil para participarem como terceiros interessados na análise sobre a aquisição da Twenty-First Century Fox pela Walt Disney, conforme despacho publicado na última segunda-feira (20) no Diário Oficial da União.
Os acionistas da Fox aprovaram, no final de julho, a oferta dada pelo estúdio do Mickey. A negociação foi de US$ 71 bilhões, um valor em torno de R$ 264 bilhões.
A Disney, dona da rede esportiva ESPN, prometeu se desfazer de 22 canais das redes esportivas regionais da Fox nos EUA.
Conforme a Reuters, o Cade deu prazo de 15 dias para as empresas de telecomunicações se manifestarem sobre a operação.
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As empresas que receberam autorização para se manifestarem foram: Simba, uma joint venture entre a TV SBT Canal 4, Rádio e Televisão Recorde e TV Ômega; a Warner Mídia; a Sky Serviços de Banda Larga; e a associação Neo TV, que reúne cerca de 130 empresas entre operadores de TV por assinatura, provedores de internet e distribuidoras de conteúdo para canais pagos.
“Os argumentos apresentados por todas as peticionárias, em maior ou menor medida, apontam possíveis efeitos negativos que podem advir da operação em análise e como seus interesses podem ser afetados”, disse o Cade ao justificar a decisão.
Após a negociação para a compra da Fox, a Disney também retirou seus filmes, séries e outros conteúdos da Netflix.