Presidente da operadora acredita que com o 5G haverá mudanças no modo como a concorrência entre as teles acontece. |
Enquanto a Claro não quer que o leilão para o 5G no Brasil aconteça antes de 2021, a TIM quer que o processo aconteça o quanto antes. De acordo com seu presidente, Sami Foguel, o 5G tem potencial de provocar uma grande mudança na forma como ocorre a concorrência entre as prestadoras do serviço, já que seria baseado qualidade e não em preço, como tem sido nos últimos meses.
Durante uma conferência recente em que a TIM apresentou seus resultados financeiros referentes ao quarto trimestre de 2018, o presidente da operadora pontuou que o leilão aconteça em no máximo um ano para que os envolvidos possam ter mais um ano para a implementação da rede e dos serviços.
No fim do ano passado a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) se posicionou sobre esse tão aguardado leilão, etapa fundamental para que o 5G possa operar no país. De acordo com Leonardo Euller de Morais, presidente da agência reguladora, o leilão será realizado entre o fim de 2019 e início de 2020.
A Claro é mais cautelosa em relação ao assunto. Ayrton Capella, diretor de Assuntos Regulatórios da Claro Brasil declarou que o leilão só deve acontecer quando forem concluídos os testes de interferência nessa faixa de frequência, ocupados pelos receptores de TV aberta via satélite.
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Lembrando que a Anatel irá destinar a faixa de 3.5 GHz para o 5G. O espectro vai do 3400 MHz aos 3600 MHz, o que o coloca próximo ao espectro que é ocupado pelo sinal das antenas parabólicas (3625 MHz até 4200 MHz). Esse fator exige um extremo cuidado em relação aos testes.
A Anatel diz que essa preocupação não pode atrapalhar a implementação do 5G no Brasil. Os testes já estão em andamento. Os de laboratório já foram concluídos, os de campo serão iniciados em fevereiro. A previsão é que estejam concluídos em abril deste ano. Evidentemente que esse prazo pode ser estendido, dependendo de imprevistos que possam ocorrer.