A AT&T decidiu sair do ramo de entretenimento. Nesta segunda-feira, dia 30 de setembro, a gigante das telecomunicações anunciou a venda da sua participação de 70% na DirecTV para o fundo TPG por US$ 7,6 bilhões. A transação, que deve ser finalizada até o segundo semestre de 2025, faz parte da estratégia da AT&T de focar em sua atuação no setor de conectividade sem fio 5G e fibra óptica.
Foco em 5G e conectividade
Com a venda, a AT&T busca fortalecer seu balanço financeiro e investir no que sabe fazer de melhor: telecomunicações. A empresa, que já foi líder no mercado de TV por assinatura dos Estados Unidos, enfrentou dificuldades para competir com as plataformas de streaming, que têm dominado a preferência dos consumidores.
De acordo com o comunicado da AT&T, a venda da DirecTV deve ajudar a empresa a direcionar recursos para o setor de 5G e fibra óptica, setores que a companhia considera estratégicos para o futuro. A intenção é clara: ser líder em conectividade nos EUA.
DirecTV se une à Dish e tenta se reerguer
Depois do anúncio da venda, a DirecTV revelou um movimento inesperado. Ela vai se fundir com a Dish, empresa de TV por satélite pertencente à EchoStar, em um negócio que envolve o valor simbólico de US$ 1, mas com a assunção de US$ 9,7 bilhões em dívidas. A fusão é um passo importante para tentar conter as perdas no mercado de TV via satélite, que tem visto uma queda significativa no número de assinantes.
Essa união entre DirecTV e Dish promete criar uma empresa com cerca de 20 milhões de assinantes. Ambas as companhias acreditam que a parceria vai fortalecer a posição delas no mercado, que atualmente é dominado por gigantes do streaming, como Netflix e Amazon Prime Video. Segundo o CEO da DirecTV, Bill Morrow, o objetivo é oferecer pacotes de programação mais acessíveis, na tentativa de reconquistar parte dos consumidores perdidos.
Fim de uma fase para a AT&T
A venda da DirecTV encerra uma jornada complicada da AT&T no setor de entretenimento. Quando a empresa comprou a DirecTV em 2015, ela pagou quase US$ 50 bilhões, numa tentativa de diversificar seus negócios e expandir além do mercado de telecomunicações. Porém, a aposta não deu certo. Com o aumento da concorrência das plataformas de streaming, a DirecTV foi perdendo relevância, levando a AT&T a buscar alternativas para se livrar do ativo.
Agora, a empresa aposta todas as suas fichas no 5G e na fibra óptica, buscando ser a principal fornecedora de conectividade nos Estados Unidos. Para isso, a companhia planeja investir cerca de US$ 100 bilhões nos próximos três anos, esperando recuperar sua posição de liderança em um mercado tão competitivo.
O apoio da Netflix à candidatura de Kamala Harris resultou em uma onda de cancelamentos de assinaturas nos Estados Unidos. Em julho deste ano, a taxa de desistências do serviço quase triplicou após Reed Hastings, cofundador e CEO da plataforma, anunciar sua doação de US$ 7 milhões (cerca de R$ 38 milhões) à campanha da candidata democrata.
A notícia foi divulgada pela Bloomberg, com base em pesquisa realizada pela consultoria Antenna.
A situação começou a se desenrolar em 22 de julho, quando Hastings expressou apoio público a Kamala Harris em um post na rede social X. No dia seguinte, ele revelou a doação milionária em entrevista ao site The Information.
A reação não demorou: apoiadores do ex-presidente Donald Trump rapidamente iniciaram uma campanha nas redes sociais, utilizando a hashtag #CancelNetflix, convocando outros conservadores a cancelarem suas assinaturas.
O efeito foi quase imediato. Em um período de apenas cinco dias após a manifestação de apoio de Hastings, a Netflix viu a taxa de cancelamentos aumentar substancialmente, atingindo um pico no dia 26 de julho, considerado o pior dia do ano para a empresa em termos de perdas de assinantes.
O churn — termo usado para definir a taxa de cancelamentos na indústria de streaming — alcançou 2,8% no mês, o valor mais alto desde fevereiro, devido à eliminação do plano básico mais barato, que não tinha anúncios.
Embora a reação tenha sido intensa, o impacto nos cancelamentos durou apenas alguns dias. O cenário não foi tão dramático quanto o boicote que a Netflix enfrentou em 2020, quando conservadores pediram a remoção do filme francês “Lindinhas”, que consideravam explorar a sexualização infantil. Ainda assim, a reação dos apoiadores de Trump chamou atenção e provocou uma repercussão considerável nas redes sociais.
O posicionamento de Reed Hastings em favor de causas progressistas não é novidade. Além de ser um doador histórico do Partido Democrata, ele já direcionou recursos para diversas causas sociais, incluindo programas de diversidade, equidade e inclusão.
Em 2020, Hastings fez doações a universidades historicamente negras e promoveu iniciativas para apoiar o movimento negro após o assassinato de George Floyd. No entanto, essas posturas também trouxeram consequências negativas, como se viu no recente episódio de boicote.
Empresas de entretenimento têm enfrentado reações adversas quando seus executivos se envolvem em questões políticas. O caso da Netflix lembra a disputa da Disney com o governador da Flórida, Ron DeSantis, depois que a empresa criticou uma lei restritiva sobre orientação sexual nas escolas. De maneira semelhante, Hastings se viu no centro de uma polêmica após anunciar apoio financeiro à campanha de Kamala.
Até o momento, a Netflix e Reed Hastings não comentaram oficialmente o aumento no número de cancelamentos nem as críticas de apoiadores de Donald Trump.
A Samsung anunciou nesta segunda-feira (30/09) a inclusão da bandeira Elo na plataforma Samsung Wallet, ampliando seu portfólio de parceiros. A novidade abrange cartões de crédito Bradesco Elo e cartões de crédito e débito Quero-Quero Elo, que já podem ser cadastrados pelos clientes do Samsung Galaxy. Para incentivar o uso, a Samsung oferecerá 1000 pontos extras no Samsung Rewards para pagamentos realizados até 10 de novembro de 2024.
A Samsung Wallet é um app integrado, desenhado para facilitar a vida dos usuários, reunindo funcionalidades como Samsung Pay, Samsung Pass, cartões de fidelidade, chaves digitais para carros e até serviu para guardar comprovantes de vacinação contra a Covid-19. Esta atualização será implementada gradualmente até o dia 10 de outubro. Com a nova parceria, a plataforma visa proporcionar mais conveniência e segurança para os pagamentos do dia a dia.
“O pagamento por aproximação por meio da Samsung Wallet combina conveniência, segurança e versatilidade. Oferecer novas bandeiras e emissores à plataforma Samsung Wallet é parte do compromisso da Samsung em democratizar tecnologias e facilidades para a rotina diária de cada vez mais pessoas”, – Bruno Costa, diretor sênior da Divisão de D2C (Direct-to-Consumer) da Samsung Brasil.
Eduardo Merighi, CTO e CPO da Elo, afirmou que a parceria com a Samsung é um passo importante para facilitar a vida financeira dos brasileiros. A missão é estar presente onde houver demanda, garantindo acesso à tecnologia de qualidade e cumprindo o propósito de facilitar o dia a dia dos clientes.
Para os usuários da Lojas Quero-Quero, a oferta dos cartões na Samsung Wallet é uma prova do compromisso da empresa com inovação e segurança. Luciano Scotta, diretor de Crédito e Cobrança da companhia, ressaltou que a parceria traz uma experiência aprimorada para os clientes.
Além disso, a Samsung Wallet utiliza a segurança Samsung Knox, que oferece múltiplas camadas de proteção, como autenticação biométrica e criptografia avançada. Essa tecnologia mantém dados pessoais e financeiros seguros, garantindo tranquilidade para os usuários durante suas transações.
Para adicionar um cartão Elo ao Samsung Wallet, basta abrir o aplicativo, clicar no ícone de “+” e escolher a opção “Cartões de pagamento”. A inclusão pode ser feita manualmente, capturando uma foto do cartão ou fazendo login no app do cartão. Após a ativação, é possível aproveitar todas as vantagens oferecidas.
Veja a lista completa de cartões aceitos na Samsung Wallet no Brasil:
Banco/Instituição
Cartões Elegíveis
Nubank
Nubank Mastercard, Nubank Mastercard Gold, Platinum, Ultravioleta, Business
C6 Bank
Todos os cartões C6 Bank (exceto Conta Global, Yellow e cartões adicionais)
Itaú
Todos os cartões de Crédito, Débito e Múltiplo (Visa e Mastercard), exceto pré-pagos, INSS, corporativos, PJ
BTG Pactual
Todos os cartões de Crédito e Débito (incluindo cartões virtuais)
Santander
Diversos cartões Santander (Visa, Mastercard, Platinum, Infinite, etc.)
Bradesco
Todos os cartões de Crédito Visa (titular), Débito, Múltiplo, PoupCard
Banco do Brasil
Vários cartões Ourocard Visa (Platinum, Gold, Infinite, etc.), Petrobrás, Saraiva, Smiles
Caixa
Diversos cartões de Crédito e Débito (Visa e Mastercard), iniciados por diferentes números
Banco da Amazônia
Amazonia Card Visa Nacional, Internacional, Gold (iniciados por diferentes números)
Carrefour
Mastercard La Carte, Visa La Carte, Mastercard Gold, Visa Internacional
Credicard
Todos os cartões de Crédito Credicard (Mastercard e Visa)
Inter
Vários cartões múltiplos e empresariais Mastercard (Black, Gold, Platinum, etc.)
Neon
Neon débito
Next
Todos os cartões Next
Zoe Benefícios Sustentáveis
Todos os cartões Zoe
Swile
Todos os cartões Swile
Banco Original
Cartões Original Black, Platinum, Gold, Internacional (somente função crédito)
Banco Safra
Todos os cartões de Crédito Visa e Mastercard (exceto adicionais)
Banco XP
Cartão XP Visa Infinite, Cartão Rico Visa Infinite
Sicoob
Vários cartões Sicoob, Ailos, Cresol (Clássico, Black, Gold, Platinum, etc.)
Banestes
Visa International, Visa Gold, Visa Platinum
Banpará
Todos os cartões de Crédito Mastercard (incluindo adicionais)
Banrisul
Mastercard e Visa (Standard, Universitário, Platinum, Infinite, Gold, etc.)
BPP
Todos os cartões são elegíveis
BRB
Diversos cartões Mastercard e Visa (Black, Empresarial, Platinum, Gold, etc.)
Porto Seguro
Mastercard e Visa (International, Gold, Platinum, Black, Infinite, etc.)
Sicredi
Vários cartões Sicredi (Débito, Platinum, Gold, Touch, Internacional, Empresarial, etc.)
Trigg
Trigg Gold, Omni Fácil
Uniprime Norte do Paraná
Uniprime Standard, Gold, Platinum, Black, Business Mastercard
Marq.
Todos os cartões pré-pagos
BMG
Todos os cartões BMG (exceto PJ)
ECX
Todos os cartões pré-pagos
Mapipay
Todos os cartões pré-pagos
Bee Benefícios
Todos os cartões pré-pagos
Paytrack
Todos os cartões são elegíveis
Binance
Todos os cartões pré-pagos
Mercado Pago
Visa Combo (débito/crédito) (iniciados por 407843)
A TV Record está de volta ao “Campeonato Brasileiro”, conforme adiantado pelo Minha Operadora no mês passado. A partir de 2025, a emissora do bispo Edir Macedo volta a transmitir o “Brasileirão”, encerrando o domínio de quase duas décadas da Globo sobre as transmissões.
O acordo, feito com a Liga Forte União (LFU), garante à Record a exibição de 38 partidas por ano. Além disso, a transmissão também vai ser feita no R7.com e na plataforma de streaming PlayPlus, ampliando o acesso dos torcedores.
Essa nova parceria da Record vai envolver grandes times do futebol brasileiro, como Corinthians, Vasco, Botafogo, Fluminense e Internacional. A lista inclui até clubes emergentes, como Cuiabá e Juventude.
Para Marcus Vinicius Vieira, CEO da Record, essa novidade promete uma “revolução” no futebol na televisão brasileira. Além da concorrência acirrada, o Brasileirão de 2025 vai ganhar uma cobertura em múltiplas plataformas, e isso significa que os torcedores terão mais liberdade para acompanhar as partidas onde quiserem.
A Globo, que detinha o monopólio, também vai transmitir parte do campeonato, mas agora com uma divisão clara: alguns clubes estarão na Record e outros na programação do canal carioca.
Outro detalhe interessante: a divisão dos times nas transmissões. Enquanto a Record fechou com times como Corinthians, Cruzeiro, e Vasco, a Globo vai garantir a presença dos seus gigantes tradicionais, como Flamengo, São Paulo, Palmeiras e Grêmio.
A Libra, que representa a Globo nesse acordo, conseguiu um valor bilionário para manter parte do Brasileirão em sua grade. Ou seja, teremos duas grandes frentes na briga pela audiência do futebol brasileiro.
A Record não esconde que o retorno ao futebol nacional é uma vitória significativa. Nas suas redes sociais, já começaram as provocações à concorrente, com frases como “a nova casa do campeonato mais competitivo do mundo”. Eles ainda prometeram que, na Record, o torcedor vai “torcer, vibrar e comemorar primeiro”. Ou seja, tem uma cutucada clara aí, mostrando que a emissora está pronta para fazer barulho e aumentar sua audiência.
Nos próximos dias, a Record vai anunciar a nova equipe esportiva que fará a transmissão dos jogos. Quem será que vai narrar os golaços e as jogadas históricas do Brasileirão? A expectativa já é grande para saber quem vai liderar essa nova fase da emissora nos campos do futebol.
Enquanto isso, a LiveMode — que representa os interesses da Liga Forte União — já iniciou conversas com outras plataformas, como YouTube e CazéTV, para a transmissão dos jogos. Max, SporTV e Premiere (esses dois últimos do Grupo Globo) também estão na disputa para garantir a exibição em streaming e TV paga. Portanto, se depender de opções para assistir ao Campeonato Brasileiro, os torcedores estarão bem servidos.
Essa mudança no cenário das transmissões do futebol brasileiro marca o início de uma nova era, trazendo mais competição e diferentes formas de acompanhar o Brasileirão. Pode anotar: a disputa entre Record e Globo promete movimentar ainda mais a paixão nacional pelo esporte, e o grande beneficiado dessa história toda é o torcedor, que terá uma diversidade de canais para escolher como e onde assistir ao seu time do coração.
A Netflix, conhecida por seus conteúdos sob demanda, lançou recentemente uma novidade que promete atrair as famílias. A empresa está testando canais lineares, denominados “Playlists”, disponíveis para usuários selecionados no Brasil, Estados Unidos, França e Coreia do Sul.
O foco desses novos canais da Netflix são as crianças, oferecendo episódios contínuos de conteúdos infantis, com uma proposta que se assemelha à da televisão tradicional.
A ideia de introduzir canais lineares não é nova para a Netflix. No passado, a empresa já havia testado um canal chamado “Direct”, que esteve disponível apenas na França e apresentava títulos adultos.
Agora, o alvo são os pequenos de até 7 anos, com uma oferta variada de entretenimento e aprendizado. De acordo com o site “What’s on Netflix”, que antecipou a novidade, as playlists começaram a funcionar no dia 24 de setembro, e estarão disponíveis por um tempo limitado, como parte dessa fase de testes.
Essa iniciativa da Netflix parece seguir os passos de sua principal concorrente, a Disney+, que lançou, em agosto de 2024, listas de reprodução contínuas também voltadas para o público infantil. Contudo, até o momento, os canais da Disney+ estão restritos aos Estados Unidos, enquanto a Netflix expande seu teste para mais países.
Essa movimentação demonstra que as grandes plataformas estão atentas à demanda por conteúdos contínuos e fáceis de acessar, especialmente voltados para crianças pequenas.
Os novos canais da Netflix têm um foco bem específico, cada um oferecendo um tipo de conteúdo educativo ou de entretenimento. São dez no total:
ABC Playlist (aprendizado de letras);
Animal Playlist (conteúdos sobre animais);
Bedtime Playlist (contos para dormir);
Birthday Playlist (temática de aniversários);
Dinosaur Playlist (conteúdos sobre dinossauros);
Maths Playlist (educação em matemática);
Music Playlist (canções);
Science Playlist (conteúdos de ciências);
Truck Playlist (caminhonetes); e
Vehicle Playlist (diferentes tipos de veículos).
Essa diversificação é pensada para captar a atenção das crianças em diferentes momentos do dia, oferecendo um conteúdo adequado e divertido para cada ocasião.
Por exemplo, a “Bedtime Playlist” tem contos breves ideais para ajudar os pequenos a se prepararem para dormir. Já a “Birthday Playlist” é ideal para aqueles momentos de festa em que a criançada quer um conteúdo alegre e temático.
Entre os títulos disponíveis nas playlists, estão alguns dos favoritos do público infantil: “Peppa Pig”, “Cocomelon”, “Masha e o Urso”, “PJ Masks”, “O Ônibus Mágico” e “Hot Wheels”. Esses conteúdos já são bem populares na plataforma e têm sido amplamente aceitos pelas famílias, sendo aposta certeira para agradar tanto crianças quanto seus pais.
O formato linear das playlists também tem um apelo nostálgico. Ele lembra a programação televisiva tradicional, onde os espectadores não precisavam escolher episódio por episódio, mas podiam apenas sintonizar e assistir.
Isso pode ser um alívio para pais que nem sempre têm tempo ou disposição para selecionar o que seus filhos irão assistir.
Apesar de ser apenas um teste, essa nova funcionalidade indica um movimento da Netflix em busca de formas alternativas de manter o engajamento dos usuários.
O conceito de canais da Netflix vem para oferecer uma experiência mais descomplicada, similar à da TV convencional, mas com o toque moderno e curado do serviço de streaming. Se a aceitação for boa, é possível que a plataforma expanda a oferta para mais usuários e talvez até crie novos canais com temáticas diferentes.
No fim das contas, os canais lineares da Netflix podem se tornar uma adição interessante ao portfólio da plataforma, proporcionando uma nova maneira para as crianças assistirem seus programas favoritos sem complicações. Assim, a gigante do streaming busca inovar, combinando o melhor dos dois mundos: a curadoria de conteúdo sob demanda e a simplicidade da programação contínua.
O bloqueio do X, rede social anteriormente conhecida como Twitter, permanece em vigor no Brasil por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes, responsável pela determinação, afirmou que a retomada das atividades do X no país depende do pagamento integral de multas pendentes, totalizando R$ 10,3 milhões.
Essa decisão (clique para ler na íntegra) acontece em um contexto de tensões entre a plataforma, administrada por Elon Musk, e a Justiça brasileira.
Cumprimento parcial das exigências
O X já cumpriu parcialmente as exigências estabelecidas pelo STF para a retomada de suas operações. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a plataforma demonstrou ter bloqueado perfis específicos e nomeado uma representante legal no Brasil, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição. Além disso, apresentou documentos que oficializam a advogada como responsável pela rede social no país, conforme os requisitos do STF.
Entretanto, o cumprimento dessas obrigações não foi suficiente. A liberação da plataforma só será possível após o pagamento das multas impostas, que somam R$ 10 milhões pelo descumprimento das ordens judiciais de suspensão e R$ 300 mil para a representante legal, Rachel de Oliveira.
As multas foram estabelecidas devido ao descumprimento, por dois dias, da ordem judicial que determinava a suspensão imediata das atividades do X no Brasil. A empresa reativou suas operações durante os dias 18 e 19 deste mês, em desacordo com a decisão da Suprema Corte.
Transferência de recursos e desistência de recursos
Outro ponto essencial na decisão do ministro foi a exigência de que a Starlink, responsável pela internet via satélite e vinculada ao empresário Elon Musk, desista dos recursos apresentados contra a decisão do STF. Essa decisão foi tomada para garantir que os valores bloqueados sejam transferidos para a União, cumprindo uma das sanções aplicadas contra o X.
A medida, que visa garantir a responsabilidade da plataforma em relação ao cumprimento das leis brasileiras, foi referendada pela Primeira Turma do STF. No entanto, o X conseguiu operar por dois dias sem cumprir integralmente as condições impostas, o que resultou nas multas mencionadas.
Compromisso da empresa e resistência ao bloqueio
Desde então, o X tenta demonstrar seu compromisso com as exigências judiciais. Em 26 de setembro, os advogados da rede social protocolaram documentos que comprovam o atendimento das demandas do STF, incluindo a nomeação da representante legal.
Além disso, a advogada Rachel de Oliveira estabeleceu um escritório físico no Brasil, onde poderá receber intimações e citações, reafirmando a tentativa da empresa de operar dentro da legalidade no país.
Contudo, o ministro Moraes manteve a posição firme de que, para retomar as operações, todas as multas precisam ser quitadas. Sem o pagamento desses valores, a rede social continuará bloqueada.
Essa postura do STF reflete uma tentativa de assegurar que as empresas de tecnologia respeitem as decisões judiciais e cumpram as obrigações legais enquanto atuam em território nacional. Além disso, estabelece um precedente sobre como o Brasil lidará com plataformas estrangeiras que desafiam as ordens da Justiça.
Perspectivas para o futuro da rede social
A situação do bloqueio do X no Brasil levanta discussões mais amplas sobre a relação entre redes sociais globais e governos nacionais. A necessidade de um representante legal no país e a disposição para cumprir determinações judiciais refletem um esforço do STF em garantir a soberania brasileira sobre conteúdos e atividades que possam afetar a segurança pública e o cumprimento das leis.
Enquanto o X luta para voltar a operar no Brasil, permanece a incerteza sobre como a empresa reagirá às exigências financeiras e se a postura do STF influenciará suas estratégias futuras. A expectativa agora gira em torno do pagamento das multas, que se tornou o último obstáculo para a liberação da plataforma.
Elon Musk e seus advogados terão que decidir se estão dispostos a seguir as condições impostas pela Justiça brasileira ou continuarão resistindo, mantendo o X fora do alcance dos brasileiros.
Essa situação também serve como um exemplo para outras empresas de tecnologia que operam no Brasil. O desfecho do caso do bloqueio do X poderá definir novos padrões de conformidade para plataformas digitais, enfatizando a importância do respeito às leis locais.
Até que o pagamento seja realizado, o X seguirá sem poder retomar suas atividades no país, deixando seus usuários à espera de uma resolução definitiva.
Se você é fã de descobrir novas músicas no TikTok, temos uma notícia um tanto agridoce. O “TikTok Music”, plataforma de streaming musical lançada há pouco mais de um ano, encerrará suas operações daqui a dois meses, no dia 28 de novembro de 2024. Parece que o app que veio como uma extensão da rede social não conseguiu se firmar no meio dos gigantes do streaming. Mas calma, tem uma estratégia por trás disso, e a palavra da vez é “integração”.
Em vez de tentar competir diretamente com nomes como Spotify, Deezer e Apple Music, o TikTok decidiu focar seus esforços na função “Add to Music App” (Adicionar a App de Música, em inglês). Esse recurso, para quem não conhece, permite salvar as músicas descobertas no TikTok diretamente em outras plataformas de streaming, como aquelas que você já usa no seu dia a dia. Ou seja, a ideia é tornar a experiência do TikTok ainda mais fluida, sem ter que lidar com a dor de cabeça de uma plataforma própria de música.
Afinal, por que encerrar o TikTok Music?
Essa pergunta deve estar na sua mente. A verdade é que o TikTok Music, lançado inicialmente para competir com outros serviços de streaming, teve dificuldades para decolar em alguns aspectos. A ausência de catálogos importantes e a dificuldade em se estabelecer em meio a gigantes da indústria foram obstáculos significativos. No entanto, o TikTok ainda tem uma carta na manga — e está apostando todas as fichas no impacto que a rede social tem sobre o consumo de música.
Para se ter uma ideia, Ole Obermann, chefe global de desenvolvimento de negócios musicais do TikTok, explicou que o foco agora será potencializar a integração do TikTok com outros serviços. Segundo ele, milhões de músicas já foram adicionadas a playlists de plataformas parceiras através do TikTok. Isso só reforça o papel da rede social como um influenciador direto do que toca por aí — uma forma inteligente de continuar relevante sem precisar bater de frente com gigantes do setor.
Como fica o impacto na indústria musical?
O TikTok Music até tentou fazer frente a outras plataformas, mas parece que o cenário não era tão favorável assim. Agora, a expectativa é que o TikTok continue crescendo como um dos maiores promotores de música do mundo, mas de um jeito mais indireto, sabe? Algo como ser a vitrine que direciona os ouvintes para outras lojas de música — ou seja, para os grandes streamings. Em países como a Alemanha, por exemplo, estima-se que cerca de 27% das músicas que alcançaram o top 100 começaram sua jornada de sucesso no TikTok.
Com o fim do TikTok Music, a empresa se posiciona mais como uma parceira da indústria do que como uma concorrente. A função “Add to Music App” será uma das principais ferramentas para tornar isso realidade, permitindo que o TikTok continue sendo a ponte entre o que se viraliza e o que se ouve nos streamings consolidados.
O que os usuários do TikTok Music devem fazer agora?
Os usuários do TikTok Music receberam um prazo até 28 de outubro para transferirem suas playlists para outros serviços de streaming. O TikTok indicou o site TuneMyMusic como ferramenta oficial para realizar essa migração. Além disso, quem tem assinaturas com data de término posterior ao fechamento do aplicativo poderá solicitar um reembolso.
Vale destacar que novas contas no TikTok Music foram bloqueadas já em 24 de setembro, então se você estava pensando em experimentar a plataforma, não será mais possível. A decisão, apesar de parecer uma perda para os fãs do serviço, reflete uma mudança clara de foco: em vez de brigar com os gigantes, o TikTok quer aproveitar seu potencial como um dos maiores influenciadores musicais da atualidade, atuando como um parceiro estratégico.
O que vem por aí para o TikTok?
Ao encerrar o TikTok Music, a rede social quer se concentrar no que faz de melhor: ser uma das maiores vitrines de música do mundo. A aposta na função “Add to Music App” parece ser apenas o início de uma nova estratégia que prioriza as parcerias e a promoção de artistas. E se o histórico do TikTok diz algo, é que a plataforma sabe como poucas capturar a atenção do público e transformar vídeos virais em fenômenos musicais.
Portanto, apesar de não ter dado certo como um serviço de streaming próprio, o TikTok Music deixa um legado importante e uma nova fase pela frente. O TikTok continua sendo um espaço relevante para descobertas musicais, mas agora com foco total em parcerias e integração, algo que pode ser muito mais vantajoso para o usuário no final das contas. E quem sabe? Pode ser que a sua próxima música favorita não venha do Spotify, da Deezer ou da Apple Music, mas sim daquele vídeo aleatório de dancinha que apareceu no seu feed do TikTok.
A Semana de Moda de Paris é sempre repleta de momentos que chamam atenção, e desta vez a cantora Anitta foi o centro das atenções. Não apenas pelo seu desfile, mas por um detalhe que muita gente reparou: o celular que ela estava usando. A cantora apareceu com um iPhone em mãos, o que causou um verdadeiro alvoroço nas redes sociais.
Para muitos, isso poderia passar despercebido. Afinal, é só um celular, certo? Mas o burburinho surgiu porque Anitta, até pouco tempo atrás, era parceira de longa data da Samsung. Ela costumava ser vista em eventos e redes sociais sempre com um aparelho da marca sul-coreana. O contrato entre Anitta e a Samsung foi uma parceria que durou muitos anos.
Mas, como todas as coisas, essa parceria chegou ao fim. Em nota oficial, tanto a equipe de Anitta quanto a Samsung confirmaram o encerramento do contrato. A marca agradeceu a artista por todos os anos de colaboração e desejou sucesso na carreira internacional. Ou seja, de acordo com a reação da Samsung, a parceria acabou de forma tranquila e amigável. Contudo, isso não impediu os fãs de fazerem piadas quando a cantora apareceu com o famoso iPhone durante um dos eventos mais badalados do mundo da moda.
Assim que Anitta desfilou pela passarela da L’Oréal Paris com o celular da Apple em mãos, as redes sociais logo reagiram. Um fã comentou com bom humor: “Anitta no primeiro dia sem o contrato com a Samsung no meio da passarela do Paris Fashion Week com um iPhone”. Outra pessoa brincou dizendo: “Finalmente ela pode usar iPhone em paz”.
Além do desfile, a cantora fez questão de continuar mostrando seu novo aparelho nas redes sociais, mesmo sem ter sido paga para isso. Ela postou uma foto nos stories, onde aparecia em frente a um espelho, segurando o celular da Apple. Isso foi mais do que suficiente para os internautas continuarem com as piadas, e o iPhone da Anitta virou o assunto do momento.
Esse tipo de movimentação nas redes sociais mostra como os detalhes na vida de uma celebridade podem gerar discussões e memes. Anitta sabia o que estava fazendo? Provavelmente sim. A cantora sempre foi muito estratégica em suas aparições e na forma como se comunica com seu público. Mostrar o iPhone em um evento tão importante pode ter sido um jeito de sinalizar que ela está novamente livre para o mercado de smartphones.
Será que, após o fim do contrato com a Claro, Anitta também irá virar as costas para a empresa e vai voltar a usar e citar a Vivo, mesmo sem ganhar nada por isso?
Polêmicas aconteceram durante a parceria entre Anitta e Samsung
Apesar do sucesso da colaboração entre Anitta e Samsung, nem tudo foi só elogios e posts patrocinados. Durante os anos de parceria, algumas situações polêmicas surgiram, gerando repercussão entre os fãs e a mídia. Uma das maiores polêmicas aconteceu em 2023, quando a cantora foi flagrada usando um iPhone enquanto ainda tinha um contrato de exclusividade com a Samsung.
O caso aconteceu enquanto Anitta passeava de mãos dadas com o ator Simone Susinna, com quem estava vivendo um affair. Embora o passeio fosse o foco das fotos, o que realmente chamou a atenção dos fãs foi o aparelho que ela carregava. Ao invés de um smartphone da Samsung, Anitta estava com um iPhone. Isso fez com que os internautas logo apontassem sobre a “traição milionária” da artista, já que ela era paga justamente para promover os aparelhos da marca asiática.
Nas redes sociais, o flagra virou motivo de piadas. Muitos comentaram que Anitta nunca conseguia usar seu iPhone “em paz”, já que, mesmo com o contrato, ela aparentemente preferia o aparelho da Apple. “Chocou 0 pessoas”.
Outro ponto polêmico na parceria foi um processo judicial envolvendo a produtora de Anitta, a S10 Entertainment, e a própria Samsung. A S10 Entertainment alegou que o nome “Galaxy S10”, de uma linha de smartphones da marca, causava confusão com o nome da produtora musical. O processo apontava que a Samsung usou fontes e cores similares às da S10 Entertainment para o marketing do celular, o que teria prejudicado a imagem da produtora.
No entanto, o júri federal de Los Angeles decidiu em favor da Samsung. A Justiça entendeu que a linha Galaxy S já existia desde 2010, enquanto a S10 Entertainment só foi fundada em 2017. Além disso, o júri considerou que a produtora não apresentou provas suficientes de que os consumidores realmente confundiram as duas marcas.
O cenário da internet fixa na América Latina tem um novo destaque: a Vivo. De acordo com o Barômetro nPerf, a operadora se consolidou como uma das líderes na região em 2024, disputando posições com operadoras chilenas de peso. A pesquisa, que analisou dados entre julho de 2023 e junho de 2024, colocou a Vivo como a melhor internet fixa no Brasil, e segunda colocada em toda a América Latina.
A medição considerou 15 países da América Latina e mais de 4 milhões de testes realizados. A pontuação nPerf, que reflete a qualidade geral da conexão, incluiu fatores como velocidade de download, latência, navegação e streaming, consolidando a Vivo entre as mais rápidas do continente.
Testes de velocidade comprovam eficiência
No Brasil, a Vivo apresentou uma média de 249 Mbps de velocidade de download, garantindo a quarta colocação entre as operadoras mais rápidas da América Latina. Embora tenha ficado atrás de três provedores chilenos – Mundo, Movistar e GTD –, a Vivo se destacou como a única brasileira no top 5. Isso demonstra que, mesmo em um cenário competitivo, a Vivo continua oferecendo a melhor internet fixa para seus clientes no país.
A chilena Mundo liderou com uma impressionante média de 359 Mbps, 50 Mbps a mais que a Movistar, sua concorrente direta. Lembrando que a Movistar é uma marca controlada pela companhia espanhola Telefónica, que por sua vez também é dona da Vivo no Brasil.
No entanto, a Vivo superou a Entel Chile e outras operadoras da América Latina em desempenho, especialmente na categoria de download.
Navegação e streaming sem interrupções
Outro aspecto importante analisado pelo barômetro foi a latência, que mede o tempo que um pacote de dados leva para ser transmitido entre o servidor e o usuário. Nesse quesito, a Vivo também brilhou, alcançando 16 milissegundos, quase empatando com a operadora peruana Win, que marcou 13 ms. Isso se traduz em uma experiência de internet mais rápida e eficiente para os consumidores, especialmente durante videochamadas e atividades que exigem tempo de resposta ágil.
Além disso, a Vivo alcançou excelentes resultados nos testes de streaming, empatando com operadoras como Movistar, Mundo e Telecable da Costa Rica. Todas essas operadoras conseguiram atingir 90% de qualidade em streaming de vídeos, o que proporciona uma visualização de conteúdo fluida e sem buffering, ideal para plataformas como YouTube e Netflix.
Porque a velocidade importa
Velocidade é um fator crucial para quem utiliza a internet de forma intensa, seja para trabalho ou lazer. Com mais de 100 Mbps de download, como no caso da Vivo, os usuários podem realizar atividades como baixar arquivos grandes, assistir vídeos em 4K e até fazer videochamadas em alta definição sem qualquer interrupção. Isso significa menos tempo esperando o carregamento de páginas e mais tempo aproveitando o que realmente importa.
A rapidez de download também é fundamental para gamers, que se beneficiam de uma experiência de jogo online mais fluida, sem lags ou travamentos. Além disso, a velocidade de upload também desempenha um papel essencial para criadores de conteúdo, que precisam enviar arquivos pesados para plataformas de compartilhamento.
Pela primeira vez desde os anos 1970, a TV aberta deixou de ser a principal mídia para investimentos publicitários no Brasil. De acordo com o Cenp-Meios, o estudo que monitora os gastos em propaganda no país, o digital ultrapassou a publicidade na TV aberta no primeiro trimestre de 2024.
Este marco histórico representa uma mudança significativa no cenário publicitário brasileiro, algo que já vinha sendo anunciado pelos números crescentes do mercado digital. O levantamento revelou que 39,6% dos R$ 6,035 bilhões investidos em publicidade no primeiro trimestre foram destinados à internet. Por outro lado, a TV aberta ficou com 37,4% do total.
Esses dados foram coletados de 335 agências que, juntas, representam 80% do mercado publicitário brasileiro. A diferença, embora ainda pequena, sinaliza uma nova era para a publicidade no Brasil.
O crescimento imparável da Publicidade Digital
Ao longo dos últimos anos, a internet vem ganhando espaço de forma acelerada. Desde 2018, a participação da mídia digital no bolo publicitário só aumentou. Naquele ano, 17,7% dos investimentos iam para o digital, enquanto 58,3% eram destinados à TV aberta.
Em 2023, essa proporção mudou drasticamente, com o digital alcançando 36,9%, enquanto a TV aberta ficou com 39,5%. Esse salto representa a transformação que a internet trouxe para a forma como as empresas se conectam com seus consumidores.
O aumento no uso de Smart TVs, o crescimento de plataformas como YouTube e a popularização das redes sociais fizeram com que o digital passasse a ser um campo mais atraente para anunciantes. A pandemia, sem dúvida, acelerou essa tendência, já que os consumidores passaram mais tempo conectados, e as marcas precisaram adaptar suas estratégias rapidamente.
A TV Aberta ainda tem espaço no jogo?
Apesar do crescimento exponencial da internet, a TV aberta ainda possui um papel relevante. Em termos de alcance, ela ainda lidera a audiência no Brasil, e muitas empresas continuam a ver valor em investir nesse meio.
A Globo, por exemplo, anunciou recentemente que faturou R$ 7,06 bilhões no primeiro semestre de 2024, sendo 65% desse valor proveniente de publicidade. Mesmo com o crescimento da publicidade digital, as grandes emissoras continuam a movimentar grandes quantias.
Entretanto, há um detalhe interessante nessa equação: uma boa parte desse faturamento da Globo vem da publicidade veiculada em suas plataformas digitais, como o Globoplay. Ou seja, a linha entre o que é TV aberta e o que é digital está cada vez mais tênue. A Record também segue uma linha semelhante, afirmando que cresceu 17% em 2024, impulsionada pela venda de espaços publicitários, incluindo vinhetas e merchandising.
O futuro da publicidade na TV Aberta: TV 3.0
A TV aberta está longe de ser ultrapassada, mas precisará se reinventar para competir com o digital. Um exemplo dessa reinvenção é a implementação da TV 3.0, prevista para 2026.
Com a chegada dessa tecnologia, será possível entregar anúncios de forma mais segmentada, como já acontece no digital. Imagine um comerciante local comprando espaço publicitário no horário mais caro da Globo, mas exibindo sua campanha apenas em uma região específica. Isso será possível com a TV 3.0.
A implementação dessa tecnologia vai criar um novo cenário para a publicidade, tornando a TV aberta mais competitiva. As emissoras terão a capacidade de oferecer às marcas algo que hoje é exclusivo do digital: dados mais precisos sobre os espectadores e a possibilidade de segmentação de anúncios.
Internet: a nova queridinha do mercado publicitário
No segundo trimestre de 2024, os investimentos em publicidade continuaram a favorecer o digital, com R$ 2,391 bilhões destinados à internet, enquanto a TV aberta ficou com R$ 2,256 bilhões. Outros meios, como mídia exterior, TV por assinatura e rádio, também continuam a ter uma fatia do mercado, mas nenhum deles apresenta o mesmo ritmo de crescimento que o digital.
Mídia
Valor Investido (R$)
Porcentagem (%)
Internet
2,391 bilhões
39,6%
TV aberta
2,256 bilhões
37,4%
Mídia exterior
667 milhões
11%
TV por assinatura
334 milhões
5,5%
Rádio
252 milhões
4,2%
Jornal
94 milhões
1,6%
Revista
26 milhões
0,4%
Cinema
16 milhões
0,3%
* Dados referentes ao segundo trimestre de 2024. Fonte: Cenp-Meios.
Essa tendência é um reflexo direto das mudanças de comportamento do consumidor. As pessoas estão cada vez mais conectadas, e as marcas estão cientes de que precisam estar onde seus clientes estão. Portanto, a internet passou a ser o principal campo de batalha para a atenção dos consumidores.
A publicidade na TV Aberta vai desaparecer?
Embora a TV aberta tenha perdido o posto de líder nos investimentos publicitários, não significa que ela vá desaparecer. Pelo contrário, ela ainda mantém um grande alcance e relevância, especialmente em eventos de grande audiência, como novelas e campeonatos esportivos. Além disso, com a evolução da TV 3.0, espera-se que as emissoras consigam equilibrar o jogo, oferecendo às marcas soluções inovadoras que misturam o melhor do digital e da televisão tradicional.
Afinal, enquanto o digital cresce a passos largos, a TV aberta também está se adaptando. As duas mídias, ao que tudo indica, estão caminhando para uma integração, onde as barreiras entre o digital e o tradicional serão cada vez menos visíveis. O futuro da publicidade no Brasil, portanto, é híbrido, e tanto a internet quanto a TV aberta terão seus espaços garantidos nesse novo cenário.