Teles terão que cumprir algumas regras para receberem autorização da agência para bloquear, reduzir a velocidade ou cobrar excedente.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 18, regras sobre a adição de franquias de dados na internet banda larga fixa. O órgão regulador disse que as empresas não poderão cortar a conexão, reduzir a velocidade ou cobrar nenhum valor a mais de usuários que não tenham acesso a ferramentas de controle de consumo.
Mesmo sem proibir diretamente a prática das operadoras, a Anatel disse que nenhuma delas poderá colocar restrições sem antes:
preparar novas campanhas publicitárias que mostrem o limite de franquia determinado em contrato, no mesmo tamanho e destaque dos preços da oferta e velocidade de acesso;
treinar os seus funcionários e revendedores para informar das limitações para o consumidor;
enviar informativos para o cliente pela fatura telefônica, ou mesmo por e-mail, explicando que ele estará sujeito às novas regras; e
desenvolver mecanismos para que o usuário possa ter controle dos dados utilizados, incluindo uma ferramenta de acompanhamento de tráfego, acesso a histórico detalhado do consumo, possibilidade de comparar benefícios com outros planos similares, identificação do melhor plano para ele, além de receber uma notificação sempre quando a franquia estiver próxima de acabar.
Depois que as teles comprovarem que estão cumprindo a nova regra, a Superintendência de Relações com os Consumidores (SRC) deverá publicar autorização para a prática de franquias, sendo que as operadoras só poderão limitar o acesso três meses depois dessa autorização, sendo estes 90 dias o prazo para que os consumidores comecem a ser informados de eventuais novas regras, tendo ele tempo suficiente para rescindir o contrato e procurar outro provedor.
Caso as operadoras Vivo (GVT), Claro (NET), Oi, Algar Telecom, Cabo Serviços de Telecomunicações, Sky Banda Larga, TIM Live e Sercomtel desobedeçam esta ordem, todas estarão sujeitas a uma multa de R$ 150 mil por dia de descumprimento, podendo a mesma chegar ao limite de R$ 10 milhões.
A Anatel marcou para às 16h de hoje uma entrevista coletiva com os jornalistas para prestar mais informações sobre o assunto.
Operadora havia programado a inauguração da identidade visual no intervalo do Fantástico, que foi afetado pela cobertura da votação do impeachment.
Exatamente à 0h02 da madrugada desta segunda-feira, 18 de abril, em um intervalo só dela dentro do Fantástico, da TV Globo, a TIM lançou a sua nova campanha intitulada “Fazer Diferente”. A emissora, assim como a maioria das suas concorrentes, exibiu na íntegra toda a votação do impeachment da Presidente Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados – sem intervalos comerciais.
O Fantástico só teve início perto da meia-noite. Portanto, o comercial de dois minutos, previsto para ir ao ar no começo do jornalístico, por volta das 21 horas do domingo, acabou sendo ‘jogado’ para o início do dia seguinte. Isso fez com que o comercial da empresa fosse visto por bem menos gente, obviamente por conta do horário.
Além disso, a TIM até preparou uma campanha no Twitter com a hashtag #FazerDiferente, que ficou no topo dos ‘Assuntos Mais Comentados’ da rede social durante todo o domingo, para complementar o seu comercial na TV, mas a prática acabou não surtindo muito efeito. Com isso, é esperado que a Globo compense a operadora com inserções publicitárias adicionais na sua grade, para compensar a perda de alcance da estreia da campanha. Afinal, milhões de reais estão em jogo.
Mesmo assim, o vídeo publicitário da Fazer Diferente foi ao ar, e marcou a apresentação do novo logotipo da TIM para o público brasileiro, acompanhado da assinatura “Evoluir é fazer diferente”. Se você ainda não viu, disponibilizamos o vídeo abaixo, se já assistiu, pode rever:
O presidente da TIM, Rodrigo Abreu, diz querer que a operadora seja a mais querida do Brasil. Por isso, a versão on-line da campanha lembra que a TIM foi a primeira empresa de telefonia a praticar a tarifa por chamada de duração ilimitada, a primeira a permitir ligações para números de outras operadoras pelo mesmo preço cobrado como se fosse para outro TIM, e atualmente é a operadora com a maior cobertura 4G do país.
Parece que o seu plano começou a dar certo. Foi publicada – pelas contas da TIM nas redes sociais – a mensagem de que a operadora não pretende impor limites de franquia na internet banda larga fixa, agradando grande parte dos internautas.
Uma seção de perguntas e respostas no seu site também foi reservada para tirar possíveis dúvidas de alguns usuários com a mudança visual e de posicionamento da TIM. Dentre as questões, a operadora diz que não está sendo vendida, que as contas e os canais de atendimento da operadora não vão mudar por conta da nova marca, e que o seu logo foi alterado para acompanhar as evoluções do mundo e ser universalmente conhecido.
Por causa da decisão de limitar o tráfego da internet banda larga fixa, sites e canais do YouTube estão destruindo a imagem da Vivo.
As operadoras Oi e Vivo passarão a incluir em seus contratos uma cláusula em que prevê a adição de franquias de dados para utilização da internet banda larga fixa. A NET também possui essa regra há algum tempo. Porém, a Vivo, que recentemente adquiriu a GVT, está sendo a maior vítima de xingamentos e sentimentos de vingança por parte dos usuários.
Talvez justamente por agora ser a dona da empresa de banda larga “mais admirada do Brasil”, os usuários e a imprensa não estão perdoando a Vivo. Vários sites renomados de tecnologia estão convocando os seus leitores a negativar a nova campanha publicitária da operadora, Viver é a melhor conexão, em que se apresenta como uma empresa quintuple-play. Utilizando termos como “sua internet vai virar um inferno”, os jornalistas conseguiram influenciar a população a fazer uma represália contra a Vivo.
O Minha Operadora vem acompanhando de perto toda a movimentação em relação ao assunto. Por ter como premissa a imparcialidade, não julgamos qual dos lados está certo, nem incentivamos atos de boicote ou algo parecido. Cada um sabe aquilo que é melhor para si mesmo. Mas informamos!
Na terça-feira, 12, publicamos uma matéria sobre a reação dos internautas referente ao bloqueio de internet. E vamos atualizar agora algumas informações:
1) A petição contra o limite de dados na banda larga fixa, publicada no site Avaaz.org, que estava com pouco mais de 300 mil assinaturas, agora já ultrapassou 1,6 milhão de reivindicações. A meta foi estendida para 2 milhões de assinaturas.
2) A página no Facebook “Movimento Internet Sem Limites“, que em nossa publicação anterior contava com 160 mil curtidas, agora quase triplicou esse número e alcança no momento 420 mil likes. No entanto, a rede social estima que mais de 1 milhão de pessoas se envolveram com a fan page na última semana.
3) Sobre o boicote ao filme da Vivo, também temos atualização. A rejeição do vídeo já chega a 96% dos que manifestaram opinião no sistema do YouTube. São 225 mil deslikes contra somente 8 mil joinhas.
Twitter
No Twitter, a hashtag #InternetJusta passou mais de 24 horas figurando entre os termos mais citados da rede social pelos brasileiros.
YouTube
Mais de 40 canais famosos do YouTube também lançaram campanhas ‘anti-restrição de dados’, e seus responsáveis gravaram dezenas de vídeos contendo duros discursos contra as operadoras de banda larga, principalmente contra a Vivo.
Algumas montagens e memes estão circulando pela web. O vídeo abaixo, por exemplo, visto mais de 200 mil vezes, mostra a aflição que passa o consumidor com as atuais franquias de internet móvel, e como será quando ela for de fato implementada no ramo fixo. A própria campanha da Vivo é utilizada como referência:
A Vivo contra-atacou:
Comunicado oficial
Amos Genish, fundador da GVT e atual presidente da Vivo.
Claramente preocupada com o desgaste da sua imagem, principalmente em um momento de apresentação dos seus serviços fixos para as cidades que antes eram cobertas pela GVT, a Telefônica/Vivo emitiu uma nota para o público em geral nos seus principais canais de comunicação na internet. Leia na íntegra:
“Em respeito aos nossos clientes e aos diversos comentários em redes sociais, esclarecemos os seguintes pontos:
Se você possui Vivo Fibra ou banda larga GVT contratados até 01/04/2016, o uso ilimitado de internet está garantido.
Os planos contratados após esta data preveem franquia de internet e têm, em caráter promocional, uso ilimitado. Não há previsão de alterações, mas asseguramos que quando e, se ocorrerem, serão avisadas antecipadamente, precedidas de ampla comunicação e de ferramentas para que você compreenda e acompanhe o seu consumo de internet.
Você terá sempre à disposição opções adequadas ao seu perfil de uso, baseadas em estudos de comportamento de consumo e suas expectativas. A Vivo oferecerá desde planos mais acessíveis até planos ilimitados.
Prezamos pela transparência e nos dedicamos a oferecer as melhores soluções aos nossos clientes.”
Para esclarecer informações adicionais, a Vivo criou ainda um FAQ – página de perguntas e respostas no seu site. Você pode acessa-lo aqui.
Resumindo… Como acabamos de ler, a operadora diz que a mudança ainda nem tem prazo para ser aplicada, mas, por precaução, está irredutível em relação a remover a condição do contrato, mesmo com tantos protestos.
É bom lembrar que Amos Genish, atual presidente da Vivo, foi o fundador da GVT e era quem administra a empresa antes mesmo de ser vendida. Isto quer dizer que, mais cedo ou mais tarde, a mudança também chegaria na GVT, com a Vivo ou sem ela.
Movimentação da concorrência
Vendo o que a ‘sua colega’ está passando nas mãos dos brasileiros, as empresas Oi e NET também trataram de enviar mensagens para a imprensa.
A Oi disse que não vai cortar o acesso do usuário quando este atingir o limite estabelecido em contrato. Porém, vai praticar a redução de velocidade para um patamar de até 300 Kbps. A operadora ressalta que ainda não estabeleceu nenhuma data para que as novas franquias entrem em vigência, mas não vai remover as condições do contrato.
Já a posição da NET foi de surpresa com tamanha repercussão, visto que, segundo a operadora, todos aqueles que assinam os serviços da empresa precisam ler e aceitar os termos e condições de aquisição, e eles sempre deixaram claro que há um limite para evitar práticas desonestas na rede. Mesmo assim, a NET diz que não bloqueia a internet de ninguém, somente reduz a velocidade para até 256 Kbps.
A TIM possui serviço de banda larga apenas nas cidades mais populosas de dois estados brasileiros. Você imagina quais são? Pois é, São Paulo e Rio de Janeiro. Seu presidente, Rodrigo Abreu, disse que a TIM Live (sim, o nome foi mudado) não vai “implementar limite de franquia na banda larga fixa”. Rapidamente a declaração se espalhou pela internet e se converteu em elogios e parabenizações à TIM. É uma pena que a maior parte do Brasil não tenha acesso aos seus serviços.
TIM Live anunciou que não vai limitar banda larga dos seus clientes, e já recebe uma série de elogios.
Na contramão do que quer fazer o mercado, o presidente da TIM Brasil, Rodrigo Abreu, deu a seguinte declaração no evento de lançamento da nova marca da operadora de telecomunicações, realizado nesta sexta-feira, 15, em São Paulo: “Não vamos implementar limite de franquia na banda larga fixa”.
Rapidamente, a conta da TIM Live (sim, os nomes foram invertidos) no Facebook repercutiu a mensagem, dizendo que “acredita na liberdade da internet”. O post – que divulga link para uma matéria publicada em um dos sites de tecnologia que fez críticas a Vivo – já teve cerca de 3,5 mil compartilhamentos e recebeu uma enxurrada de elogios por parte dos usuários, apesar de muitos deles nem terem acesso ao serviço, visto que a TIM Live está disponível apenas em grandes cidades do Rio e São Paulo.
Mesmo assim, num momento de caos e protesto contra as principais empresas de banda larga, um vídeo como este consola o povo:
E não vai parar por aí. No mesmo evento em que Abreu deu a declaração acima, a TIM lançou a campanha #FazerDiferente. O vídeo de dois minutos será lançado neste domingo, 17, em um intervalo comercial exclusivo dentro do Fantástico, da Rede Globo.
Segundo o executivo, os próximos passos da operadora que administra serão dados para que ela alcance um alvo: “Ser a empresa de serviços de comunicação e informação mais querida do país”. Será que isso será fácil de conseguir?
Dispositivo custa 350 reais e vem ainda com botão de emergência e função telefone.
Engajada na chamada “Internet das Coisas”, a Claro vai começar a lançar produtos do dia a dia conectados à internet. Para começar, a operadora apresentou o “Kids On“, um relógio inteligente que funciona com um chip GSM, tem localizador via GPS, botão de emergência e função de chamadas.
Com o Kids On, os pais podem sempre monitorar por onde os filhos estão andando através de um aplicativo gratuito e disponível para smartphones Android e iOS.
É possível programar até dez áreas diferentes para que a criança percorra. Caso ela ultrapasse algum dos limites estabelecidos, o pai, mãe ou responsável recebe na hora um torpedo informando que há algo errado. Além disso, a criança sempre poderá solicitar ajuda apertando o botão SOS do relógio. Uma notificação vai aparecer no aplicativo dos pais contendo a última localização disponível do filho a partir do momento em que o botão for acionado.
Por uma mensalidade de R$ 39,90, pais e filhos poderão se comunicar sem limites. Caso precise, o pequeno, ou pequena, também tem cinco minutos para fazer ligações para números de outras operadoras. Estes são benefícios do plano IoT (Internet das Coisas), criado pela Claro especialmente para aparelhos vestíveis, o que indica que mais novidades estão por vir.
Como o relógio também funciona como celular, a criança não precisará ficar andando com o aparelho propriamente dito, basta estar com o relógio no pulso, que inclusive possui uma aparência discreta e comum, com três cores disponíveis: cinza, laranja e rosa.
Apenas as lojas Claro de São Paulo estão com o produto em estoque, mas é possível comprar o dispositivo on-line. O relógio Kids On custa R$ 350, podendo ser parcelado em até 12 vezes de R$ 30. Lembrando que é necessário adquirir um chip Claro (R$ 10) mais o plano específico de IoT, com valor R$ 39,90 por mês. Para compensar o preço do chip, quem adquirir o relógio pelo site da Claro ganha 1 mês de Clarovideo de graça. Este é um serviço de streaming de vídeos ao estilo Netflix.
O dispositivo vestível foi fabricado pela brasileira DL Eletrônicos. Veja o manual de instruções do relógio aqui.
O bônus é válido para efetuar ligações para qualquer operadora. A internet é 4G.
A operadora Oi reformulou na semana passada a promoção “Oi Indica“, que busca aumentar a sua base de clientes apostando na propaganda ‘boca a boca’. Ao recomendar os serviços de celular da Oi para um amigo ou qualquer outro conhecido, a empresa dá uma recompensa ao cliente participante do programa pelo bom trabalho.
Agora são até 3 GB de franquia de internet 4G e 75 minutos para falar com números de qualquer operadora, local ou longa distância (com o código 31 ou 14), sendo que ambos são divididos em parcelas iguais pelo período de três meses consecutivos. Ou seja, 1GB de internet e 25 minutos por mês. O novo usuário também ganha o mesmo brinde, desde que realize uma primeira recarga na linha com o valor de R$ 18 ou mais.
Funciona assim: ao comprar um chip Oi e habilitá-lo num plano pré-pago ou controle, o novo cliente terá até cinco dias corridos para enviar uma mensagem de texto (SMS) para 4444 com o número completo (incluindo o DDD) do amigo que o indicou. Também é possível enviar a solicitação do bônus pelo site da Oi. Se tudo der certo, em poucos minutos a bonificação é concedida para os dois clientes – o novo e o antigo.
Desde 2011 que o Oi Indica está disponível. Começou distribuindo R$ 150 (divididos por três meses) de bônus para novos clientes cadastrados no plano Oi Cartão (pré-pago) e R$ 225 para novas linhas do Oi Controle. O bônus era válido apenas para a realização de chamadas locais para outros números Oi.
Muitas pessoas, principalmente revendedores da própria operadora, chegam a fazer campanhas para cadastrar uma grande quantidade de pessoas e faturar muito bônus. Mas a Oi alerta: atualmente o cliente indicador poderá receber um bônus de, no máximo, 450GB de franquia para acessar à internet, e 11.250 minutos (187 horas) para realizar chamadas para qualquer operadora, com as indicações do Oi Indica.
A bonificação do Oi Indica é sempre utilizada depois que termina a franquia de minutos ou de internet contratada no plano do cliente. Isso significa que o bônus serve como uma quota reserva para quando acabar os benefícios da oferta cadastrada na linha.
Novo slogan da operadora é “Evoluir é fazer diferente”. Veja o vídeo de lançamento.
Depois de uma campanha anônima que durou dois dias, a TIM resolveu admitir que é a idealizadora da ação publicitária “Fazer Diferente” e apresentou a sua nova marca para o Brasil nesta sexta-feira, 15. O lançamento aconteceu agora há pouco em um evento com executivos da companhia e jornalistas em São Paulo. A operadora adota ainda o slogan “Evoluir é Fazer Diferente”.
Todos os materiais on-line da operadora, como o site e foto de perfil nas redes sociais, já receberam a mudança que, em breve, será concluída também nas lojas TIM, fardamentos dos funcionários e fachadas dos prédios da empresa.
Uma campanha institucional – que também terá uma versão para ser exibida em rede nacional de televisão – foi preparada para a virada da marca. Nela, a operadora busca promover a mudança nas pessoas e incentiva o despertar dos brasileiros para um momento de mudança, “com menos promessas e mais fatos”.
Leia a narração do vídeo na íntegra:
“Você pode se queixar da vida,
ou se mexer, mudar
Respeito é uma questão de atitude
Tem gente que tem, e você, tem?
Eu tô cansada de promessas
Eu quero fatos
Todo mundo erra
Mas admitir o erro muda tudo
Não vem me dizer que não dá
Eu sei que tudo é possível
Fazer a diferença tá em cada um
E aí, mais alguém pensa assim?
A TIM está com você
Com menos promessas e mais fatos
Você pediu qualidade, a TIM investiu e construiu a maior cobertura 4G do Brasil
Você pediu liberdade, a TIM simplificou seus planos
Mais respeito e transparência para construir uma nova história
Uma nova marca: TIM – Evoluir é fazer diferente.”
Assista a seguir ao comercial de lançamento da nova identidade visual da TIM no Brasil:
Relembre a trajetória da GVT até a sua venda para a Vivo.
No dia 18 de setembro de 2014, a companhia de telecomunicações espanhola Telefónica, proprietária da Vivo no Brasil, anunciava que havia acabado de acertar a compra da operadora de serviços fixos Global Village Telecom (GVT), do grupo francês Vivendi, pelo equivalente a 7,2 bilhões de euros (algo em torno de R$ 28,1 bilhões na cotação atual). Foi uma das maiores transações do setor de telecomunicações brasileiro na história.
A partir de então, começou uma corrida para a conclusão da fusão entre as duas empresas. Os termos do negócio passaram por análise da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Ambos aprovaram a operação, apenas tendo a Anatel imposto algumas condições, dentre elas a entrega de uma das outorgas nas áreas de São Paulo em que houvesse sobreposição de rede e a saída da Telefónica do capital da Telecom Italia, por sua vez proprietária da TIM Brasil.
A Telefónica aceitou se desfazer das ações que tinha na Telecom Italia para dar prosseguimento ao seu processo de fusão com a GVT no Brasil. A espanhola vendeu a sua parte para a Vivendi, ex-proprietária da GVT.
Campanha de lançamento de serviços convergentes
Oficialmente a Vivo já é uma empresa de telecom quadruple-play de nível nacional. O pontapé para a nova fase da empresa foi dado na noite desta quinta-feira, 14 de abril, quando a operadora utilizou um espaço exclusivo na abertura do Jornal Nacional, da TV Globo, no horário nobre da televisão brasileira, para apresentar a emocionante campanha “Viva Tudo“, em que se apresenta como sendo uma operadora completa.
São duas versões, uma de 1 minuto, exibida no JN e disponível na internet, e outra de 30 segundos, para inserções publicitárias aleatórias nos principais canais da TV aberta e fechada. Em nenhum momento do filme, no entanto, a marca GVT aparece ou é mencionada, e nem deve ser mais exibido nenhum outro comercial em que a GVT se faça presente. Tudo para que ela seja definitivamente esquecida.
O Minha Operadora foi pioneiro na divulgação do comercial de virada de marca da GVT para Vivo. Se você ainda não viu esta matéria, pode rever agora o vídeo:
Observação: para os interessados, o nome da música que toca no comercial da Vivo é “Somewhere Only We Know”, cantada na versão feminina pela cantora Lily Allen (a versão masculina é da banda inglesa de rock alternativo Keane).
Contraponto
O sucesso da nova campanha da Vivo – Viva Tudo – está sendo ofuscado pela indignação dos usuários de internet com a informação que circula na imprensa de que ela (a Vivo), juntamente com a Oi, estão preparando a adição de limites de franquia para a internet banda larga fixa, a exemplo do que já acontece na NET Serviços.
No vídeo principal da campanha publicado no YouTube, a quantidade de deslikes (não gostei) já chegava a 19 mil até o momento da publicação deste artigo. Enquanto isso, a quantidade de likes (joinha ou gostei) era de apenas 700. Uma diferença de 2.714% – simplesmente o vídeo mais negativado do canal da operadora na rede social do Google.
A Vivo ignora os comentários raivosos e cheios de xingamentos pesados que estão sendo publicados pelos usuários nas redes sociais. A quem diga, no entanto, que o vídeo a seguir, publicado no final da noite de ontem, foi uma indireta:
Redes sociais
As contas da GVT e GVT TV no Twitter e Facebook já estão fechadas. Um aviso de despedida foi publicado em todas elas. A ordem agora, obviamente, é para seguir e curtir as contas da Vivo.
Ligações Interurbanas
É preciso ter atenção! A partir de hoje o código de seleção de prestadora (CSP) para realizar chamadas de longa distância dos telefones fixos da GVT da Vivo é o 15, não mais o 25.
Rito do impeachment
Para quem não lembra, a Vivo seguiu o mesmo rito de remoção de uma marca do mercado há exatos quatro anos. Foi o processo de impeachment destituição da logomarca Telefônica dos serviços fixos atuantes no estado de São Paulo.
Assim como foi neste mês com a GVT, no dia 2 de abril de 2012 a Vivo iniciou uma campanha massiva nos principais veículos de comunicação para anunciar a mudança de marca da Telefônica para Vivo. A ideia foi seguir o exemplo de outros países em que o Grupo Telefónica atua, nunca utilizando seu nome para contato direto com o público. Lá fora, a Telefónica tem as operadoras O2, no Reino Unido, e Movistar, na América Latina, com exceção do Brasil, onde está presente a Vivo.
No dia 15 de abril de 2012 – sempre uma referência ao código 15 -, também entrou no ar uma campanha em cadeia nacional pela Rede Globo de Televisão. Como a data caiu no domingo, o programa escolhido para a apresentação foi o Fantástico, líder em audiência. Foi apresentado este vídeo de 1 minuto:
Trajetória da GVT
A Global Village Telecom recebeu, em 1999, autorização da Anatel para atuar no Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) brasileiro. Entrou em operação no ano 2000, fundado por Amos Genish (atual presidente da nova Vivo) com o apoio de fundos internacionais. Além de telefonia fixa e internet banda larga, a operadora também se aventurou no ramo de TV por assinatura via satélite.
Referência quando o assunto era internet de alta velocidade, foi eleita por sete vezes consecutivas (2009 – 2014) a melhor banda larga do Brasil pelo prêmio Inovação, da revista INFO, publicada pela Editora Abril. Presente em quase todo o território nacional, a GVT sempre foi muito premiada por causa da qualidade dos seus serviços e excelência no atendimento. Ela era a única operadora com central de atendimento 100% própria.
Seu bom desempenho sempre foi observado de perto pela concorrência e atraiu até olhares estrangeiros. Ao passo que expandia sua área de atuação, ia capturando clientes por onde passava, tornando a GVT uma gigante do setor em pouquíssimo tempo. Em 2009, Amos Genish vendeu a GVT para o grupo de mídia francês Vivendi (dono da gravadora Universal Music), mas continuou na presidência da companhia.
No decorrer de 2014, as companhias europeias Telecom Italia (TIM) e Telefónica da Espanha (Vivo) travaram uma dura batalha para ver quem oferecia a melhor proposta para adquirir a GVT. A Telefônica/Vivo acabou vencendo. Foi cogitada a possibilidade de só trocar a marca GVT para Vivo três anos após a conclusão da fusão. Mas Amos Genish teve pressa, e não quis repetir o que fez a mexicana América Móvil, que deixou Claro, NET e Embratel com a percepção de empresas diferentes, apesar de serem uma só empresa. “Como eu construí esse nome, também tenho o direito de matar a marca”, esbravejou Genish para diretores da Telefônica.
Em apenas 19 meses, tudo ficou pronto. Fardas de funcionários foram trocadas, fachadas de pontos de venda receberam novos retoques, os carros dos técnicos ganharam novos adesivos, e equipamentos (modens e antenas DTH) começaram a sair de fábrica com outra aparência. Estima-se que a Vivo gastou R$ 25 milhões com este processo de mudança.
Com a assinatura “Viver é a melhor conexão”, filme estreia hoje em rede nacional.
A Vivo soltou o primeiro comercial da campanha “Viva Tudo”, em que se apresenta como uma operadora convergente para fora do Estado de São Paulo, unindo 4G, Ultra Banda Larga, HDTV, Voz, Apps e muito mais.
Sob o mote “Viver é a melhor conexão” e apelando para o lado emocional dos telespectadores, o filme de 1 minuto faz uma comparação com vários momentos da vida real com o mundo digital. No vídeo, fazer login é como acordar, abrir nova janela é quando uma criança começa a perder os seus dentes de leite, receber uma nova configuração é como se fosse mudar o status de relacionamento e pausa na programação é o mesmo que tirar férias.
Tudo é embalado sob uma releitura da música Somewhere Only We Know, da cantora britânica Lily Allen. Assista:
O site www.vivo.com.br/vivatudo foi preparado pela Vivo para complementar a nova campanha. Porém, até o momento da publicação desta matéria, o mesmo ainda estava fora do ar, apenas com a mensagem “Somente um teste”.
A campanha de virada de marca da GVT para Vivo está prevista para acontecer no intervalo do Jornal Nacional desta quinta-feira, 14 de abril.
Nenhum material explosivo foi encontrado. Antena da Oi foi incendiada.
Depois de receber a denúncia de que uma bomba havia sido instalada no terceiro andar do prédio da empresa de telemarketing Contax, na Avenida Borges de Melo, em Fortaleza, policiais do esquadrão antibombas esvaziaram o imóvel e impediram a entrada de funcionários até a conclusão da vistoria, que contou inclusive com o auxílio de cães farejadores.
Por volta das 18h40 desta quarta-feira, 13, a vistoria foi finalizada, mas segundo a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, nenhum artefato foi encontrado e a empresa pôde retomar as suas atividades normais.
Em nota, a Contax informou que só soube que havia uma suspeita de bomba no prédio depois da chegada da Polícia especializada. “A Companhia prontamente possibilitou o acesso ao prédio e acompanhou a condução da inspeção, que teve sua primeira etapa finalizada sem que nada fosse encontrado”.
Ainda segunda a Contax, uma segunda vistoria chegou a ser realizada, mas ainda assim não foi possível localizar o material denunciado por anonimato.
Torre da Oi é incendiada
Em pouco espaço de tempo, equipamentos de uma torre de telefonia celular da operadora Oi foram arrombados, danificados e incendiados por vândalos. No muro do local, os criminosos picharam “Essa ação é uma represaria (sic) a instalação de bloqueadores de celulares nos presídios… estamos só começando”.
A Polícia do Ceará suspeita que as duas situações envolvendo empresas relacionadas ao setor de telefonia sejam contra a instalação de bloqueadores de sinal de celular nos presídios do estado, mas disse que não pode confirmar a relação dos casos.
A Oi disse, por meio da sua Assessoria de Imprensa, que prefere não comentar o assunto.
[ATUALIZAÇÃO 14/04 – 15h05]: Em pouco menos de 24 horas após o ataque à torre mencionada acima, uma outra antena de telefonia celular apresentou um incêndio de grandes proporções no bairro Granja Portugal, também em Fortaleza – CE. Os bombeiros foram chamados para apagar as chamas.