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Serviço de banda larga fixa, como GVT, NET e Oi Velox, também será afetado e não vai permitir acesso ao aplicativo. |
As operadoras de telefonia começaram a anunciar através das redes sociais que cumprirão a ordem da Justiça de bloquear o acesso ao aplicativo de mensagens WhatsApp em todo o Brasil. Diferente do que muita gente pensava, a ordem contempla todas as operadoras com atuação no Brasil, incluindo serviços de internet banda larga fixa, como Oi Velox, Vivo Speedy, NET e GVT. Portanto, o WhatsApp também não vai funcionar através de redes Wi-Fi.
A TeleBrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações), que representa as principais operadoras de telefonia do país (com exceção da Nextel), emitiu uma nota que foi replicada pelas telas, que diz o que se segue:
“A 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo determinou a operadoras de telefonia o bloqueio do aplicativo WhatsApp, pelo período de 48 horas. O prazo passa a contar a partir da 0 hora seguinte ao recebimento do ofício da Justiça.
A decisão foi proferida em um procedimento criminal, que corre em segredo de justiça. Isso porque o WhatsApp não atendeu a uma determinação judicial de 23 de julho de 2015. Em 7 de agosto de 2015, a empresa foi novamente notificada, sendo fixada multa em caso de não cumprimento.
Como, ainda assim, a empresa não atendeu à determinação judicial, o Ministério Público requereu o bloqueio dos serviços pelo prazo de 48 horas, com base na lei do Marco Civil da internet, o que foi deferido pela juíza Sandra Regina Nostre Marques.”
A Vivo e a GVT publicaram em sua página no Facebook e Twitter. O texto foi fixado no topo de cada uma das contas das operadoras em redes sociais. O texto diz:
“Informamos que a Vivo e as operadoras de telefonia receberam ordem judicial que determina o bloqueio do serviço WhatsApp em todo território nacional por 48 horas, contadas a partir da 00h00 do dia 17/12.”
A Claro também fixou nas suas contas em redes sociais o seguinte comunicado:
“A Claro informa que em cumprimento à determinação judicial, dirigida a todas principais empresas de telecomunicações, irá bloquear o aplicativo Whatsapp, em todo território nacional, a partir da 00h00 (zero hora) de hoje (17 de dezembro), pelo período de 48 horas.”
Para não sujar a sua imagem de “amiga do WhatsApp”, com promoções e acordos com o aplicativo de mensagens cujo dono é o Facebook, a TIM reforçou que as operadoras não são responsáveis pela ação de bloqueio:
“Por determinação judicial, dirigida a todas empresas de Telecom, o WhatsApp será bloqueado em todo Brasil, a partir de 0h de 17 de dezembro até 23:59h do dia 18 de dezembro (período de 48 horas). Esclarecemos que as operadoras não são autoras e não fazem parte da ação que resultou na ordem judicial.”
A Nextel e a Oi – que apenas se concentrava em narrar a Liga de Surf Mundial (WSL) – foram as únicas operadoras que ainda não tinham publicado nenhum comunicado oficial para os seus clientes até o momento da publicação desta postagem.
Nas redes sociais o clima de grande parte dos brasileiros que costumam estar conectados a internet é de tristeza e revolta com a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. No entanto, uma pequena parcela dos internautas achou boa a decisão de se desconectar do app de mensagem e viver a vida real.
Mas passar a se comunicar pessoalmente ou por ligações telefônicas não parece ser o objetivo dos fiéis amantes do que ficou conhecido no país como “Zap Zap”. No topo dos assuntos mais comentados da rede social Twitter, está o nome da empresa “WhatsApp”, atrás apenas de uma hashtag patrocinada por uma operadora de telefonia (a TIM). Em seguida, nas demais colocações, nomes de aplicativos concorrentes aparecem nos Trending Topics (TT) como Viber e Telegram. Uma migração massiva de usuários para essas outras ferramentas são esperadas.
Diante do transtorno, os brasileiros aproveitaram para rir, valendo-se da máxima de que “rir é o melhor remédio”. Veja alguns posts que ganharam popularidade e viraram memes:
A 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo, no Estado de São Paulo, informou que o pedido de interrupção do WhatsApp se deu através de um procedimento criminal que corre em segredo de justiça e por isso não pode ter detalhes do processo exposto, incluindo seu autor.
O Tribunal alega que o Facebook Inc., responsável pelo aplicativo, já havia sido alertado por não ter cumprido uma ação judicial datada de 23 de julho deste ano. Em 7 de agosto a empresa foi novamente notificada, com fixação de multa em caso de não cumprimento.
Como mesmo com a determinação da multa o WhatsApp não respondeu as reivindicações da Justiça, o Ministério Público solicitou o bloqueio do serviço pelo período de 24 horas a contar da meia-noite de hoje. O pedido foi despachado pela juíza Sandra Regina Nostre Marques, que segundo o Tribunal, foi apoiado na lei do Marco Civil da Internet.
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