11/10/2024
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PT inclui Sport TV na avaliação de ativos para fusão com a Oi

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A avaliação da Portugal Telecom (PT) para definir o valor dos ativos com que a empresa contribuirá para o aumento de capital da Oi, prévio à fusão, inclui a participação do canal esportivo português Sport TV, um negócio que ainda aguarda o parecer da Autoridade da Concorrência (AdC).

A PT, assim como a Oi, divulgou nessa sexta-feira, 21, através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a avaliação de ativos feita pelo Santander Brasil, que atribui um valor total de 1.708 bilhão de euros ao grupo (ou R$ 5.575 bilhões), excluindo o negócio no Brasil – Oi e Contax.

O banco diz ter seguido “a metodologia de fluxo de caixa descontado por acreditar que esta é a que melhor captura o desempenho futuro da PT Ex-Brasil, em linha com as melhores estimativas da administração da Companhia”.

Na avaliação está incluída a participação de 25% da PT na Sport TV, um processo que ainda aguarda a decisão da AdC (Cade de Portugal), depois de o regulador setorial, a ERC, ter dado condicionado a aprovação da operação a uma série de alterações.

O negócio prevê a divisão do capital da Sport TV pela Sportinveste (50%), pela PT e pela Zon Optimus (em partes iguais).

A avaliação divulgada esta sexta-feira (que tem um valor mínimo de 1.623 bilhão de euros e máximo de 1.794 bilhão de euros) servirá de suporte “ao valor apurado para os ativos da PT a contribuir no aumento de capital da Oi, o qual será submetido à aprovação dos acionistas da Oi” na assembleia-geral extraordinária de 27 de Março, adianta o comunicado da PT.

Na avaliação incluem-se todos os ativos do negócio em Portugal, os ativos africanos concentrados na Africatel, bem como o SIRESP, a empresa húngara Hungaro Digitel e a Timor Telecom.

O Santander informou que os ativos de Portugal e Angola representam aproximadamente 97% da faturação e do EBITDA consolidado proporcional pró-forma da PT em 2013. As receitas superaram os 3 bilhões de euros e o lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações atingiu 1.269 bilhão de euros.

População revoltada com atos de vandalismo contra telefones públicos

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Moradores de bairros de São Carlos (SP) reclamam que muitos telefones públicos não funcionam. O problema é resultado de vandalismo e falta de manutenção. A Telefônica|Vivo informou que já enviou equipes técnicas aos locais de danos para avaliar os aparelhos e tomar as providências. Nenhum prazo foi dado.

A dona de casa Maria de Lourdes da Silva, já desistiu de tentar usar o orelhão, que fica em frente a sua casa no bairro Cidade Aracy. Ela precisa do telefone público para falar com as irmãs que estão em Pernambuco, mas sem o serviço ela foi obrigada a comprar um telefone fixo. “A única saída que achei foi instalar em casa. Ai gasto por mês R$ 140 a R$ 150”, contou.

Outra moradora da rua, Maria Aparecida Camargo, disse que nem se lembra da última vez que o orelhão funcionou. “Já faz muito tempo que não funciona. Ele até toca mas quando vamos atender cai a ligação”, disse a dona de casa.

A cerca de 100 metros, outro aparelho na mesma rua está bem conservado, mas na hora de fazer a ligação ele não funciona. O dono de um mercado bem ao lado do telefone público afirma que não há manutenção no aparelho. No comércio ele vende cartão telefônico, mas sempre avisa aos clientes que o telefone não funciona, antes que a pessoa queira devolver o cartão.
No bairro vizinho, Antenor Garcia, os orelhões estão pichados e danificados por vândalos e ainda diminuem o espaço para os pedestres na calçada. Na região central, é difícil encontrar um telefone público e os poucos não dão sinal. No bairro Santa Felícia, o aparelho está mal conservado. Ele tem sinal, mas as teclas não funcionam.

O comerciante Emerson Segundo tem uma padaria próxima ao orelhão e conta que não vende mais cartão telefônico. “Quem comprava para usar o orelhão e ele não funcionava voltava e queria devolver, ficavam bravos com a gente. Uma situação desagradavel”, comentou.

A Telefônica|Vivo disse que qualquer reclamação sobre defeitos nos orelhões os moradores devem ligar para a central de atendimento pelo número 103.15.

A produção da reportagem foi realizada pela EPTV, afiliada à Rede Globo na região de São Carlos e Araraquara.

GVT pesquisa comportamento dos jovens internautas brasileiros

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A GVT divulgou pesquisa acerca do comportamento dos jovens brasileiros quanto à internet; o material foi produzido para embasar os trabalhos da GVT. “Serve para gerar conteúdo, definir ações”, explicou Tatiana Weinheber, gerente de Comunicação Corporativa da GVT. “Não queremos que os jovens tenham uma ‘vida paralela’ com a internet, que não é mais ‘uma terra sem lei’”, argumentou.

Conforme Tatiana, que também é responsável pelo Guia de Uso Responsável da Internet (Guri), feito pela GVT, os serviços de inteligência do governo federal, como a Polícia Federal, monitoram a rede mundial de computadores para, justamente, impedir práticas indecorosas, como cyberbullying e pedofilia, e dar segurança aos usuários brasileiros. “A legislação em vigor atualmente também vale para a internet”, disse a profissional. Portanto, aos que cometerem “crimes virtuais”, estes também serão merecedores de punições.

A pesquisa é feita a cada um ou dois anos, e alguns problemas são parecidos – até se agravam. “Pedíamos para as pessoas não postarem muitas fotos de si na internet. Hoje existe até o termo selfie [tirar fotos de si próprio] e o Instagran, para publicar fotos. Contudo, as pessoas estão mais sensatas de não exporem muito sua intimidade”, disse Tatiana.

Os maiores perigos da internet continuam sendo os encontros, que quase sempre tem caráter de relação amorosa, seja entre heterossexuais ou homossexuais. “Pedimos a maior cautela possível nesses ‘encontros’”, falou. Existem até sites especializados em encontros íntimos.

Tatiana pediu, inclusive, para os usuários sempre fazerem medidas simples para segurança, como atualizar senhas (constantemente) e dispositivos de segurança.

Atualmente, a internet está em evolução quanto ao acesso em todo o mundo, mesmo com especulações na imprensa de que algumas redes sociais, como o Facebook, tendem a perder milhões de usuários daqui para frente. Para se ter ideia da vertente, hoje a internet “complementa o lugar da televisão, e é motivo de perdas para muitos, como as inúmeras lan houses que fecharam as portas”, explicou Tatiana.

A pesquisa foi elaborada com pessoas entre nove e 23 anos de idade de todo o País. Dessa fatia, 69% estudam em escolas públicas, fator condizente com a realidade brasileira. Desse pessoal, 57% acessam todos os dias, 47% acessam no quarto pelo computador e 80% curtem redes sociais, os dados fazem parte do quesito perfil.

Quanto à privacidade, 36% sentem-se mais livres quando anônimos, 64% compartilham fotos pessoais, 69% revelam seus nomes e 13% trocam números de celular.

Sobre riscos, 10% compartilham sexting (fotos de si próprio nus ou seminus) e 22% já receberam sexting. Ainda, 68% conheceram algum amigo pela internet. Em relação ao ciberbullyng, 17% já foram vítimas dessa agressão. E em referência a pornografia, 16% revelaram que já viram; e 13% já olharam imagens e conteúdos violentos.

Agora, você acha que essas crianças, adolescentes e jovens estão sendo acompanhados e orientados pelos mais velhos? Afirmaram que não têm acompanhamento dos pais 52%, e dos que têm acompanhamento, 43% não se aborreceu com isso, ou seja, o restante não gosta de ser monitorado.

E sobre prevenção, 36% dos entrevistados afirmaram que buscaram informações sobre uso seguro na internet.

Depoimentos

Casado, o engenheiro elétrico André Luís Lacorte mora em Campo Grande e tem três filhos, Allexis, de 17 anos, Angelo, de 13 e André, de oito. Em sua casa, o uso da internet é sempre controlado. “Não tem essa de ficar no quarto usando a internet de porta fechada”, disse pra começo de conversa.

O mais velho, que cursa o 2º ano do ensino médio e pretende ingressar no vestibular de Arquitetura, afirmou que usa “para diversão, e com responsabilidade”, e também “para estudar”. “Uso mais nos fins de semana, para fazer trabalhos ou jogar [com os irmãos]”, falou.

Alexxis também é um detentor de smartphone, utilizado principalmente para pesquisa e redes sociais. “Não sou viciado em ficar o dia inteiro online em redes sociais, mas desconheço um colega que não tenha internet e redes sociais.”

Guitarrista, tem uma banda de música, e utiliza a internet também para divulgar as investidas da Jelly Rogers. “É uma grande publicidade.” As reuniões da banda são definidas por skype, como os encontros com amigos, “tudo pela internet”.

Consciente, ele acredita que o mal da rede mundial é que “vicia muito fácil”, e a pessoa tem que ter controle.

Outra pessoa que tem filhos e preocupa-se com a relação deles com a internet é Graziele Martins. Sua filha Isabele Martins Ferreira da Silva, de 14, faz uso da internet por três ou quatro horas diárias. Há quatro anos usa a rede mundial, e atualmente o que mais mexe na internet é o Instagram e o WhatsApp.

“Todas as pessoas a quem conheço têm internet”, falou. Mas Isabele usa também para pesquisar assuntos de matérias que esteja com dificuldade na escola. Contudo, geralmente na “segunda-feira não uso”. O outro internauta da casa é o filho de oito anos de Graziele. “Ele já tem um tablet.”

Graziele monitora constantemente os filhos e o uso. “Sou mãe, mas também sou amiga da Isabele em suas redes sociais, para saber o que ela anda fazendo.”

Para Isabele, a coisa boa da internet é a possibilidade de falar com pessoas longe e completar o conhecimento. A coisa ruim é a solidão.

As duas famílias moram no Bairro Tiradentes. Conforme Graziele, no seu tempo quando nova, os costumes eram outros. “Morava nas Moreninhas [bairro da Capital] e as crianças e adolescentes não ficavam em casa, como é hoje. As brincadeiras, as conversas, eram todas na rua.”

Clientes revoltados com problemas na internet da Oi no Pará

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Em Belém (PA), clientes Oi no bairro de São Brás reclamam da falta de serviços de internet há mais de dez dias. O Ministério Público orienta a quem teve prejuízos a procurar os órgãos de fiscalização ou entrar com ações contra a operadora.

Sem internet desde o dia 09/02, Maura teve que mudar a rotina de trabalho, que antes era feito em casa. Ela também está sem telefone fixo. Ambos os serviços prestados pela operadora Oi.

“Eu pedi a solicitação do reparo de serviço e não fizeram nada. Pedi várias vezes e nos primeiros protocolos não foram gerados solicitação de serviço. E aí o que mostra na verdade é um certo descaso com os clientes, na maioria daqui de São Brás, que estão sem internet e telefone”, disse Marla Gomes, designer.

A falta dos serviços de internet é uma reclamação de muitos moradores do conjunto IAPI, em São Brás. Em uma gráfica, por exemplo, o movimento caiu pela metade em duas semanas. A negociação com os clientes e os projeto gráficos dependem da internet.

“Mudou a nossa rotina, né. Em relação à entrega de material, a questão orçamentária, nós acabamos atrasando para o cliente através da rede, da internet, que é uma ferramenta muito grande hoje na empresa”, disse Fabrício Piane, gerente de gráfica.

Em 2010, a Procuradoria da República ajuizou ação civil pública contra a Oi. A sentença foi dada no mês passado e condenou a operadora a ressarcir mais de 470 mil consumidores do Pará pelas interrupções na prestação dos serviços de internet Banda Larga de 2005 até outubro de 2010.

Os clientes que foram afetados pela falta de serviço de telefone e internet devem procurar orientação. “Os clientes que já tentaram resolver o problema e não tiveram êxito podem e devem procurar os órgãos competentes de fiscalização. Em primeiro lugar, a Anatel, que é a agência reguladora, uma autarquia federal que tem como dever justamente realizar a fiscalização desse tipo de serviço. E também procurar o próprio Ministério Público Federal”, disse Bruno Valente, procurador da república.

Em nota, a Oi informou que os serviços da companhia na área citada na reportagem são afetados parcialmente pelos furtos de cabos telefônicos nessa área. A empresa informa, ainda, que trabalha para restabelecer os serviços o mais rápido possível.

A Rede Liberal, afiliada a Rede Globo, preparou a reportagem por conta das frequentes queixas dos clientes. Você pode assistir clicando aqui.

Via G1

Telefônicas se comprometem a reduzir tarifas no Amazonas

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Representantes das operadoras Oi, Vivo, TIM, Claro e Embratel, além da Net, se reuniram com os deputados que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia no Amazonas. O objetivo foi assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual as empresas se comprometem, entre outras coisas, a diminuir o preço cobrado pelos serviços de internet aos consumidores, devido à redução da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) aprovada em dezembro do ano passado pelo governo.

Segundo o deputado Marcelo Ramos (PSB), membro da comissão, a Net anunciou que vai reduzir a conta em 23%, três percentuais a mais do que a redução da alíquota.

Ainda de acordo com o parlamentar, há outra conquista importante advinda da assinatura do TAC. “As empresas também se comprometeram a substituir o sistema de ligação por antenas, via rádio, por um sistema de fibra ótica, em Manaus. Isso é fundamental para garantir uma qualidade superior do serviço”, explica.

Ramos também adiantou que os trabalhos da CPI estão próximos de serem encerrados. “A previsão que nós temos é que, até uma semana depois do Carnaval, a gente entregue o relatório final e anuncie os resultados da apuração”, conta.

A CPI da Telefonia foi criada pela Assembleia Legislativa (ALE) em agosto de 2013, com o objetivo de apurar as razões por trás do péssimo serviço de telefonia fixa, móvel e de internet no estado. Composta por cinco deputados e três suplentes, a comissão colheu denúncias da população de Manaus e do interior, visitou instalações das operadoras e ouviu as explicações de seus representantes.

Além da redução do ICMS, fruto do trabalho da comissão, a CPI da Telefonia também conseguiu a instalação de uma subcomissão permanente na ALE para fiscalizar, a cada três meses, o cumprimento dos acordos assumidos pelas operadoras para a melhoria dos serviços, além da instalação de novas antenas no interior do Amazonas, onde a cobertura da telefonia é precária.

Opera está testando distribuir internet grátis em troca de publicidade

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A Opera Software está desenvolvendo o Sponsored Web Pass: trata-se de um serviço que oferece acesso gratuito à internet em dispositivos móveis em troca de visualização de publicidade.

A ideia é uma variação do Opera Web Pass, serviço apresentado há cerca de um ano em que a operadora participante cobra pela combinação de tempo de navegação com tipo de conteúdo acessado. Uma companhia pode oferecer pacotes de 30 minutos para acesso somente ao Facebook ou a serviços de e-mail, por exemplo.

Com o Sponsored Web Pass, as operadoras têm a opção de disponibilizar acesso gratuito à internet aos usuários que concordarem visualizar anúncios publicitários assim que iniciarem uma sessão. A receita obtida é então dividida entre a Opera e a prestadora.

É claro que é possível estabelecer condições. Uma delas é obrigatória: o usuário deve utilizar um navegador da Opera. As outras ficam a cargo da operadora.

A empresa pode, como exemplo, explorar a ideia na forma de créditos, algo no estilo “veja este anúncio e ganhe uma hora para navegar gratuitamente pelo Twitter ou Facebook”. Quando o crédito expirar, o cliente terá a opção de visualizar outro banner ou comprar um pacote de navegação.

O Sponsored Web Pass está em testes nos Estados Unidos, portanto, é cedo para saber se a proposta vingará, mesmo porque é necessário a adesão não só de consumidores como também das operadoras.

Oi divulga laudo de avaliação da Portugal Telecom pelo Santander

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A Oi divulgou nesta sexta-feira, 21, laudo de avaliação do Santander Brasil sobre os ativos da Portugal Telecom que serão usados no aumento do capital a partir da colocação pública de ações da Oi.

A análise, que exclui a participação que o grupo português possui no Brasil, aponta que os ativos valem 1,7 bilhão de euros. O documento mostra ainda que foi levado em conta um valor de empresa de 8,38 bilhões de euros que reúne, além dos ativos, a dívida da Portugal Telecom.

O método utilizado pelo banco foi primordialmente o de fluxo de caixa descontado, que leva em conta premissas de mercado e do plano de negócios da operadora portuguesa de telefonia e traz a valor presente as estimativas de fluxo de caixa. Esses valores são, então, descontados por custo médio ponderado de capital, o WACC.

O documento é importante porque detalha todo o método utilizado pelo banco para avaliar os ativos da Portugal Telecom que serão utilizados no aumento de capital que precede a fusão com a Oi.

A Tempo Capital, acionista minoritária da brasileira, disse que esperava o laudo para opinar se o cálculo dos ativos foi inflado ou não.

Os investidores da Oi temem que a diluição de sua fatia na empresa seja grande demais, com a parcela destinada aos portugueses e aos controladores atuais turbinada pela avaliação.

O principal negócio dessa parcela da Portugal Telecom que foi avaliada pela instituição é a operação em seu mercado natal. Em Portugal, o Santander calculou em 0,5% a queda média anual da base de clientes residenciais da companhia, de 2013 a 2018. Para o segmento pessoal (que inclui telefonia móvel), há perspectiva de alta de 0,8%. A área corporativa é a que mais cresceria, com avanço no mesmo período de 1,2%.

Já a receita média por usuário (ARPU, na sigla em inglês) aparece em tendência oposta. O laudo indica alta de 1,2% nesses seis anos no indicador para o negócio residencial, queda de 1,9% para o mercado pessoal e recuo de 5,4% no âmbito corporativo.

O documento também mostra que os lugares que trazem maior possibilidade de ganho em receita para o grupo português de telecomunicações são a Hungria (alta de 3,5% no ARPU), a telefonia fixa do Timor Leste (6,1%), a operação fixa de Cabo Verde (2,6%) e a área de TV do mesmo país (10,8%).

Essas premissas trouxeram estimativa de 3 bilhões de euros em receita líquida para 2018, considerando os ativos da Portugal Telecom excluindo a Oi e a Contax. A cifra significaria queda de 1,5% ante 2013. Somando o valor presente do fluxo de caixa de cada um dos anos do período, descontando o custo de capital e projetando a perpetuidade dos negócios, o valor da empresa chegaria a 8,38 bilhões de euros.

O laudo exclui a dívida líquida da operadora, não levando em conta as participações minoritárias, as obrigações com benefícios e soma a fatia em companhias que não estão consolidadas no balanço para chegar nos 1,7 bilhão de euros. Ao câmbio de ontem, de 3,26 euros por cada R$ 1, o valor seria de R$ 5,57 bilhões.

Reação do mercado

As ações da Oi subiam, há pouco, 2,4%, a R$ 3,84, na maior alta do Ibovespa. O principal índice da bolsa operava praticamente estável, com alta de apenas 0,10%, a 47.336 pontos.

Na manhã desta sexta-feira a companhia convocou, oficialmente, assembleia de acionistas para o dia 27 de março.

Prazo se esgota e testes com 700 MHz não são concluídos

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Esta sexta-feira, 21, era o último dia do prazo para que os testes de campo em Pirenópolis (GO) para avaliar a convivência entre a TV digital e o 4G na faixa de 700 MHz fossem concluídos. Apesar de todo o esforço para que o cronograma fosse cumprido, não foi possível realizar todas as medições e a Anatel deverá alongar o período de testes.

Foram diversos contratempos que impediram que os testes ocorressem no prazo. Mas os atrasos começaram ainda na fase de configuração dos equipamentos, chamada de pré-teste. Esse período deveria ter durado até dezembro, mas consumiu todo o mês de janeiro e um bom pedaço de fevereiro. Segundo apurou este noticiário, apenas na última semana os testes ganharam um bom ritmo.

Houve dificuldades na configuração da estação radiobase (ERB) LTE da Huawei e até agora não foi possível fazer as medições de interferência considerando o funcionamento da estação a plena carga. Segundo relatos de pessoas que acompanham os testes, o equipamento não segura mais de 1 minuto com carga máxima (máxima potência com a taxa máxima de transmissão de dados). Outros fabricantes poderiam ter participado do teste, mas seria necessário importar os equipamentos, o que tomaria tempo e envolveria custos. Só a Huawei tinha equipamentos no Brasil, mas não tinha engenheiros familiarizados com ele disponíveis.

Fora os atrasos com a configuração dos equipamentos, a Qualcomm teve problemas com a importação dos terminais e CPEs que serão usados. Estes ficaram retidos na alfândega e chegaram a Pirenopólis apenas na semana passada.

A Oi teve problema com a fibra ótica que chega à cidade, que se rompeu. Além disso, um raio derrubou o sinal de 2G, 3G e o de 4G para o teste. “Só aí foram dois dias mortos”, diz uma fonte.

O resultado é que ainda não foram concluídas todas as medições e, por isso, a Anatel deverá prorrogar os testes. Por ora, a situação até aqui é de apreensão para os dois setores, mas ninguém tem pressa. A indústria de telecomunicações quer que seja avaliada também a interferência da TV digital no LTE em 700 MHz, até para ter segurança de quanto vai ser pago. E a radiodifusão preferiria que também fosse analisada a interferência com a estação LTE em carga máxima.

Como se sabe, foi em função desses atrasos que se optou por realizar todas as medições em campo apenas em Pirenópolis. Em Santa Rita do Sapucaí (MG) aconteceram os testes de laboratório nas dependências do Inatel, que terminaram nesta sexta, 21. Agora se inicia a fase de análise e interpretação das medições para a produção do relatório final.

Governo pensa melhor e decide investir mais dinheiro na Oi

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A decisão do governo de não colocar mais recursos públicos na Oi está sendo revista e o BNDES e os fundos de pensão de empresas estatais poderão investir mais recursos na empresa. Representantes do banco e dos fundos reuniram-se nesta semana para discutir um aporte de capital dentro do plano de reestruturação da telefônica depois da fusão com a Portugal Telecom. O investimentos seria em torno de R$ 600 milhões e o BNDES, sozinho, alocaria mais R$ 700 milhões.

Os recursos comporiam um fundo de investimento criado pelo banco BTG Pactual num total de R$ 2 bilhões. Participariam também desse aporte investidores privados, entre eles a LF Telecom (grupo Jereissati) e AG Telecom (da Andrade Gutierrez) que já são sócios da empresa. A Oi também se comprometeu a subscrever um aumento de R$ 14 bilhões em seu capital para fortalecer o balanço patrimonial da nova companhia.


Além dos financiamentos já feitos para a operadora, o BNDES tem ainda cerca de 17% do capital da empresa. Em 2008, foi feito um empréstimo de R$ 2,5 bilhões para capitalização da companhia, sendo que R$ 1,3 bilhão foi entregue diretamente aos acionistas controladores majoritários, a Andrade Gutierrez e a La Fonte. No ano seguinte, foram mais R$ 5,4 bilhões para bancar o plano de reestruturação da empresa. Mais recentemente, foi feito novo aporte dessa vez para aumento de capital, no total de R$ 2 bilhões.

Outro banco estatal que também vem fazendo aportes na Oi é o Banco do Brasil que já emprestou à operadora R$ 4,3 bilhões que foram usados na aquisição de outra operadora, a Brasil Telecom, dentro da política do governo (já abandonada) de estimular a formação de grandes multinacionais totalmente brasileiras. No total, a Oi tem em financiamentos públicos R$ 14,2 bilhões, o que representa 47% do total da dívida da empresa de R$ 30 bilhões.

Sercomtel vai reformar 500 orelhões em Londrina

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Com quase 2 bilhões de unidades vendidas por ano no planeta, o telefone celular é considerado item obrigatório. Preços em conta e facilidades oferecidas pelas lojas ajudam o interessado a adquirir aparelhos cada vez mais modernos. Inventado no final da década de 1940, o celular se tornou popular no Brasil a partir dos anos 2000. De lá para cá, muita coisa mudou. Os aparelhos se tornaram ‘inteligentes’ (smartphones) e as operadoras investiram em pacotes de ligação mais atrativos. Mas será que o celular conseguiu substituir os ultrapassados orelhões? A operadora Sercomtel garante que não. Tanto é que trabalha, atualmente, na reforma de 500 telefones públicos. 

A empresa abriu uma ata de registro de preços em janeiro para contratar uma empresa que ficará responsável pelo serviço. Os aparelhos vão ser modernizados no decorrer dos próximos anos. O gasto por unidade gira em torno dos R$ 260. O custo total, a ser encaminhado para a empresa Piraccini e Oliveira Ltda. ME, é de R$ 130 mil. “Independentemente da utilização do celular e do gasto que nós temos com os orelhões, a Anatel obriga toda operadora a manter pelo menos quatro telefones públicos em funcionamento para cada mil habitantes”, explicou o gerente de Implantação e Manutenção da telefonia londrinense, Luis Carlos Bianco.

Ele admitiu que o número de telefones públicos caiu em Londrina (PR) de 2011 para cá, mas garantiu que os aparelhos ainda são muito utilizados. Atualmente, Londrina conta com 3.631 aparelhos. São 6,62 telefones públicos para cada 1.000 habitantes. Ainda segundo a Sercomtel, cada orelhão consome em média 120 unidades de cartão a cada 30 dias. Ou seja, o londrinense utiliza, por mês, quase 15 mil cartões de 30 unidades nos aparelhos. 

Bianco garantiu que a reforma dos orelhões vai ajudar a Sercomtel a economizar dinheiro público. “A nossa planta atual é antiga e requer muita manutenção. Com a modernização, vamos conseguir otimizar os consertos. A parte funcional não muda para o usuário, mas a substituição dos equipamentos vai nos ajudar a identificar os problemas com mais agilidade”, complementa o gerente. 

Ele destacou ainda que a Sercomtel continua com o plano de diminuir o número de orelhões na cidade. “Retiramos 200 aparelhos entre 2011 e o ano passado. Pretendemos fazer a retirada de mais 300 até 2016”, contou. A telefonia faz a retirada de 10 a 15 orelhões por mês, sempre acompanhando casos de vandalismo, existência de outros aparelhos próximos e demanda de usuários. 

Sobre os casos de vandalismo, o gerente listou balanço positivo. O número diminuiu de 35 para 12 registros na comparação entre os meses de janeiro de 2013 e 2014. O valor usado para consertar os orelhões danificados também caiu, de R$3.107,53 para R$415,32.