07/10/2024
Início Site Página 2111

Para Ministro das Comunicações, fusão entre Oi e PT é benéfica

0
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que, mesmo com a fusão entre a Portugal Telecom e Oi/Brasil Telecom, a maior parte do capital da empresa será brasileiro, e que, até o momento, não vê “nenhum tipo de problema” na fusão entre elas.

Há alguns anos, o governo incentivou mudança nas regras do setor, com o objetivo de criar uma empresa nacional de grande porte, para ampliar a concorrência do mercado de telecomunicações brasileiro.

“A maior parte do capital será brasileira, se somarmos [as participações do] BNDES mais fundos de pensão e investidores privados”, disse o ministro, após participar de audiência no Senado pela manhã. Paulo Bernardo disse que ainda não teve tempo para analisar o fato relevante divulgado nesta madrugada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). “Vamos examinar e avaliar o que eles estão anunciando”, acrescentou.


De acordo com Paulo Bernardo, “o BNDES foi consultado, bem como os fundos, sobre se queriam aumentar a participação, mas não houve interesse”. No entanto, a participação acionária brasileira aderiu à parte do acordo anterior, que previa aporte de R$ 2 bilhões para pagamento de dívidas e investimentos.

Para o ministro, a fusão será positiva. “Não vejo grandes problemas. Eles fizeram o comunicado via CVM e parece que houve coletiva de imprensa em Londres. Ontem me ligaram. Parece que [a empresa] têm planos de fazer uma grande capitalização e grandes investimentos. Mas precisamos ainda ver o que disseram na conferência [de imprensa, em Londres] e examinar. Vamos chamar a direção [da empresa] para saber melhor os planos. Acho que será positivo”.

GVT investe R$ 80 milhões em SP e chega a Ribeirão Preto

0
A GVT expande a atuação para mais uma cidade do interior do estado de São Paulo e começa a operar em Ribeirão Preto, município com cerca de 650 mil habitantes. Para entrar na nova praça a operadora investiu cerca R$ 80 milhões em infraestutura de rede que permite a implantação de 90 mil acessos para serviços de banda larga de até 150 Mbps, TV por assinatura integrada à internet e planos customizados de telefonia fixa.

Do total aplicado, R$ 36 milhões foram destinados para infraestrutura em Ribeirão Preto, gerando cerca de 800 empregos diretos e indiretos. 

A GVT está presente no Estado de São Paulo com atendimento a clientes residenciais desde 2010, quando iniciou as operações em Sorocaba e Jundiaí. Nos últimos meses a empresa também começou a operar em Indaiatuba, Bauru e Várzea Paulista, somando investimentos de R$80 milhões. 

Com a expansão, a presença da GVT no mercado paulista passa a abranger 20 municípios, de um total de 147 cidades em 20 estados e Distrito Federal.

Junção Oi/Portugal Telecom vai aumentar disputa na oferta de TV

0
A fusão entre Oi e Portugal Telecom, deve aumentar a competição na TV interativa. A Oi já oferece o serviço de TV por assinatura, mas pode aprimorar sua plataforma de interatividade. A oferta do serviço tanto para consumidores residenciais quanto para empresas é a maior contribuição da Portugal Telecom ao novo grupo, o CorpCo.
Na TV por assinatura para empresas está o maior crescimento da base de clientes. Isso porque a Oi ainda não atua no segmento corporativo, e a Portugal Telecom tem uma base de clientes que soma 113 mil. Em seguida vem o crescimento de 31,4% na TV por assinatura residencial, oferecida agora pelo novo grupo a 1,1 milhão de clientes. 

A Portugal Telecom tem 40,4% do mercado de TV por assinatura em seu país-sede e 28% da fatia em triple play (que une serviço de voz, dados e multimídia).

Renato Pasquini, da consultoria Frost & Sullivan, aponta que o movimento é estratégico para defender a base de clientes de telefonia fixa da operadora brasileira, que ainda corresponde a 32,4% da receita do grupo. “A Portugal Telecom tem experiência grande em serviços multimídia. É uma das operadoras com maior adesão ao serviço de TV paga. A Oi utilizará agora a mesma plataforma”, conta.

Hoje a Oi tem serviço de TV paga sem interatividade e recentemente realizou melhorias, como a transição do serviço para alta definição (HD). “Aprimorando o serviço, será possível competir com GVT e Net”, diz Pasquini.

Na avaliação de Beltran Simo, associado em Bogotá da Delta Partners, consultoria de investimentos baseada em Dubai e especializada em telecomunicações, a Portugal Telecom traz para o casamento com a Oi a experiência de ser uma pioneira em convergência de produtos, algo essencial para conquistar as principais demandas do mercado brasileiro.

“O mercado brasileiro apresenta grandes oportunidades de crescimento sobretudo em banda larga e TV paga. Para capturar esse crescimento é necessário contar com uma oferta convergente muito potente”, afirma Simo. “A Portugal Telecom foi pioneira no lançamento de ofertas convergentes e se posiciona como o exemplo a seguir em nível mundial.”

O analista ressalta ainda que a Portugal Telecom possui muita experiência na integração de residências com fibra ótica, mercado em que ainda há espaço para crescer no País, e que permite oferecer banda larga de qualidade e TV de última geração.

Ao contrário da disseminação de telefonia móvel no Brasil, a adesão de consumidores pela TV por assinatura ainda é baixa quando comparada ao número de países desenvolvidos. Em 2012, o serviço era oferecido em 26% das residências no País, enquanto atinge 86% das casas nos Estados Unidos e 79% em Portugal.

Em conferência com analistas para anunciar a aliança realizada nesta quarta-feira (2), o CEO da nova companhia, Zeinal Bava, ressaltou que ambas as operadoras poderão dividir melhores práticas. “Queremos crescer com qualidade e rentabilidade, sem agressividade”, definiu. 

Para isso, ressaltou que a CorpCo irá buscar reduzir despesas, melhorar o fluxo de caixa e diminuir seu nível de alavancagem. “Já obtivemos melhorias nos últimos quatro meses”, disse.

O aumento de capital de até R$ 8 bilhões está previsto para 2014, após a conclusão da operação no final do ano, será essencial. “Em novembro esperamos ter novidades para anunciar ao mercado”, afirmou aos analistas.

A operação vai depender de condições do mercado, e está atrelada à votação dos acionistas que detêm ações preferenciais.

As sinergias com a fusão, estimadas pela empresa em R$ 5,5 bilhões, serão alcançadas principalmente no âmbito operacional (R$ 3,3 bilhões) e financeiro (R$ 2,2 bilhões), despesas operacionais (R$ 2,1 bilhões) e investimento em bens de capital (R$ 1,2 bilhão).

O número de clientes, com a incorporação, aumenta 4,3%, um total de 100 milhões. Cerca de 70% são da Oi, e o restante da Portugal Telecom e operações internacionais. A receita conjunta do novo grupo atinge R$ 37,4 bilhões.

Vivo passa a oferecer 4G também em roaming

0
A Vivo passa a oferecer roaming internacional na tecnologia de quarta geração. O serviço estará disponível a partir desta quarta-feira (02) para os clientes de São Paulo que viajarem para os Estados Unidos, principal destino dos brasileiros no exterior.

A partir da próxima sexta-feira (04), usuários de todo o Brasil terão o serviço à disposição. Serão acrescentados até o final do ano outros dez destinos, e os viajantes desses países que vierem ao Brasil poderão usufruir os serviços de roaming 4G e 3G enquanto estiverem em território nacional. Trata-se de um diferencial significativo para receber os visitantes para a Copa do Mundo e outros eventos.

CRISE: Franco Bernabè confirma rumores e pede afastamento do conselho da TIM

0
A TIM Participações divulgou hoje (03) comunicado da Telecom Italia, confirmando que o presidente da companhia, Franco Bernabè, renunciou ao cargo em reunião do conselho de administração realizada pela manhã.

Segundo comunicado, a reunião continua presidida pelo vice-presidente Aldo Minucci.

“O conselho manifestou a sua gratidão a Franco Bernabè pelo grande empenho e substancial contribuição gerencial oferecida ao longo dos anos orientando a companhia”, destaca o comunicado ao mercado. Bernabè foi diretor presidente do Comitê Executivo.

Ele possui 468.000 ações ordinárias da Telecom Italia (dos quais 18 mil indiretamente) e 480.000 “savings shares” da Telecom Italia (dos quais 30 mil Indiretamente). Uma nova comunicação será apresentada no final da reunião do conselho, segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Fusão Oi-PT: CorpCo será gerida por executivos de ambas as empresas

0
Como você já deve estar sabendo, a brasileira Oi e a Portugal Telecom anunciaram que irão fundir suas operações, assim como já acontece com a Telefônica/Vivo por exemplo. Onde a PT vai ter ainda maior controle sobre a Oi, afinal, a Oi vai passar a fazer parte do grupo da operadora luso. As telefônicas vão se fundir numa nova empresa, a CorpCo, que será criada no primeiro semestre de 2014. Até lá, a Oi vai realizar um aumento de capital de até R$ 8 bilhões.

“A operação de fusão é uma consequência natural da aliança industrial entre a Portugal Telecom e a Oi estabelecida em 2010, criando um operador de telecomunicações líder gerido por Zeinal Bava como CEO”, indica um comunicado da empresa de comunicações PT enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) portuguesa.

A CorpCo será uma “única e integrada sociedade cotada brasileira” e a previsão é que a fusão gere “sinergias” com um valor atual líquido de R$ 5,5 bilhões. Considerando os mercados atuais das duas empresas, a CorpCo terá receitas de R$ 37,5 bilhões, com cerca de cem milhões de clientes.

O comunicado informa que “acordo de intenções o qual define os princípios essenciais para uma proposta de fusão” foi assinado esta segunda-feira pela PT, a Oi, a AG Telecom Participações, a LF Tel e respectivas holdings. 

Para concretizar a fusão, a Oi deve realizar “um aumento de capital em dinheiro e em bens” de no mínimo R$ 7 bilhões, “com um objetivo de R$ 8 bilhões, com a finalidade de melhorar a flexibilidade do balanço da CorpCo”. 

Zeinal Bava será o presidente executivo da nova empresa, acompanhado por Presidente do Conselho de Administração da Oi) (atual Presidente do Conselho de Administração da Oi) e Henrique Granadeiro (presidente da PT) como Presidente e de Vice-Presidente do Conselho da empresa, respectivamente.

Além de terem que ser aprovadas pelos acionistas, a fusão e o aumento de capital também têm ainda que ser autorizadas pelas entidades de regulação portuguesas e brasileiras.

Tem celular? Conheça os principais direitos que você tem

0
Poucos são os que conhecem seus direitos como consumidores, especialmente quando se trata de serviços de telecomunicações. Para ajudar os brasileiros nesta tarefa, o Minha Operadora divulga os principais direitos dos usuários e obrigações das operadoras de telefonia móvel, instituídos pela Anatel. Confira abaixo o que esperar das empresas prestadoras de serviços.
  1. A inclusão de usuário inadimplente em sistema de proteção ao crédito somente pode ser feita após a rescisão do contrato e desde que haja aviso, por escrito, pela prestadora com pelo menos 15 dias de antecedência. Durante a suspensão parcial da linha do usuário inadimplente ou sem créditos pré-pagos, ainda é possível efetuar chamadas a cobrar e para serviços de emergência, além de receber ligações pelo prazo de, no mínimo, 30 dias.
  2. A prestadora não pode recusar atendimento a pessoa inadimplente, que poderá contratar um plano alternativo indicado pela prestadora.
  3. As mensagens de celular devem ser entregues em até um minuto ou reenviadas por 24 horas até serem recebidas. Caso a entrega ocorra após esse prazo, a operadora não pode cobrá-las.
  4. Nos planos pré-pagos, a prestadora pode oferecer créditos com qualquer prazo de validade, desde que possibilite ao usuário a aquisição com prazo igual ou superior a 90 dias e 180 dias. Os créditos vencidos serão renovados a cada nova recarga. O usuário ainda deve ser comunicado quando seus créditos estiverem próximos de acabar. A prestadora também deve disponibilizar canal gratuito em tempo real para que o usuário verifique seu saldo e a validade.
  5. O cancelamento deve ser efetivado sem ônus em até 24 horas após a solicitação efetuada pelo usuário.
  6. O cliente tem direito ao desbloqueio gratuito de seu telefone a qualquer momento, sendo vedada a cobrança de qualquer valor pela realização desse serviço. O desbloqueio do aparelho não caracteriza quebra de fidelização, não sendo permitida, nesses casos, a cobrança de multa a título de rescisão contratual.
  7. A partir do recebimento da fatura, usuários de planos pós-pagos têm 90 dias para contestar débitos indevidos. Na modalidade pré-paga, o prazo é de 30 dias. A prestadora deve responder aos questionamentos previstos neste item no prazo de até 30 dias contados da contestação.
  8. O cliente pode pedir um relatório detalhado com periodicidade igual ou superior a um mês ou solicitar o documento com informações relativas aos 90 dias anteriores ao pedido. Neste segundo caso, a solicitação deverá ser atendida no prazo de 48 horas.
  9. A entrega do documento de cobrança deve ocorrer pelo menos cinco dias antes do vencimento. A hora que quiser, o usuário poderá pedir, sem ônus, outro documento que contenha exclusivamente valores correspondentes à prestação do serviço móvel pessoal.
  10. Os planos de serviço somente podem ser ofertados aos usuários se houver garantias de imediata ativação do serviço e sua utilização.
Agora que você já sabe seus direitos, corra atrás deles. Para ler o documento da Anatel na íntegra, clique aqui.

CorpCo, nova empresa formada pela união entre Oi e Portugal Telecom, estará entre as maiores do mundo, segundo Bava

0
A CorpCo, empresa que será criada com a fusão da Oi com a Portugal Telecom, tem a ambição de estar entre as maiores do mundo, com significativo potencial de crescimento no Brasil, disse o presidente-executivo da Oi e da Portugal Telecom, que confia na melhoria de flexibilidade financeira.

A Portugal Telecom e a Oi assinaram um memorando de entendimento para uma fusão, que fez a ação da empresa portuguesa chegar a disparar mais de 20% dado o reforço da posição estratégica, numa operação que envolverá um aumento de capital de um mínimo de 7 bilhões de reais na operadora brasileira.

“A ambição é estar entre os maiores players globais, assumindo uma vocação multinacional, desde a primeira hora, num setor em profunda transformação e afirmando-se como uma referência em termos de inovação tecnológica, excelência operacional e criação de valor acionista”, disse Zeinal Bava, em declarações escritas.

Fusão entre Oi e Portugal Telecom deve beneficiar acionistas

0
A notícia da fusão entre a Oi e Portugal Telecom (PT), divulgada na madrugada desta quarta-feira (02), deve beneficiar e elevar a confiança dos acionistas, ao passo que a holding CorpCo deve ingressar no Novo Mercado da Bolsa, incorporando os papéis da operadora no Brasil, afirmaram analistas. A nova empresa será comandada por Zeinal Bava.

As ações ordinárias (ON) da Oi fecharam o dia com alta de 5,69%, valendo R$ 4,46, enquanto as preferenciais (PN) valorizaram 4,03%, cotadas a R$ 4,65, liderando os ganhos do índice Ibovespa, um sinal de recuperação diante das perdas de 40% no acumulado do ano.

Na Bolsa de Nova York, os papéis da companhia valorizaram 5,29% nesta quarta-feira (02), e as da Portugal Telecom (listagem Euronext), 6,59%.

Com a operação, a Oi receberá um aporte de capital de R$ 13,1 bilhões. Parte dos recursos virá da Portugal Telecom (R$ 7 bilhões) e outra parte através da subscrição de ações (que prioriza os acionistas na compra dos novos ativos), que já conta com a adesão de um veículo gerido pelo BTG Pactual e da Telemar Participações, que irão subscrever R$ 2 bilhões.

“A injeção de recursos é positiva para o mercado porque dará mais liquidez aos papéis da Oi, que será beneficiada por uma melhor estrutura de capital”, analisa o estrategista da Futura Investimentos, Adriano Moreno. A operação, segundo ele, pode ajudar a desalavancar a empresa (que acumula dívida líquida de R$ 30 bilhões) e aumenta a possibilidade de ela passar a pagar dividendos aos investidores.

Para o Itaú BBA, a fusão deve representar um marco na história de investimentos da Oi. Em relatório divulgado, o banco afirmou que, apesar de a participação dos acionistas minoritários ficar diluída com o aumento de capital, a expectativa é de que a operação proporcione um maior alinhamento entre minoritários e controladores e permita uma melhoria operacional.

Os acionistas minoritários também terão direito à subscrição, observa a analista-chefe da corretora Concórdia, Karina Freitas. “Resta saber se irão oferecer algum bônus ou desconto a eles para tornar a operação de aumento de capital mais atrativa”.

Além de incorporar as ações da Oi e Portugal Telecom, a nova empresa (CorpCo) deverá atender aos padrões internacionais de governança corporativa para ingressar no Novo Mercado da BM&F Bovespa (o mais alto nível de listagem na Bolsa brasileira), além da bolsa de Nova York e a Nyse Euronext Lisbon.

Já os papéis da Portugal Telecom na bolsa de Lisboa encerraram esta terça-feira com alta de 6,5%, chegando a disparar 23% ao longo do pregão. A companhia chegou a atingir seu maior nível nos últimos oito meses e liderou os ganhos do índice PSI 20. Para analistas de corretoras portuguesas, o otimismo que levou as ações da PT a disparar até 20% no início do pregão decorrem principalmente das sinergias que o negócio vai permitir.

A estimativa avançada é de ganhos de R$ 5,4 bilhões, o equivalente a 56% da capitalização em bolsa da operadora portuguesa. “Esse otimismo está relacionado com as sinergias que atingem 22% do valor da PT em ações [considerando que os acionistas deterão 38% da nova empresa]”, diz Pedro Lino, presidente executivo da corretora portuguesa Dif Broker. O analista da Fincor, Albino Oliveira também sinaliza a sinergia como o principal atrativo para o desempenho positivo na bolsa portuguesa.

Oi e Portugal Telecom anunciam processo de fusão

0
A fusão entre as empresas de telecomunicações Oi (Brasil) e Portugal Telecom (Portugal), foi anunciada na madrugada desta quarta-feira (02), e resultará na criação da CorpCo, multinacional de grande porte que terá sede no País. Comandada por Zeinal Bava, CEO da Oi, a nova empresa calcula que gerará uma sinergia em torno de R$ 5,5 bilhões.

Como fruto da operação, a Oi receberá uma injeção de capital de R$ 13,1 bilhões. Parte dos recursos virá da Portugal Telecom (R$ 7 bilhões), e o restante por meio da subscrição de ações (que prioriza os acionistas na compra dos novos ativos).

O processo já conta com a adesão da Telemar Participações e de um veículo gerido pelo BTG Pactual (que irão subscrever ações no valor de R$ 2 bilhões), mas também será aberto a acionistas minoritários.

Ao incorporar os negócios da Oi e da PT, a CorpCo será dona de um mercado de 100 milhões de clientes, 70 milhões deles com base no Brasil. Com a fusão, a multinacional passa a atuar em quatro continentes (América, Ásia, África e Europa) e deve incorporar as ações das duas operadoras nas bolsas de São Paulo, Nova York e Lisboa, seguindo padrões internacionais de governança corporativa.

A fusão das duas companhias é vista como positiva por analistas do mercado financeiro, principalmente no que diz respeito à melhoria operacional e de governança corporativa que resultará da negociação.

A nova empresa terá ganhos de sinergia estimados em R$ 5,5 bilhões. Para analistas portugueses, o ponto forte do negócio são estes ganhos. O valor equivale a 56% da capitalização em bolsa da Portugal Telecom, destaca Pedro Lino, presidente-executivo da corretora portuguesa Dif Broker.

“Considerando que os acionistas da PT irão deter 38% da nova empresa, então o valor das sinergias cifra-se em € 680 milhões (R$ 2 bilhões), ou 22% da capitalização atual”, diz Lino.

A gestão é outro ponto forte desta nova empresa, bem como a simplificação da estrutura acionista. “Esperamos uma empresa mais ágil e transparente”, completa o presidente executivo da Dif Broker.
O endividamento, apesar de continuar em um nível alto (3,2 vezes o EBITDA – lucro antes de juros, impostos e amortizações), deve ter alguma redução. A nova empresa espera ter fluxo de caixa positivo em 2015.

Além disso, a incorporação permite maior musculatura para comprar tecnologia, estrutura e investir no País. “A Oi permanecia como a única empresa nacional diante de grupos multinacionais que atuam no mercado”, diz a analista chefe da corretora Concórdia, Karina Freitas.

Os analistas do Itaú BBA Susana Salaru e Gregorio Tomassi, endossam a opinião. Para eles, caso a fusão seja aprovada, pode ser potencialmente um “ponto de virada” no histórico de investimento da Oi. 

“Acreditamos que os gestores devem agora começar a focar na frente operacional e deixar para trás incertezas relacionadas à sustentabilidade de sua estrutura acionária e condição de alavancagem”, avaliam os analistas em relatório.

Para Karina, os ganhos operacionais podem acarretar em mudanças de estratégias. “Hoje a Oi é líder no mercado nacional em serviços convergentes (como TV por assinatura), mas pode crescer em telefonia móvel, que é um grande alavancador de concorrentes”. 

O analista Alex Pardellas, da corretora Banif, ressalta que, como as marcas irão continuar separadas em cada país de operação, a participação de mercado da operadora no mercado nacional não muda. “Os benefícios são inicialmente internos”, diz.