27/09/2024
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Claro não vê condições adequadas para acelerar liberação da faixa de 700 MHz

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Existe um sentimento cada vez mais perceptível entre as operadoras de telecomunicações de que nesse momento talvez não seja a hora de apressar o processo de licitação da faixa de 700 MHz, como quer o governo e como queriam as próprias empresas até o ano passado.

O primeiro sinal desse movimento veio de manifestações da Vivo, em fevereiro, criticando o cronograma antecipado de licitação de 700 MHz no Brasil. Depois, na semana passada, o próprio SindiTelebrasil pediu mais tempo na consulta pública sobre o assunto que está em curso na Anatel (pedido atendido pela agência). Foram apenas 30 dias a mais pedidos por conta da complexidade da matéria, mas em situação de pressa as teles certamente não gastariam esse tempo.

Agora, o presidente da Claro, Carlos Zenteno, foi na mesma linha ao comentar as expectativas da empresa para a faixa de 700 MHz. “O ponto é que não sabemos quais serão as exigências para as empresas. Talvez o melhor seja esperar a transição que já estava prevista na TV digital para depois abrir a faixa (para a banda larga móvel)”, disse ele. Explica-se: a transição da TV analógica para a TV digital, com o desligamento total da TV analógica, estava prevista para acontecer em junho de 2016. Depois disso, seria possível limpar a faixa de 700 MHz e aí sim pensar em uma licitação para leiloar o dividendo digital para a banda larga móvel.

O que o governo anunciou no começo deste ano é a antecipação, em parte das cidades, desse cronograma, de modo que o leilão possa acontecer ainda em 2014 e que as primeiras operações de banda larga móvel 4G estejam disponíveis nessa faixa do espectro ainda em 2015. Em contrapartida, as teles ajudariam a custear a digitalização da TV aberta e a troca dos aparelhos de TV.

“Para nós faria sentido se o leilão da faixa de 700 MHz fosse uma continuidade da licitação de 2,5 GHz. Mas se virá com mais obrigações e valores, teremos que avaliar melhor”, diz Zenteno. Para ele, os investimentos na faixa de 2,5 GHz não serão diminuídos pela licitação de 700 MHz. “Temos que cumprir as obrigações atuais, então o leilão de 700 MHz seria mais uma despesa”. A exemplo da Vivo, a Claro também adquiriu uma grande fatia da faixa de 2,5 GHz (20 + 20 MHz), e por isso desembolsou mais (quase R$ 1 bilhão) só pelas frequências. Oi e TIM, que têm faixas menores nos 2,5 GHz, e a Nextel, que ainda não tem saída para 4G, podem colocar pressão em sentido contrário.

O principal ponto, para a Claro, está nas obrigações que viriam em decorrência da limpeza da faixa de 700 MHz. “Se para limpar a faixa de 2,5 GHz onde está o MMDS a conta já está bem alta, para limpar a faixa de radiodifusão acho que vai ser ainda pior”, diz o presidente da Claro.

O risco dessa postura mais parcimoniosa das operadoras em relação à faixa de 700 MHz não é que elas percam o acesso à faixa. O governo já disse que esse dividendo será para a banda larga móvel e dificilmente voltará atrás. O maior risco é que a radiodifusão brigue para adiar o desligamento da TV analógica. Os argumentos já foram colocados em diferentes fóruns pelos representantes da radiodifusão, e são incontestáveis: enquanto houver alguém com um televisor analógico, será necessário atender esse telespectador.

Nos EUA, para desligar a TV analógica, o governo distribuiu cupons de compra no valor de US$ 40 para que pudessem ser adquiridos conversores digitais. E lá, quase 100% dos lares recebem o sinal de TV por meio de redes de cabo ou satélite. No Brasil, 70% dos domicílios ainda dependem exclusivamente da TV aberta, e a maior parte ainda tem apenas aparelhos analógicos. O governo sabe que em 2016 não há chance de que todos os televisores tenham sido trocados. Políticas de incentivo à troca certamente serão necessárias. A ideia era passar a conta para as teles em troca de uma maior agilidade na liberação da faixa de 700 MHz. Mas o clima, ao que tudo indica, virou.

Vivo lança comercialmente plataforma de M2M na nuvem este mês e avança em gestão de frotas

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A Telefônica|Vivo está preparando sua ofensiva no mercado de conexões máquina a máquina (M2M) no Brasil. Para isso, fará o lançamento operacional de sua plataforma de M2M. Anunciada em novembro como solução global da Telefônica Digital para M2M baseada na nuvem, a Smart Center agora já tem produtos definidos, força de venda, modelo de precificação fechado e será lançada comercialmente ainda neste mês.

“Nós já oferecemos conectividade às empresas e vamos entrar ainda mais na cadeia de valor”, afirma Roberto Piazza, diretor executivo de negócios digitais da Vivo. Em cima da plataforma na nuvem, a operadora espanhola está estruturando um portfólio de soluções para verticais específicas, em que há maior potencial de negócios, de forma a acelerar o crescimento de sua fatia do mercado de M2M no Brasil.

Atualmente, a operadora é a segunda colocada neste mercado, atrás da Claro (do grupo América Móvil), mas superou a TIM (da Telecom Itália) no ano passado. Enquanto a Claro contabilizava 3,19 mil acessos por M2M em 2012, a Vivo registrava 1,24 milhão de acessos e a TIM 1,23 milhões de acessos. A Oi registrava 1 milhão de acessos no final de 2012.

A operadora espanhola, porém, não está satisfeita com a vice-liderança e a disposição da Vivo para disputar terreno tem surtido efeitos. Em 2012, ano em que, de fato, fincou o pé no segmento, o ganho líquido da Vivo com M2M foi 81% maior por conta da captura da conta de cinco grandes operadoras de cartões de crédito. Em fevereiro, a Vivo diz ter aumentado sua participação no mercado M2M em 0,13%, totalizando 19,14% do mercado, com 1,4 milhão de dispositivos conectados. Além disso, a companhia já fechou um acordo com uma grande montadora, o que deve gerar novos acessos no futuro.

O mercado de gerenciamento de frotas é uma das verticais que a Vivo aposta para avanço das conexões máquina à máquina. O motivo para a dedicação da companhia é simples: a estimativa é de que 5 milhões de veículos têm potencial para estarem conectados (3% de penetração). E, para se preparar, a companhia investiu em uma parceria com a Sascar, empresa de monitoramento de veículos e gestão de operações de transporte no mercado nacional, para o desenvolvimento de soluções de gestão de frita de veículo leves no Brasil. 

Além de ganhar um portfólio de soluções de gerenciamento de frota que considera robusto, o que lhe garante entrada ágil no mercado, a parceria ainda rendeu à Vivo uma cartela de clientes de 300 mil empresas e uma rede ampla de instalação e assistência técnica, explica Piazza.

Os termos do acordo preveem que as duas empresas comercializarão soluções sob a marca Vivo, somando tecnologia, abrangência nacional e conhecimentos em gestão de frotas da Sascar com a rede comercial da Vivo. Os principais segmentos-alvo serão frotas utilizadas por equipes de vendas e assistência técnica, prestadores de serviço de concessionárias de água, luz e telefonia, bem como empresas de entregas rápidas, entre outros.

Com a parceria, já aprovada pelo Cade, as duas empresas também se preparam para a implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav) pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) [que prevê a obrigatoriedade de todos os veículos saírem da fábrica com chips de identificação] prevista para junho de 2015. “Essa é uma forma de estarmos presentes e atendermos essa demanda do governo. Neste segmento, estamos apenas nós e um segundo competidor”, afirmou Marcio Tabatchnik Trigueiro, presidente da Sascar.

As demais verticais prioritárias de investimento da Vivo em M2M são smart meetering (medidores inteligentes) e smart grid (redes de energia elétrica inteligentes). De acordo com Piazza, ainda não está definido se o avanço da Vivo na oferta de soluções para as demais verticais se dará por meio de parcerias. Segundo ele, cada caso será avaliado separadamente. “Existem situações em que a parceria se encaixa muito bem: quando há necessidade de reduzir o time-to-market e há uma empresa com expertise, plataforma robusta, rede de serviços bem estruturada e com abrangência nacional. Fazer isso demora”, declarou.
O mercado de M2M brasileiro deverá receber um impulso com a desoneração do serviço. A Lei 12.715/2012 (originária da Medida Provisória 563), que prevê a redução de dois terços da contribuição das conexões M2M para o Fistel, foi aprovada, mas ainda requer regulamentação, ainda sem data para sair.

Apesar da demora da definição, os terminais de dados para conexões máquina à máquina (M2M) continuam crescendo em ritmo mais acelerado do que o volume de modems para banda larga móvel. Balanço da Anatel referente a fevereiro aponta crescimento de 2,4% na base de acessos M2M em relação a janeiro, somando 7,082 milhões, equivalente a 2,69% das conexões móveis. No mesmo período, os terminais de banda larga móvel cresceram apenas 0,19%, para 6,769 milhões. O conjunto dos acessos M2M é quase que integralmente composto por máquinas de cartões de crédito e débito habilitadas nas redes de dados das operadoras.

Procon de Londrina libera em definitivo vendas da GVT

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O Procon de Londrina divulgou a revogação definitiva da suspensão que impedia a comercialização dos serviços de internet, telefonia e televisão por assinatura da Global Village Telecom (GVT). 

Em março, a empresa teve a venda de pacotes suspensas na cidade após 41 reclamações de consumidores que pagaram mensalidades bem mais altas do que os preços informados no momento da compra. 

Segundo o coordenador do Procon, Rodrigo Brum Silva, após a resolução dessas queixas, o órgão de defesa do consumidor liberou de maneira temporária a comercialização dos serviços da GVT. “Nós estabelecemos um prazo de 30 dias para a resolução de todas as 189 reclamações registradas no Procon”, lembrou. De acordo com a decisão administrativa publicada, a empresa comprovou em reunião que os clientes foram atendidos e os problemas resolvidos “com cópia da gravações de ligações efetuadas para os consumidores reclamantes” e outros documentos. 

Além disso, Silva informou que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado com o consentimento da Promotoria do Direitos do Consumidor para que a GVT não incorra “nos mesmos atos que geraram a decisão pretérita, sob pena de multa diária”, que não teve valor definido. 

Conforme o coordenador do Procon, o TAC ainda prevê a compensação financeira no valor de R$ 68 mil, por meio da entrega de mobílias para os setores administrativo e de atendimento do órgão em Londrina. Ele lembrou que o orçamento já havia sido aprovado pelo Conselho Municipal de Defesa do Consumidor para realização de um processo licitatório. “O TAC deve ser assinado na próxima semana. Assim, não será necessário a licitação, gerando economia aos cofres públicos”, comentou. 

Ele disse que os novos móveis vão colaborar com o projeto de melhorias no atendimento da população. “As empresas estão passando a respeitar o Procon de Londrina e, consequentemente, os consumidores do município”, ressaltou.

Clientes 4G da Oi terão acesso à rede Wi-Fi da operadora

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A Oi anunciou que divulgará na próxima semana a estratégia de atuação para o 4G, até mesmo com o lançamento de ofertas comerciais para o Dia das Mães. De acordo com a empresa, uma das novidades a ser anunciada é que os clientes 4G da Oi terão acesso ilimitado aos mais de 30 mil pontos da rede Oi Wi-Fi.

As antenas necessárias para a cobertura inicial exigida pelo edital do 4G estão em fase final de instalação pela Oi nas seis cidades-sede da Copa das Confederações (Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio e Salvador), segundo a empresa.

A companhia divulgará, em breve, qual será a cobertura inicial da rede 4G nessas cidades. A Oi reiterou que cumpre o cronograma da Anatel para a adoção do 4G.
Ontem, a Claro anunciou o lançamento da tecnologia em 11 capitais, dos quais seis receberão jogos da Copa das Confederações. Conforme o presidente da Claro, Carlos Zenteno, a empresa já investiu R$ 510 milhões para a oferta do serviço 4G no País e oferecerá cobertura em 90% das áreas dessas localidades.

MC diz que adoção da banda larga 4G vai baratear serviço e desafogar 3G

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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que os preços dos serviços de 4G devem cair à medida que mais clientes passarem a adotar à tecnologia. 

Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Bernardo ainda afirmou que o 3G deve melhorar a qualidade com a migração de usuários para a frequência destinada ao 4G.
“Nós não apostamos somente que vamos ter o 4G com desempenho melhor, mas também que ele vai melhorar o desempenho do 3G, porque uma parte significativa dos usuários vai migrar. Portanto, o serviço vai ficar menos congestionado”, afirmou.
O ministro também comentou que pelo menos 11 fabricantes já começaram ou vão iniciar a produção de smartphones compatíveis com a nova tecnologia. Em evento de lançamento dos serviços de 4G da Claro, o presidente da Anatel, João Rezende, afirmou que o país deverá ter até o final de 2013 cerca de 4 milhões de celulares com acesso à banda larga móvel.

Já o IDC prevê que neste ano devem ser vendidos no Brasil cerca de 600 mil smartphones habilitados para conexão 4G, volume quase quatro vezes maior do que em 2012. Isto representa apenas 2% dos cerca de 28 milhões de smartphones estimados para 2013.

Claro lança 4G em 11 cidades

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A Claro lançou oficialmente seu serviço de banda larga móvel 4G nas cidades-sede da Copa das Confederações. O 4G também está disponível para contratação em Porto Alegre, Curitiba, Campos do Jordão, Paraty e Búzios.

A cobertura do 4G Max terá variações de 20Mbps à 60Mbps (a média atual do 3G Max é de 6Mbps), e estará disponível em 90% das cidades-sede da Copa das Confederações, superando meta do governo de oferta em pelo menos 50% da áreas do torneio, afirmou a companhia. 

O pacote mais barato da operadora sai por R$ 207, com 100 minutos de voz e franquia de 5 GB de dados. Já os modems de 2 GB, 5 GB e 10 GB custam, respectivamente, R$ 79, R$ 119 e R$ 199.

Nove aparelhos compatíveis com a rede 4G Max estão disponíveis na Claro: Nokia Lumia 820, Samsung Galaxy Express, Motorola Razr HD, LG Optimus G, Galaxy S3 LTE, Lumia 920, Xperia ZQ, Galaxy Note 2 e Galaxy S4.
Em dezembro, a operadora lançou seu serviço de 4G em Recife (PE), Campos do Jordão (SP), Paraty (RJ) e Búzios (RJ). Na ocasião, a empresa informou que a banda larga móvel teria o o dobro de frequência das conexões disponíveis no mercado.
Neste ano devem ser vendidos no Brasil cerca de 600 mil smartphones habilitados para conexão 4G, volume quase quatro vezes maior do que em 2012. Isto representa apenas 2% dos cerca de 28 milhões de smartphones estimados para 2013. Os analistas da consultoria afirmam, no entanto, que o 4G deve demorar a decolar no país.

Brasil alcança 264,05 milhões de acessos móveis em março. 4G já tem 14 mil clientes

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O Brasil fechou março de 2013 com mais de 264,05 milhões de linhas ativas na telefonia móvel e teledensidade de 133,67 acessos por 100 habitantes. Em março, foram registradas quase 1,01 milhão de novas habilitações, o que representa um crescimento de 0,38% na base de assinantes em relação a fevereiro. No terceiro mês do ano, havia 211,38 milhões (80,05%) de acessos pré-pagos e 52,67 milhões pós-pagos (19,73%). A banda larga móvel totalizou 68,26 milhões de acessos.

Teledensidade por Unidades da Federação

A teledensidade avançou 0,32% (subiu de 133,25, em fevereiro de 2013, para 133,67, em março de 2013). No quadro abaixo é apresentada a teledensidade do Serviço Móvel Pessoal (SMP) nas 27 Unidades da Federação e nas cinco regiões do País.

Teledensidade por Unidade da Federação

  Número de acessos em operação Densidade (acessos por 100 habitantes)
Brasil 264.052.573 133,67
Distrito Federal 5.927.914 218,61
Goiás 9.006.941 145,17
Mato Grosso 4.522.655 141,07
Mato Grosso do Sul 3.724.037 149,92
Total da Região Centro-Oeste 23.181.547 158,71
Alagoas 3.927.830 118,81
Bahia 17.330.254 114,6
Ceará 10.347.521 116,67
Maranhão 6.113.386 91,46
Paraíba 4.713.374 120,11
Pernambuco 11.932.991 131,81
Piauí 3.764.362 114,62
Rio Grande do Norte 4.397.020 133,38
Sergipe 2.699.535 127,15
Total da Região Nordeste 65.226.273 117,18
Acre 941.356 127,01
Amapá 957.687 139,91
Amazonas 4.178.771 115,07
Pará 8.878.593 113,49
Rondônia 2.357.462 150,3
Roraima 522.966 113,88
Tocantins 1.835.213 135,26
Total da Região Norte 19.672.048 120,95
Espírito Santo 4.579.413 127,92
Minas Gerais 25.622.261 124
Rio de Janeiro 23.344.661 144,42
São Paulo 63.863.870 151,56
Total da Região Sudeste 117.410.205 142,24
Paraná 14.313.460 130,16
Rio Grande do Sul 15.706.241 141,58
Santa Catarina 8.542.799 134,06
Total da Região Sul 38.562.500 135,49

Mercado

O quadro a seguir apresenta o market share do serviço móvel no Brasil.

Participação das empresas

Holding Número de acessos Participação (%)
Vivo 75.987.544 28,78
Tim 71.232.161 26,98
Claro 66.308.256 25,11
Oi 49.493.752 18,74
CTBC 839.640 0,32
Nextel 79.623 0,03
Sercomtel 69.220 0,03
Portoseguro (autorizada de rede virtual) 41.377 0,02
Datora (autorizada de rede virtual) 1.000 0,00

Na tabela abaixo é apresentada a distribuição de acessos móveis por tecnologia.

Acessos móveis por tecnologia

Tecnologia Total Participação (%)
GSM 188.515.596 71,39
WCDMA 61.303.336 23,22
Terminais de Dados M2M 7.192.680 2,72
Terminais de Dados Banda Larga 6.942.933 2,63
CDMA 83.326 0,03
LTE 14.702 0,01

Os terminais banda larga móvel totalizaram 68,26 milhões de acessos.

Teles vão estimular limpeza do espectro de 2G após Copa

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Hoje, a maioria dos usuários brasileiros de telefonia celular ainda possui aparelhos de segunda geração (2G). Gradativamente, porém, eles estão migrando para terminais 3G e, em breve, 4G. Na opinião do diretor para América Latina da 4G Américas, Erasmo Rojas, as companhias brasileiras vão começar a estimular uma migração maciça de assinantes do 2G para o 3G depois da Copa do Mundo de 2014 e antes das Olimpíadas de 2016. “Para uma operadora é custoso manter três redes ao mesmo tempo”, explica. Na prática, vai acontecer com o 2G o que já foi feito com a tecnologia analógica e com os aparelhos CDMA (no caso da Vivo): as teles vão incentivar a troca dos terminais por modelos com tecnologia mais avançada, com o objetivo de limpar a base e poder em algum momento desligar a rede velha.

Outra razão por trás desse movimento é o reaproveitamento para o 4G do espectro que hoje é usado no 2G. “Dependendo do que acontecer com o 700 MHz no Brasil, a faixa de 1,8 GHz pode ser uma opção”, comenta Rojas. A faixa de 700 MHz é usada hoje por radiodifusores mas será leiloada no futuro para serviços de telefonia celular, como já decidiu o governo federal. E a faixa de 1,8 GHz é aquela hoje adotada pelo 2G em operadoras como Oi e TIM, principalmente.

O executivo lembra que 1,8 GHz é atualmente o espectro com mais redes comerciais 4G no mundo: 65 ao todo, a maioria na Europa. Por ser uma frequência entre aquela adotada nos EUA e os 2,6 GHz adotados para o 4G do Brasil, seria uma faixa ideal para roaming internacional, aposta Rojas. Na América Latina, a República Dominicana utiliza 1,8 GHz hoje para LTE. E as Venezuela provavelmente fará o mesmo.

Atualmente, apenas 17% das conexões móveis na América Latina são HSPA (3G). A grande maioria (79%) são terminais GSM. Essa proporção mudará drasticamente ao longo dos próximos quatro anos. As tecnologias HSPA e HSPA+ representarão 61% do total da região em 2017, enquanto o GSM terá apenas 31%. O LTE (4G) ficará com 7%.

Operadoras correm para tentar enquadrar projetos de rede de fibra no REPNBL

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O desafio que se coloca para as grandes operadoras de telecom do mercado, especialmente no que diz respeito aos projetos de construção de novas redes de fibra óptica, é acelerar o processo para conseguir que seus fornecedores atendam às exigências do Programa de Desoneração de Redes do PNBL (REPNBL) no que se refere ao percentual de fabricação local e desenvolvimento de tecnologia no país. “Este é o nosso maior desafio neste momento”, diz André Krieger, diretor de Fibra da Vivo.
Na Oi, a engenharia está ocupada em preparar os projetos e avaliar o que se enquadra, o que não se enquadra, e qual será o impacto da desoneração (redução a zero do PIS/Cofins) na implantação da rede e na estação (CPE) do usuário. As operadoras estão trabalhando junto com os fornecedores para poder enquadrar suas novas redes no REPNBL, pois a desoneração fará um impacto importante na redução dos custos, diz Krieger.